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Graça & Fúria da autora Travy Banghart foi sem sombra de dúvidas um dos lançamentos mais comentados de 2018. Li diversas resenhas positivas que me deixaram bem curiosa para conhecer a história. Porém, embora seja perceptível todo o potencial que a obra possui, a mesma escorrega em uma sucessão de clichês que já vimos em outras séries do gênero.
• ISBN: 9788555340703
• Editora: Seguinte
• Ano de Lançamento: 2018
• Número de páginas: 304
• Classificação: Bom
Sinopse: Graça & Fúria – Livro 01:
Duas irmãs lutam para mudar o próprio destino no primeiro volume de uma série de fantasia repleta de romance, ação e intrigas políticas. Em Viridia, as mulheres não têm direitos. Em vez de rainhas, os governantes escolhem periodicamente três graças — jovens que viveriam ao seu dispor. Serina Tessaro treinou a vida inteira para se tornar uma graça, mas é Nomi, sua irmã mais nova, quem acaba sendo escolhida pelo herdeiro. Nomi nunca aceitou as regras que lhe eram impostas e aprendeu a ler, apesar de a leitura ser proibida para as mulheres. Seu fascínio por livros a levou a roubar um exemplar da biblioteca real — mas é Serina quem acaba sendo pega com ele nas mãos. Como punição, a garota é enviada a uma ilha que serve de prisão para mulheres rebeldes. Agora, Serina e Nomi estão presas a destinos que nunca desejaram — e farão de tudo para se reencontrar.
Duas irmãs lutam para mudar o próprio destino no primeiro volume de uma série de fantasia repleta de romance, ação e intrigas políticas. Em Viridia, as mulheres não têm direitos. Em vez de rainhas, os governantes escolhem periodicamente três graças — jovens que viveriam ao seu dispor. Serina Tessaro treinou a vida inteira para se tornar uma graça, mas é Nomi, sua irmã mais nova, quem acaba sendo escolhida pelo herdeiro. Nomi nunca aceitou as regras que lhe eram impostas e aprendeu a ler, apesar de a leitura ser proibida para as mulheres. Seu fascínio por livros a levou a roubar um exemplar da biblioteca real — mas é Serina quem acaba sendo pega com ele nas mãos. Como punição, a garota é enviada a uma ilha que serve de prisão para mulheres rebeldes. Agora, Serina e Nomi estão presas a destinos que nunca desejaram — e farão de tudo para se reencontrar.
A premissa de Graça & Fúria nos promete uma história de força e empoderamento feminino, algo que em partes é entregue ao leitor. Os capítulos são curtos e intercalados entre a Serina e a Nomi o que dá a narrativa certo dinamismo e um bom ritmo. A escrita da Travy Banghart é leve e conseguiu me deixar bastante envolvida com a história durante boa parte da leitura. Os “problemas” começaram a partir do momento em que a sensação do; “Já vi isso antes” foi ficando mais forte.
Fazendo uma comparação bem simples, Graça & Fúria é uma mescla de A Seleção com A Rainha Vermelha. E de verdade é impossível ler alguns trechos do livro e automaticamente não se lembrar da história da autora Victoria Aveyard. Tanto que chega em um determinado ponto que você lê já sabendo exatamente o que vai acontecer. E isso foi uma das coisas que mais me incomodou na obra. Travy Banghart não apresenta nenhum bom elemento surpresa, ao ponto que no momento em que acontece a grande reviravolta da história ela soa como rasa, pois estava “óbvio” que era aquilo que ia acontecer.
Em minha opinião o ponto alto do livro foi a construção e a inversão de papéis das irmãs Tessaro durante o desenvolvimento da narrativa. Serina passou grande parte de sua vida sendo preparada para ser uma das graças do rei. Tudo nela é delicadeza e submissão, e ver a personagem descobrindo a sua força e poder foi algo bem interessante de se acompanhar, especialmente porque o modo como a personagem é apresentada me fez acreditar que ela possuía todas as características que normalmente geram uma implicância minha com protagonistas do gênero.
O mesmo não posso falar da Nomi, afinal se pudesse definir a personagem em uma só palavra seria, desgosto. Fico me perguntando até quando os autores vão continuar confundido comportamentos impulsivos com rebeldia. Por ser totalmente o oposto da irmã e contra a forma como as mulheres são tratadas em Viridia era esperado que Nomi fosse uma pessoa mais madura e bem, - inteligente. Só que infelizmente com a Nomi, eu senti uma decepção atrás da outra. Enquanto lia as partes narradas por ela me perguntava onde estava o tal espírito rebelde, já que a única coisa que encontrei foi uma sucessão de atitudes imaturas e precipitadas.
Gostei muito do fato da autora ter dado aos personagens secundários certo protagonismo na construção da narrativa. Estou bem curiosa para ver como a relação da Serina e do Val será desenvolvida no próximo livro da série, do mesmo modo que espero que a Maris ganhe um espaço maior na obra, já que é visível que a personagem possui um bom potencial para ser explorado. Além disso, é impossível você não sentir a força das mulheres que a ilha de Monte Ruína forjou. A Oráculo e a Petrel são personagens incríveis e ao seu modo inspiradoras.
Ainda não tenho a minha opinião totalmente formada sobre os dois príncipes o Malachi e o Asa, até porque o triângulo amoroso que a autora inseriu aqui me deixou bastante irritada. E não por causa do triângulo amoroso Malachi, Nomi e Asa propriamente dito, mas sim porque me remeteu muito A Rainha Vermelha. De verdade esse foi o núcleo que mais me incomodou no desenvolvimento todo de Graça & Fúria, pois tudo nele é clichê e terrivelmente previsível.
“– Vocês devem ser tão fortes quanto essa prisão, tão fortes quando a pedra e o oceano que as cercam. Vocês são concreto e arame farpado. Vocês são feitas de ferro.”
Como leitora acredito muito no potencial da série Graça & Fúria, já que a bandeira principal levantada pela autora na obra é a igualdade de gêneros e o modo como muitas sociedades ainda enxergam a mulher como um "ser inferior” aos homens. Como um livro introdutório, apesar das diversas derrapadas Graça & Fúria funciona bem. Agora só resta saber se autora vai dar voz própria a sua história ou vai continuar investindo nos clichês do gênero.
Oi Ane,
ResponderExcluirEu queria ler esse livro, porém... Ai Ai Ai. Eu não gosto de 'A Rainha Vermelha', estou com medo de me decepcionar :(
Estava super animada, mas acho melhor ir com menos 'sede ao pote', rs.
E em relação ao clichê, isso nem me incomoda, porque se a autora souber fazer direito, consigo me apaixonar mesmo assim, rs.
beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Oi, Ane!
ResponderExcluirPra ser sincera, não tenho muita vontade de ler esse livro. Sempre que um livro é muito hypado, eu acabo pegando um certo preconceito e desinteresse.
Creio que a sua foi a primeira resenha que vi comentando sobre a autora escorregar pros velhos clichês..
Beijos
Balaio de Babados
Amei essa sua postagem, sempre estou visitando seu blog e lendo suas postagens.. Seu blog está salvo em meus favoritos..
ResponderExcluirParabéns!
Amo seu blog ❤️ ..
Meu Blog: Capixaba Cap
Oi, Ane!
ResponderExcluirSe eu já não tinha muito interesse na obra antes, agora que não tenho mais. Triângulos amorosos me dão nos nervos, e a obra aparentemente segue o padrão de muitas histórias já existentes, o que também desanima um pouco. Agora é torcer pros demais volumes serem melhores!
xx Carol
https://caverna-literaria.blogspot.com/
Já vi que o livro é incrível pela sua resenha!
ResponderExcluirÓtimo post!
>>> https://blogjulianarabelo.wordpress.com/
Oi Ane, tudo bem?
ResponderExcluirAdorei a resenha e a honestidade ao falar dos pontos positivos e negativos.
Eu leria essa obra, pela inversão de papéis das irmãs e por falar sobre gênero, mas pretendo ir com expectativas mais baixas.
E concordo muito com você que impulsividade não é uma característica a ser exaltada, como se a personagem fosse mais ~forte. Acho que o tempo e a maturidade vão mostrando isso pra nós, leitoras hahaha!
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Oi Ari!! Sua xará que leu na blog e ela tb gostou da inversão de papéis. Ando bem longe das fantasias atualmente, mas é uma série que realmente parece ter potencial!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Uma pena essa obra ser tão decepcionante, a capa desse livro é tão linda, eles poderiam ter explorado a história melhor..
ResponderExcluirhttps://www.kailagarcia.com
Olá, Ane.
ResponderExcluirA Rainha Vermelha já é uma mistura de vários livros e se esse ainda é uma mistura dele com outro nem sei o que esperar hehe. Eu tenho ele aqui, mas estou esperando lançar as continuações para começar a ler.
Prefácio
aaaa é horrível ter uma sinopse sedutora e o enredo acabar caindo em clichês.
ResponderExcluirAinda não li a Rainha Vermelha, então acho que não teria tanto problema na leitura.
beijos
lolamantovani.blogspot.com
Oi!
ResponderExcluirQue triste que a obra transbordou clichês. Tão chato e triste quando temos expectativas com uma obra e nos deparamos com mais do mesmo, pior ainda quando a obra é claramente muito similar a outras do gênero, como foi o caso para você. Como eu ainda não li A Rainha Vermelha talvez eu não tenha a mesma impressão que você, mas como essa é a primeira vez que me deparo com essa obra acho que vou aguardar a editora lançar a sequência para saber um pouco sobre como se dará a evolução da saga e então decidir se lerei ou não.
Ótima resenha!
Abraços,
Andy -StarBooks
Oi Ane!
ResponderExcluirComo é ruim quando vamos criando expectativas sobre algo e as coisas não são nada do que esperávamos, ao que parece essa história não entrega muito além dos clichês que mencionou. Será que o abordar o tema da igualdade de gêneros é suficiente para valer a leitura?
Bom fim de semana!
Bjs
Oi, Ane
ResponderExcluirEu estou com o livro aqui e o que mais chama a minha atenção é essa inversão de papéis das irmãs. A semelhança com outros livros nem chega a ser um fator crucial para mim, porque as séries hoje em dia estão tão iguais que já vou pegando todas as referências. Hahahah
Uma pena isso em relação a Nomi. Realmente há um equívoco na hora da construção desse tipo de personagem e muitos autores o estão cometendo, será que vou sentir isso também? Vamos ver!
Beijos
- Tami
https://www.meuepilogo.com