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Quando comecei a leitura da trilogia As Peças Infernais, a minha única expectativa era de encontrar uma história bem escrita e ambientada no mesmo universo misterioso e mágico, que havia me encantado nos dois primeiros livros da série Os Instrumentos Mortais.
Sei que já comentei isso em minhas resenhas anteriores, mas é impossível falar dessa trilogia sem ressaltar as visíveis diferenças na construção da história, quando a comparamos com a série antecessora e que nos apresentou o mundo dos Caçadores das Sombras. Aqui a história segue um fluxo linear e coeso em que tanto, a narrativa como os personagens são bem desenvolvidos, mesmo aqueles que tiveram um crescimento maior na reta final.
• ISBN: 9788501092700
• Editora: Galera Record
• Ano de Lançamento: 2013
• Número de páginas: 434
• Classificação: ♥
Sinopse: Continuação de Príncipe mecânico, “Princesa Mecânica” é ambientado no universo dos Caçadores de sombras, também explorado na série Os Instrumentos mortais, que chega agora ao cinema. Neste volume, o mistério sobre Tessa Gray e o Magistrado continua. Mas enquanto luta para descobrir mais sobre o próprio passado, a moça se envolve cada vez mais num triângulo amoroso que pode trazer consequências nefastas para ela, seu noivo, seu verdadeiro amor e os habitantes do Submundo.
Confesso que quando se trata de uma série, não costumo muito de emendar a leitura de um livro no outro. Gosto de dar um tempo para a história assentar em minha mente e analisar com calma as emoções que senti durante a leitura. Esse também é o motivo pelo qual não escrevo uma resenha logo quando finalizo o livro.
Porém no caso de As Peças Infernais, resolvi abrir uma exceção por dois motivos. O primeiro para poder dar continuidade as outras séries que se passam dentro de mesmo universo sem ficar perdida na linha temporal, mas principalmente porque precisava saber o que Cassandra Clare tinha preparado para esse capítulo final.
Quem acompanha o blog há mais tempo, sabe que não sou fã de triângulos amorosos e não nego que quando percebi que autora ia usar esse recurso narrativo novamente, fiquei bastante apreensiva com o desenvolvimento da história. Meu maior receio era que esse elemento e o "drama" por ele causado, acabasse sobrepondo outros pontos importantes no enredo. Mas para minha surpresa acabei mordendo a língua, pois o triângulo amoroso formado por Jem, Tessa e Will é um dos principais motivos para que a trilogia seja tão emocionante.
Embora tenha ligação com outras histórias do universo dos Shadowhunters, Princesa Mecânica é um livro com finais bem fechados. Cassandra Clare se preocupou em não deixar nenhuma ponta solta dando a todos os personagens desfechos dignos com suas trajetórias e isso, incluem o Magistrado.
Em minha resenha de Príncipe Mecânico, cheguei a comentar que estava bem curiosa para conhecer o passado do Mortmain e as razões de seu desejo em destruir os Caçadores das Sombras. Até aquele momento na narrativa, o personagem tinha causado alguns problemas, porém não chegava a me impressionar como vilão. No geral, gostei como a autora teceu o arco dele na história fazendo com que no final todas as peças de encaixassem.
Apesar de ter se revelado um personagem um tanto “passional” e da vingança nunca ser plena, o motivo que levou Mortmain a criar todo um plano para eliminar os Shadowhunters, mostra o quão sutil é a linha que separa o bem e o mal. Afinal, mesmo que com terríveis consequências os atos do Magistrado foram motivados por um ato anterior. Ato esse que ao longo da trama vai deixando claro o quanto alguns membros da Clave podem ser cruéis e corruptíveis.
O grande mistério sobre a origem de Tessa e seus poderes também é desvendado e com isso, descobrimos o porquê ela é tão importante para os planos do Magistrado. Admito que nessa parte específica da história, esperava um pouco mais. Foram três livros aguardando o grande embate entre, os Caçadores e as peças infernais criadas por Mortmain para que o final soasse “fácil demais”.
Os personagens secundários mais uma vez, se revelam elementos fundamentais para a evolução da história. Gostei do destaque que a Charlotte teve aqui, principalmente pelo fato da autora ter levantado a questão do machismo existente dentro da Clave. Sem dúvidas a Charlotte e o Henry assim como a Sophie são os personagens que apresentam um crescimento fantástico na trilogia e foi gratificante ver como ambos conseguiram vencer todos os obstáculos que a eles impostos, mesmo isso acarretando algumas "sequelas".
Os irmãos Lightwood, Gideon e Gabriel também me surpreenderam bastante, em especial o Gabriel que até o final me fez duvidar de seu caráter. Gostei da adição da Cecily, irmã caçula do Will na história pois, mesmo com uma participação um tanto pequena ela foi decisiva em várias situações. Meu querido Magnus Bane (♥) me deixou ainda mais encantada com sua personalidade aqui. Adoro o modo como ele tenta disfarçar sem tanto sucesso, o quanto é um ser gentil e disposto a ajudar aqueles que o procuram.
Mas sem dúvidas o ponto alto de Princesa Mecânica é o relacionamento do trio protagonista. O livro até começa com bastante ação, só que logo ela é substituída por diálogos e cenas com uma forte carga emocional, que é impossível segurar as lágrimas. Chorei muito lendo esse livro, como há muito tempo não chorava durante uma leitura.
Chorei por Will, por Tessa e até mesmo pela Jessamine, mas principalmente chorei pelo Jem. Não nego que ao final o Will ganhou um pedacinho do meu coração e que foi, maravilhoso ver a muralha que ele tinha criado em torno de si desfazendo-se. Que orgulho de ver do quanto a Tessa amadureceu e que ao seu modo, a Jessamine acabou encontrando a redenção. Só que nada se compara com os meus sentimentos pelo Jem (♥) e como me apeguei a ele durante a trilogia.
Cassandra Clare destruiu meu coração com os diálogos entre ele e o Will. Jem precisou fazer uma escolha difícil que mesmo tendo sido sua salvação, acabou levando-o a uma vida de solidão longe daqueles que amava. O epílogo acabou comigo, pois ao mesmo tempo que fiquei feliz o que restava do meu coração se partiu em mil pedacinhos.
Porém no caso de As Peças Infernais, resolvi abrir uma exceção por dois motivos. O primeiro para poder dar continuidade as outras séries que se passam dentro de mesmo universo sem ficar perdida na linha temporal, mas principalmente porque precisava saber o que Cassandra Clare tinha preparado para esse capítulo final.
Quem acompanha o blog há mais tempo, sabe que não sou fã de triângulos amorosos e não nego que quando percebi que autora ia usar esse recurso narrativo novamente, fiquei bastante apreensiva com o desenvolvimento da história. Meu maior receio era que esse elemento e o "drama" por ele causado, acabasse sobrepondo outros pontos importantes no enredo. Mas para minha surpresa acabei mordendo a língua, pois o triângulo amoroso formado por Jem, Tessa e Will é um dos principais motivos para que a trilogia seja tão emocionante.
Embora tenha ligação com outras histórias do universo dos Shadowhunters, Princesa Mecânica é um livro com finais bem fechados. Cassandra Clare se preocupou em não deixar nenhuma ponta solta dando a todos os personagens desfechos dignos com suas trajetórias e isso, incluem o Magistrado.
Em minha resenha de Príncipe Mecânico, cheguei a comentar que estava bem curiosa para conhecer o passado do Mortmain e as razões de seu desejo em destruir os Caçadores das Sombras. Até aquele momento na narrativa, o personagem tinha causado alguns problemas, porém não chegava a me impressionar como vilão. No geral, gostei como a autora teceu o arco dele na história fazendo com que no final todas as peças de encaixassem.
Apesar de ter se revelado um personagem um tanto “passional” e da vingança nunca ser plena, o motivo que levou Mortmain a criar todo um plano para eliminar os Shadowhunters, mostra o quão sutil é a linha que separa o bem e o mal. Afinal, mesmo que com terríveis consequências os atos do Magistrado foram motivados por um ato anterior. Ato esse que ao longo da trama vai deixando claro o quanto alguns membros da Clave podem ser cruéis e corruptíveis.
O grande mistério sobre a origem de Tessa e seus poderes também é desvendado e com isso, descobrimos o porquê ela é tão importante para os planos do Magistrado. Admito que nessa parte específica da história, esperava um pouco mais. Foram três livros aguardando o grande embate entre, os Caçadores e as peças infernais criadas por Mortmain para que o final soasse “fácil demais”.
Os personagens secundários mais uma vez, se revelam elementos fundamentais para a evolução da história. Gostei do destaque que a Charlotte teve aqui, principalmente pelo fato da autora ter levantado a questão do machismo existente dentro da Clave. Sem dúvidas a Charlotte e o Henry assim como a Sophie são os personagens que apresentam um crescimento fantástico na trilogia e foi gratificante ver como ambos conseguiram vencer todos os obstáculos que a eles impostos, mesmo isso acarretando algumas "sequelas".
Os irmãos Lightwood, Gideon e Gabriel também me surpreenderam bastante, em especial o Gabriel que até o final me fez duvidar de seu caráter. Gostei da adição da Cecily, irmã caçula do Will na história pois, mesmo com uma participação um tanto pequena ela foi decisiva em várias situações. Meu querido Magnus Bane (♥) me deixou ainda mais encantada com sua personalidade aqui. Adoro o modo como ele tenta disfarçar sem tanto sucesso, o quanto é um ser gentil e disposto a ajudar aqueles que o procuram.
Mas sem dúvidas o ponto alto de Princesa Mecânica é o relacionamento do trio protagonista. O livro até começa com bastante ação, só que logo ela é substituída por diálogos e cenas com uma forte carga emocional, que é impossível segurar as lágrimas. Chorei muito lendo esse livro, como há muito tempo não chorava durante uma leitura.
Chorei por Will, por Tessa e até mesmo pela Jessamine, mas principalmente chorei pelo Jem. Não nego que ao final o Will ganhou um pedacinho do meu coração e que foi, maravilhoso ver a muralha que ele tinha criado em torno de si desfazendo-se. Que orgulho de ver do quanto a Tessa amadureceu e que ao seu modo, a Jessamine acabou encontrando a redenção. Só que nada se compara com os meus sentimentos pelo Jem (♥) e como me apeguei a ele durante a trilogia.
Cassandra Clare destruiu meu coração com os diálogos entre ele e o Will. Jem precisou fazer uma escolha difícil que mesmo tendo sido sua salvação, acabou levando-o a uma vida de solidão longe daqueles que amava. O epílogo acabou comigo, pois ao mesmo tempo que fiquei feliz o que restava do meu coração se partiu em mil pedacinhos.
© Ariane Gisele Reis. |
“Enxergamos o melhor de nós mesmos naqueles que amamos.”
A trilogia, As Peças Infernais e seus personagens vão sempre ter um lugarzinho especial em meu coração de leitora. Confesso que para quem começou a leitura sem grandes expectativas e movida apenas pela curiosidade, me vi a cada livro mais apaixonada pela narrativa e seus protagonistas.
Já estou morrendo de saudade de Jem, Tessa e Will e sei, que por mais interessante que os próximos livros da série Os Instrumentos Mortais (minhas próximas leituras do universo) se revelem, dificilmente eles vão despertar em mim as mesmas emoções que senti aqui. Só posso torcer para que a escrita da autora continue evoluindo e claro, que não me irrite tanto com os dramas de Clary e Jace.
ps: Estou oficialmente em um triângulo amoroso entre Magnus e Jem (♥).
Veja Também:
Príncipe Mecânico por Cassandra Clare
Oiii Ari
ResponderExcluirDa Cassandra essa é minha série favorita, achei tudo incrivel e o triângulo amoroso aqui é perfeito, torci tanto por todos os três. Foi dificil se despedir destes personagens, especialmente o Will. Ainda bem que tem mais Tessa e Jem em Dama da Meia Noite (embora menos do que imaginei).
Beijos, Ivy
www.derepentenoultimolivro.com
Oi Ariane,
ResponderExcluirEu tenho o box dos Shadow Hunters, vi a série, sei que tem esses livros extras, mas só vou ler depois de ler a série principal. Atualmente estou tentando encerrar outras séries pra começar essa, mas com certeza irei ler todas hahahahha.
Bjos
https://www.kelenvasconcelos.com.br/
Oii Ariane. Que blog lindoo... Já estou seguindo vc. Se puder retribuir lá no meu...
ResponderExcluirAmeii sua resenha ainda não conhecia
Beijinhos
Cátila Santos
Oi, Ari! Tudo bom?
ResponderExcluirO tanto que eu CHOREI e me esgoelei com esse livro não tá no papel (na verdade tá sim, tem marcas das minhas lágrimas nas últimas páginas até hoje KKKKKKKKK). Pra mim essa é a trilogia perfeita da Cassandra, o resto é só mais ou menos (mais pra menos que pra mais).
Jem, Will e Tessa são TUDO pra mim, meu oxigênio KJASNUOAGBOUASGBOASG
Beijos, Nizz.
www.queriaestarlendo.com.br
Oi Ane,
ResponderExcluirVocê acredita que li tudo na ordem errada essas séries da Cassandra?
A última que li foi o Artificio das Trevas, mas era para ter lido essa antes. Enfim! Vejo tanta gente elogiando essa trilogia que não vejo a hora de ler e me apaixonar também.
Bjs
https://diarioelivros.blogspot.com/
Eu já comentei pelas redes que fiquei super interessada em ler essa trilogia por sua causa né hahaha Só li Instrumentos Mortais e nem lembro direito mais da história, só sei que gostei rs Essa trilogia parece ser muito boa como leitura, com certeza gostaria de me emocionar também novamente com um livro. Já quero investir em uma leitura sobrenatural novamente <3
ResponderExcluirBeijos
https://monautrecote.blogspot.com/
Oi Ane,
ResponderExcluirAinda não li nenhum das séries da autora, mas vejo o quanto a escrita é empolgante, a ponto de conquistar pela ideia do triângulo.
até mais,
Canto Cultzíneo
Oi, Ane!
ResponderExcluirTambém detesto triângulos amorosos, mas a Cassandra consegue criar o negócio de um jeito que é IMPOSSÍVEL a gente não se envolver e até mesmo ficar dividido. Sou team Will, mas sofri com o Jem da mesma forma, é uma obra simplesmente espetacular.
xx Carol
https://caverna-literaria.blogspot.com/
Olá, Ane.
ResponderExcluirEu odeio triângulos amorosos, mas esse não tem como não amar. Acho que é o único que já vi realmente funcionar porque a gente sempre sabe qual vai ser o escolhido mesmo que a gente torça para o outro. Eu amo essa trilogia, diferente do que acontece com a série original. Nem parece que foi escrito pela mesma pessoa.
Prefácio
Oi Ane!
ResponderExcluirA Pâm é APAIXONADA por essa série e vive pegando no meu pé para eu ler. Minha experiência com Instrumentos Mortais não foi boa, mas ela insiste que vou me apaixonar pelo Will. rs
Estou de olho naquele box especial da Galera, mas eu não tenho o costume de comprar pela Submarino e vi tanta gente reclamando que estou esperando mais um pouco...
beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Oi Ane, tudo bem?
ResponderExcluirApesar de eu nunca ter tido vontade de ler outras obras da autora (pois não me apaixonei por Cidade dos Ossos), dá pra ver que ela é muito criativa. Eu nem li essa trilogia e já fiquei com pena do personagem que acaba em solidão. :(
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Oi Ane! Li o primeiro na época que estava lendo Os Instrumentos e esta trilogia não me fisgou como a outra, mas quero reler o volume ume finalizar. Espero me apaixonar também.
ResponderExcluirBjos!! Cida
Moonlight Books
Eu nunca li os livros da Cassandra, acredita? Eu sou bem curiosa para conferir essa série, mas como tem muitas resenhas positivas demais, eu fico com o pé atrás e sempre deixo para depois. Eu não sei ainda o que esperar dos livros, mas que bom que funcionou para você. S2
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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Eu AMO essa série! Apesar de achar o meio desse livro um pouco enrolado, eu acho que ele conseguiu fechar bem a história. Inclusive eu acho que essa é uma das poucas séries que os coadjuvantes são tão aproveitados quanto os protagonistas.
ResponderExcluirBeijos
Balaio de Babados
Oi
ResponderExcluiraté hoje só li dois livros da autora, preciso me envolver mais nesse universo, o pessoal sempre fala bem dessa dessa trilogia, que bom que a autora sabe aproveitar os personagens secundários, hoje em dia não sou muito fã de triangulo amoroso, mas que bom que esse te agradou;
http://momentocrivelli.blogspot.com/
Oi, Ariane!
ResponderExcluirEu nunca li nada da Cassandra, e confesso que nenhuma das séries dos shadowhunters me atrai :(
Mas que bom que a leitura foi boa! Eu gosto de triângulos amorosos e todo tipo de drama que envolve um romance hahaha.
Estante Bibliográfica
Amei a resenha. Sou doida para ler os livros da autora, mas nunca comecei nenhum.
ResponderExcluirEu lembro que amava ser a capa acho que dos instrumentos mortais que tinha uns brilhinhos.
Eu amo e odeio triângulos amorosos, pois sempre shippo as pessoas erradas
beijos
https://www.dearlytay.com.br/
Quero muito ler.
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