• ISBN: 9788581633039
• Editora: Novo Conceito
• Ano de Lançamento: 2013
• Número de páginas: 448
• Classificação: Ótimo
Sinopse: Quando criança, Amanda escapava de um lar violento folheando as páginas da revista National Geographic e imaginando-se em lugares exóticos. Aos dezenove anos, trabalhando como garçonete, ela começou a economizar o dinheiro das gorjetas para viajar pelo mundo. Na tentativa de compreendê-lo e dar sentido à vida, viajou como mochileira pela América Latina, Laos, Bangladesh e Índia. Encorajada por suas experiências, acabou indo também ao Sudão, Síria e Paquistão. Em países castigados pela guerra, como o Afeganistão e o Iraque, ela iniciou uma carreira como repórter de televisão. Até que, em agosto de 2008, viajou para a Somália —”o país mais perigoso do mundo”. No quarto dia, ela foi sequestrada por um grupo de homens mascarados em uma estrada de terra. Mantida em cativeiro por 460 dias, Amanda converteu-se ao islamismo como tática de sobrevivência, recebeu “;lições sobre como ser uma boa esposa”; e se arriscou em uma fuga audaciosa. Ocupando uma série de casas abandonadas no meio do deserto, ela sobreviveu através de suas lembranças — cada um dos detalhes do mundo em que vivia antes do cativeiro —, arquitetando estratégias, criando forças e esperança. Nos momentos de maior desespero, ela visitava uma casa no céu, muito acima da mulher aprisionada com correntes, no escuro e que sofria com as torturas que lhe eram impostas. De maneira vívida e cheia de suspense, escrito como um excepcional romance, A Casa do Céu é a história íntima e dramática de uma jovem intrépida e de sua busca por compaixão em meio a uma adversidade inimaginável.
Estou a um bom tempo olhando para a tela do computador sem saber ao certo como começar e, principalmente o que dizer nessa resenha. Por mais que às vezes possa parecer (e sei que parece) que os únicos gêneros literários que me chamam a atenção sejam literatura fantástica, ou romances “gracinhas”, eu sempre tive e tenho um carinho muito especial por livros que se passam em períodos de conflitos sendo ficção ou não. Por essa razão assim que li a sinopse de A Casa do Céu, senti que precisa ler o livro. É sempre bom levar um choque de realidade, mesmo que ele venha através de uma leitura para aprender a dar valor e agradecer mais ao que tenho. E isso vale para todos.
A Casa do Céu é a autobiografia de Amanda Lindhout, uma jovem aventureira que tinha como seu maior sonho conhecer o mundo. Em suas muitas viagens ela foi a lugares fantásticos, inclusive aqueles que não aparecem nos tradicionais guias turísticos. Porém, por uma fatalidade da vida em uma dessas aventuras ela encontrou apenas o terror. Em 2008 ao pisar pela primeira vez na Somália, Amanda não tinha ideia de que a sua vida estava sofrer uma grande e traumática reviravolta. Ela foi sequestrada com seu amigo Nigel por um grupo extremista, e durante seu cárcere Amanda passou fome, sede, foi torturada e para manter - se viva fingiu converter-se ao islamismo. A primeira vista todos esses ingredientes teriam tudo para tornar o livro uma leitura pesada e dramática, não é mesmo?
Mas, embora o clima de tensão e o sofrimento de Amanda estejam presentes em cada paragrafo e realmente fosse bastante angustiante ler alguns trechos relatados por ela. De certa forma, era perceptível que uma força maior conseguia fazer com que Amanda ainda tivesse esperança que um dia aquele pesadelo ia acabar. Acredito que só esse tipo de certeza foi o que a manteve viva por 460 dias de terror. Não vou dizer que não chorei, em muitos momentos durante a leitura por que eu estaria mentindo, mas junto com as lágrimas vieram também o medo e a revolta. E talvez esse último sentimento, - a revolta tenha falado mais alto do que todas as outras emoções que eu possa ter sentido.
Sempre me pergunto como um ser humano pode infligir tanta dor e sofrimento a outro, por diferenças de opinião, raça ou religião. É assustador, por que são coisas que vemos acontecer todos os dias nos jornais. Tentamos ignorar esses fatos é verdade, afinal você não ouve ninguém comentar no ônibus ou nas redes sociais esse tipo de assunto. Ouvimos as pessoas comentaram sobre a novela, o futebol, a “vida alheia”, o BBB, - as famosas amenidades da vida. Só que da realidade ninguém comenta, por que a realidade assusta. Assusta demais (...). E tudo em A Casa do Céu é real.
É um livro forte? Sim ele é. Porém, a lição de força, coragem e humanidade que ele passa para todos aqueles que leem sua história, consegue ser apesar de narrar tanto sofrimento, delicada e singela. Amanda não apenas sobreviveu a todo o horror, mas ainda conseguiu até certo modo perdoar a todos aqueles que a fizeram tão mal. Claro que independente do tempo que passar, esse será um trauma que ela carregará para sempre em sua vida. Hoje ela tenta fazer a diferença na vida de pessoas que assim como ela passam por momentos difíceis, e isso me faz acreditar que ainda há uma luz no fim do túnel. Ainda há esperança (...).
“O que você imagina sobre um lugar é sempre diferente do que você encontra quando chega lá.”
Não encontro as palavras certas, se é que elas existem para terminar essa resenha. Acredito que só aqueles que leram e ainda vão ler A Casa do Céu, irão conseguir entender toda a sua grandeza, simplicidade, beleza, horror e todas as suas outras sutis controvérsias. Impactante, tenso, humano e real. Uma leitura que realmente vale a pena!
Oi Ariane, tudo bem?
ResponderExcluirEm primeiro lugar: adorei o seu blog, ele é lindo e delicado! *-*
Eu li recentemente uma resenha sobre esse livro e devo dizer que mexeu bastante comigo. As suas palavras reforçaram esse sentimento: é um misto de grande curiosidade pela história mas também de revolta por saber que isso aconteceu com um ser humano. Acho que a grande vantagem que livros que nos revoltam trazem é a possibilidade de reflexão e de levantar discussões!
Voltarei mais vezes pra te visitar :)
Beijos,
Priscilla
http://infinitasvidas.wordpress.com
Oie, tudo bom?
ResponderExcluirNossa eu gosto muito de livros de não-ficção por causa do banho de realidade desse tipo de literatura. Quando li a sinopse desse livro fiquei pensando se teria forças físicas e psicológicas para aguentar o que essa mulher aguentou. Deve ter sido difícil demais e esquecer é algo que ela nunca conseguirá fazer (pelo menos eu penso que não).
Livro já na lista de desejados do Skoob.
Beijos!
http://livrosyviagens.blogspot.com.br/
Não-ficção sai da minha área de conforto e é o que eu tenho tentado esse ano. Sua resenha me convenceu.
ResponderExcluirbeijos,
http://leitoraemtransicao.blogspot.com.br
Oie Ane, parece um livro forte mesmo. Mas como você falou ele nos puxa para a realidade e isso é bom, porque nos faz tomar uma atitude quanto a algo. Eu ainda não conhecia a história da Amanda, muito interessante.
ResponderExcluirLetras & Versos
Oie! Não conhecia o livro, vou procurar-lo para ler!
ResponderExcluirbjs, me segue? sigo de volta e comenta por favor nessa resenha ajudaria muito:
http://resenhasteen.blogspot.com.br/2014/02/a-hora-da-verdade.html
Olá.
ResponderExcluirMinha nossa, mais uma super resenha Ane!!!
Juro que nem conhecia o livro, 480 dias disso tudo ia ficar maluca, coitada passou por muitas...
Adorei tua resenha flor, além do mais, fez parecer que também li, maravilhosa.
Beijos.
De tudo um pouco da Thá
amanda é uma mulher de fé e amor pelo próximo, mesmo depois de tanto horror ela ainda luta pelas mulheres de um país tão devastado pela intolerancia, violência
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Livro otimo, fiquei curioso para ler. ♥ Te seguindo.
ResponderExcluirhttp://katyperrymonitoracao.blogspot.com.br/
Livro na listinha de leituras ;)
ResponderExcluirBjs
http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/
Tenho uma enorme vontade de ler este livro, gosto do gênero do mesmo.
ResponderExcluirGosto de ler coisas mais reais também, muitas vezes mais forte, mas acho que é necessário conhecer, dar a oportunidade, deixo uma dica, leia "Entre dois mundos" da autora e pessoa que vivenciou tudo Roxana Saberi.
Até mais. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/
Oi Ane, eu não sei porque motivo, mas não consegui incluir a leitura entre minhas desejadas. Não solicitei para a editora e nem tenho curiosidade de ler, apesar de que agora sua resenha conseguiu me fazer ver outros aspectos da leitura que podem fazer dela grandiosa. Quem sabe eu leia em outro momento, mas não estou muito para uma leitura assim.
ResponderExcluirBeijos
Wahh eu estava sem pc, por isso sumi. Vou dar uma olhada nos posts anteriores^~
ResponderExcluirEu tb tendo a parecer que só me interesso por literatura fantástica, massss eu realmente amo bons livros de qualquer genero. Esse livro me interessou exatamente por ser mais real.
Obrigada pela resenha!
Apesar da sua resenha apaixonada, ainda não foi dessa vez que tive vontade de ler esse livro. Eu até leria se ganhasse, mas comprar acho que não vou.
ResponderExcluirBlog Prefácio
Eu quase não leio livros de não-ficção... e biografias nunca me atraem. Só que você falou desse livro com uma profundidade e um carinho tão grande que nem tem como não sentir vontade de ler!
ResponderExcluirVou tentar comprar e depois te digo o que achei *O*
Beijinhos,
Paula
http://www.interacaoliteraria.com/
Livros desse gênero, os livros de memórias, me encantam profundamente - e eu tenho esse livro. Está ali na fila, prontinho para ser lido. Tenho uma completa noção de que é uma leitura nem um pouco simples pela carga emocional e pessoal que traz, e que, principalmente, é um livro para se aprender muito com. Amo livros de memórias por isso: são pessoas, gente como a gente, que enfrentam situações e sobrevivem, seja qual for o sentido de "sobreviver", para nos contar suas histórias.
ResponderExcluirAdorei sua resenha. Sua escrita é coesa, e é gostoso de ler seu texto. Gostei pra caramba. ^^ Tô seguindo o Blog com todo o prazer do mundo. sz
Beijos!
Achou o Quê?:
http://achouoque.blogspot.com.br/
Oi Ane ainda não li o livro, mas pela sua resenha sinto que será uma leitura que me fará ter conflitos entre vários sentimentos como foi com você. Esse livro me fez lembrar um outro que li que foi Em busca de um final feliz, mas com a diferença que em A casa do céu as coisas ruins aconteceram com a autora. Sempre precisamos ter esse chique de realidade, é bom ler livros que nos deixam felizes e suspirando, mas as vezes precisamos encarar a realidade em que vivemos e ver que nem tudo são flores e que existem diversos "tipos" de ser humano.
ResponderExcluirParabéns pela resenha.
Beijos
http://livrospuradiversao.blogspot.com.br