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fevereiro 10, 2015

A Viajante do Tempo por Diana Gabaldon

| Arquivado Resenhas.

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788567296227
Editora: Saída de Emergência
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 800
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.
Sinopse: Outlander - Livro 01. Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros. Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro escocês, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?

Após duas tentativas mal sucedidas há alguns anos atrás, finalmente consegui concluir a leitura de A Viajante do Tempo. A primeira vez admito que abandonei o livro (me condenem), já na segunda meus quinze dias tinham acabado e precisei devolver o livro para a biblioteca. Porém, agora uns bons anos depois essa que voz escreve além de finalizar a leitura (dancinha feliz), confessa para todos que lerem essa resenha, estar profundamente arrependida por não ter “insistindo” um pouco mais nas tentativas anteriores.

Quando a Segunda Grande Guerra acaba, Claire e Frank Randall decidem tirar férias e viajam para a pacata cidade de Inverness na Escócia. A viagem era para ser uma espécie de segunda lua de mel para o casal, e tudo estava saindo como o planejado. Porém, quando Claire retorna ao local onde há poucos dias ela tinha presenciado o que parecia um antigo ritual celta, sua vida vira de cabeça para baixo. Como que por magia Claire vai parar na Escócia de 1743, época em que a região ainda é dominada por clãs guerreiros.

Ao se deparar com um desses antigos clãs Claire conhece alguém que pode deixar a sua situação ainda mais complicada. Jaime Fraser é um jovem corajoso e carismático que aos poucos vai conquistando um lugar especial em sua vida e principalmente em seu coração. Mas, ela sabe que quanto mais tempo permanece no passado, o futuro como conheceu pode estar ameaçado. Para Claire Randall decidir entre ser fiel ao seu marido ou se entregar ao que sente por Jaime, pode ser um caminho sem volta.

Diana Gabaldon é uma autora fantástica, por mais que nem tudo no livro tenha me agradado. Sim sou chata e admito isso, só que não posso negar o fato dela ter escrito uma história completa em todos os sentidos.  A Viajante do Tempo possui um enredo cheio de ação, aventura, romance e fantasia, ao mesmo tempo em que funciona como fonte histórica. É perceptível a cada capitulo que a autora pesquisou muito para desenvolver uma trama riquíssima em detalhes como essa.

Se por um lado isso foi algo positivo já por outro acaba deixando o ritmo de leitura em determinadas passagens um pouco lento. O problema não é o fato de A Viajante do Tempo ser um livro extenso e sim dele possuir capítulos muito longos, em que alguns não acontecem absolutamente nada que interfira no contexto geral da história.  Confesso que foi a partir do capitulo vinte e cinco que me envolvi de verdade com a narrativa. Não que até então e leitura estivesse sendo “sofrível”, só que foi a partir desse ponto que finalmente consegui me conectar com o mundo criado por Diana Gabaldon.

Acredito que o me manteve firme e forte durante os capítulos anteriores foi os personagens. Claire possuir uma personalidade cativante e mesmo correndo todos os tipos de riscos estando em outra época, ela não perde a sua determinação.  E o Jaime apesar de em muitos momentos me deixar à beira de um ataque de nervos por ser tão teimoso, sempre acabava se redimindo com o seu jeito romântico e encantador. Mas, como vocês sabem nem tudo são flores e personagens fofos nessa vida literária.

Estou acostumada a chorar em livros. Sou mais mole que manteiga então, eu chorar em livros é quase tão clichê como o herói salvar a mocinha ao final da história e eles viverem felizes para sempre. Só que por mais que tente não me recordo de algum livro em que as minhas lágrimas foram de raiva. Jamais, senti tanta repulsa por um personagem como a que ainda estou sentido por Jonathan Wolverton Randall. Chorei sim e chorei muito, mas de raiva. De verdade não sei como vou reagir se me deparar com esse ser nos próximos livros da série. Respirando fundo (...).

Em suma, apesar dos pequenos detalhes que não me agradaram, A Viajante do Tempo foi uma leitura que acima de tudo me surpreendeu da forma mais positiva possível.  Meu único arrependimento como eu já disse no começo da resenha, é o de não ter lido o livro antes, quando tive oportunidade.

“– Como se, sabendo que tudo é possível de repente nada seja necessário.”

Mesmo com alguns altos e baixos, A Viajante do Tempo consegue ser um livro envolvente que conquista o leitor graças ao carisma de seus personagens. Sim, a história pode ter demorado um pouquinho para conquistar essa leitora ranzinza, mas que sem sombra de dúvidas foi um dos melhores romances que já li.

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