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julho 09, 2012

Branca de Neve e o Caçador por Evan Daugherty, Lily Blake, John Lee Hancock e Hossein Amini



Branca de Neve e o Caçador por Evan Daugherty, Lily Blake, John Lee Hancock e Hossein Amini.


ISBN: 9788581630182
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012
Número de páginas: 208
Classificação: 3/5 estrelas

Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços.





Sinopse:
Há dez anos, a vingativa Rainha Ravenna assassinou o rei na mesma noite em que se casara com ele. No entanto, dominar o reino tornou-se um sofrimento para a Rainha. Para salvar seus poderes, ela deve devorar um coração puro, e Branca de Neve é a única pessoa com esse coração. A fim de capturá-la, Ravenna recorre ao Caçador, o único homem que já se aventurou pela Floresta Sombria e sobreviveu. Branca de Neve será morta pelo Caçador? Ou será treinada por ele e se tornará a melhor guerreira que o reino já conheceu?



Eis que hoje resenho para vocês um dos livros mais comentado do ultimo mês, Branca de Neve e o Caçador. Começo minha resenha dizendo que não ter tido nenhuma expectativa em relação ao livro, foi uma das melhores coisas que fiz. Mesmo ele não sendo “o livro” a sua leitura é agradável o que acabou me surpreendendo, já que sinceramente não esperava gostar do livro.

O enredo em si é um pouco fraco, confuso, superficial passando a impressão que o livro foi escrito as pressas para acompanhar o lançamento do filme. Nele não há nenhum detalhe, nada que torne a leitura marcante ou force o leitor a se questionar o que vai acontecer no próximo capítulo, o que faz com que a leitura seja rápida, porém sem grandes emoções.

Acredito que todos tenham a imagem que a Ravenna é a encarnação do próprio mal em pessoa, mas pelo menos para mim ela passou a sensação de ser apenas uma mulher vingativa, mal amada e egocêntrica. Tudo bem que ela é adepta de uma magia do mal, é a personagem responsável por dar um pouco de ação ao livro, mas o fato é que no conjunto final ela não convence.

Já do outro lado temos uma Branca de Neve que preservou alguns detalhes sutis da personagem clássica que conhecemos, mas nos mostra ser uma garota corajosa, determinada e que está disposta a tudo para proteger que ama. Essa foi uma das surpresas boas do livro, pois sempre que me falavam de a Branca de Neve, me vinha à mente aquela cena fofa dela cantarolando com os animais da floresta, e ver a personagem que fez parte da minha infância por esse novo ângulo foi bem legal. Afinal que poderia imaginar ver a Branca de Neve ir literalmente à luta por aquilo que acredita?

Eric o caçador é o que podemos chamar de príncipe encantado ao contrário. Ele não tem nada de nobre em sua origem e muito menos em algumas de suas atitudes, na verdade ele é bem grosso às vezes e no começo da história é um pouco difícil confiar nele, já que ele parece ser uma pessoa um pouco confusa. Porém no decorrer do livro ele vai mostrando o seu valor e o melhor o quão nobre é o seu coração. Esse jeito meio atrapalhado e nem um pouco cavalheiro do caçador acabou conquistando a minha simpatia, o que fez com que Eric acabasse se tornando meu personagem favorito do livro.  Sei que muitos de vocês achavam que ia ser a Ravenna, mas de verdade como rainha má ela me decepcionou bastante.

É lógico que não tem como falar de Branca de Neve sem mencionar os sete anões. Sim eles estão presentes no livro, mas felizmente ou infelizmente não lembram em absolutamente nada os sete anões tradicionais. Eu digo “felizmente ou infelizmente” por que eles são os meus personagens favoritos no clássico da Disney, porém gostei bastante deles no livro também. Está certo que eles não são nada bonzinhos e educados aqui, só que uma forma levemente sarcástica eles conseguem ser engraçados.

Claro que o livro tem lá suas viagens, mas é até que se pararmos para pensar bem, essas viagens são um pouco inevitáveis.  Afinal por mais que a intenção seja contar uma história conhecida a gerações através de uma temática mais sombria, essa história continua sendo um conto de fadas e a história da Branca de Neve, então nem me apaguei a esses fatos um tanto extraordinários demais que acontecem no livro.

Uma das coisas que sem sombra de dúvidas chama bastante a atenção no livro é o lindíssimo trabalho gráfico. A Editora Novo Conceito está de parabéns!  Mesmo como eu disse lá em cima, que o livro passa a sensação de ter sido escrito as pressas, tanto o trabalho gráfico com a revisão foram muito bem feitos e merecem elogios.

Branca de Neve e o Caçador é o tipo de leitura que não surpreende muito, revelando-se ser apenas uma nova versão de uma história contada e recontada há anos. A narrativa flui bem e consegue prender a atenção do leitor de uma forma simples e leve.  Para alguns ele pode até passar a sensação de ser um pouco sem sal e sem açúcar, mas só o fato dos autores terem conseguido quebrar aquela imagem de “boneca de porcelana” que eu sempre tive da Branca de Neve, para mim foi muito válido.

É um livro que recomendo? Sim é claro! Se o objetivo da obra era ser o mais diferente possível do clássico que conhecemos, esse objetivo foi alcançado, mas não espere que ele vá ser um livro fantástico. A Branca de Neve e o Caçador é um livro divertido de se ler, com personagens bem construídos, mas com enredo fraco e previsível.

A minha dica é começar a leitura sem expectativa nenhuma e se deixar levar pela história, vai que você acabe se surpreendendo e percebendo que gostou do livro assim como eu.



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