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maio 09, 2018

A Heroína da Alvorada por Alwyn Hamilton

| Arquivado em: RESENHAS.



ISBN: 9788555340680
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2018
Número de páginas: 384
Classificação: Muito Bom
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Sinopse: A Rebelde do Deserto – Livro 03.
Quando a atiradora Amani Al-Hiza escapou da cidadezinha em que morava, jamais imaginava se envolver numa rebelião, muito menos ter de comandá-la. Depois que o cruel sultão de Miraji capturou as principais lideranças da revolta, a garota se vê obrigada a tomar as rédeas da situação e seguir até Eremot, uma cidade que não existe em nenhum mapa, apenas nas lendas — e onde seus amigos estariam aprisionados. Armada com sua pistola, sua inteligência e seus poderes, ela vai atravessar as areias impiedosas para concluir essa missão de resgate, acompanhada do que restou da rebelião. Enquanto assiste àqueles que ama perderem a vida para soldados inimigos e criaturas do deserto, Amani se pergunta se pode ser a líder de que precisam ou se está conduzindo todos para a morte certa.

Não é segredo para ninguém que acompanha o blog há mais tempo, que a trilogia A Rebelde do Deserto a princípio me causou certa "desconfiança", para depois me conquistar por completo. Por isso, acredito que seja um pouco óbvio dizer que A Heroína da Alvorada, último livro da trilogia era um dos livros mais esperados por mim esse ano. Porém, mesmo que ao final a leitura tenha se mostrado emocionante e deixado aquele sentimento nostálgico de saudades, não nego que esperava um pouco mais.

Pode conter spoilers dos livros anteriores, por isso quem não quiser colocar sua conta em risco pode pular três parágrafos.

Depois de ser resgatada do palácio do sultão e reencontrar Jin, Amani se vê em uma posição que jamais se imaginou, - a de líder da Rebelião. Perdida e sem saber direito o que fazer ela parte em direção a Eremot, uma cidade mística em que segundo as informações que os rebeldes tiveram é onde Ahmed, Shazad, Rahim e outros membros importantes para a rebelião estão presos. Mas, chegar a Eremot não será uma tarefa simples, até por que para começar a cidade não aparece em nenhum mapa.

Entre as impiedosas areias do deserto e um reencontro com sua origem, Amani se vê cada vez mais vulnerável e com medo de estar levando o que restou da rebeldes e Jin em direção a morte. E agora, além de precisar encontrar um meio de libertar o povo de Miraji da tirania do sultão, um inimigo ainda mais poderoso e perigoso surge em seu caminho. Alguém que até mesmo os antigos djinni temem.

Quanto mais se aproxima do seu objetivo final, mais insegura do caminho que deve seguir Amani fica. Afinal ela está escondendo um segredo de todos, algo que pode mudar o destino da rebelião e selar o seu para sempre. Será que a aquela menina que saiu da Vila da Poeira, conseguira sobreviver as próprias escolhas? Ou o deserto e sua misteriosa magia serão implacáveis?

O meu grande problema com A Heroína da Alvorada foi começar a leitura com muitas expectativas. Sim a velha e nada boa expectativa (...). Por ser o último livro de uma trilogia marcada por uma narrativa ágil e com uma boa dose de ação, eu esperava que a história aqui mantivesse o mesmo ritmo. Porém, fui surpreendida por uma narrativa mais lenta o que em muitos momentos passava a sensação que a história “não saía do lugar”.

Gostei da inserção de pequenos contos entres os capítulos, pois algo que sempre me incomodou um pouco na narrativa era o fato dela ser focada apenas no ponto de vista da Amani. Através desses contos conseguimos conhecer melhor personagens importantes dentro do universo criado por Alwyn Hamilton e assim entendendo melhor as motivações que cada um tinha para estar ali, na rebelião.

É visível a evolução que Amani teve no decorrer da trilogia, assim como o de Jin (). Em um determinado ponto, ele deixa de ser um mero personagem coadjuvante para se tornar um protagonista forte. É nesse momento em que percebemos a dimensão do amor dele e Amani. O que mais agrada nos dois é que eles não são aquele casal clichê, que acabam colocando em primeiro lugar suas necessidades e sentimentos e por conta disso agindo de forma egoísta.

Amani e Jin, muitas vezes deixaram de lado o amor que sentem um pelo outro em prol de algo maior que acreditam. E isso é lindo e ao mesmo tempo angustiante de acompanhar, pois não há certeza que ao final eles terão o seu “feliz para sempre”. Afinal, a vida é feita de escolhas e na maioria das vezes elas não são fáceis (...).

Em A Heroína da Alvorada, Alwyn Hamilton teceu uma história que mesmo falhando em alguns pontos, consegue ser surpreendente nos capítulos finais. E não nego que a autora me levou às lágrimas, em especial nos momentos mais importantes da narrativa. Alwyn é aquele tipo de autora que não tem medo de tirar um personagem da história, se essa decisão for o melhor para o desenvolvimento dela. E por mais que algumas perdas doam, elas são fundamentais para o desfecho emocionante da trilogia.

Esperava um pouco mais? Sim, não nego. Só que mesmo com um começo tímido e um pouco lento, conforme fui avançando na leitura me vi cada vez mais envolvida pela narrativa. Alwyn Hamilton pode ter “errado” o tom em alguns momentos, mas soube conduzir a história que tinha em mente para um final que sem dúvidas, encanta e deixa os fãs da trilogia com o coração apertado de saudades.

“Ambos se dissolvendo em areia, poeira e faíscas, até sermos estrelas infinitas entrelaçadas na noite.”

Para os fãs de boas histórias de ação, magia e com aquele toque irresistível de romance, a trilogia A Rebelde do Deserto é uma opção maravilhosa de leitura! Não somente por conter os itens que citei, mas também por possuir personagens fortes e cativantes. No final mesmo com algumas "falhas de percurso" Alwyn Hamilton, conseguiu vencer a minha desconfiança e conquistar o meu coração.

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abril 27, 2017

A Traidora do Trono por Alwyn Hamilton

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788555340291
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 440
Classificação: Ótimo
Sinopse: A Rebelde do Deserto – Livro 02.
Amani Al’Hiza mal pôde acreditar quando finalmente conseguiu fugir de sua cidade natal, montada num cavalo mágico junto com Jin, um forasteiro misterioso. Depois de pouco tempo, porém, sua maior preocupação deixou de ser a própria liberdade- a garota descobriu ter muito mais poder do que imaginava e acabou se juntando à rebelião, que quer livrar o país inteiro do domínio do sultão. Em meio às perigosas batalhas ao lado dos rebeldes, Amani é traída quando menos espera e se vê prisioneira no palácio. Enquanto pensa em um jeito de escapar, ela começa a espionar o sultão. Mas quanto mais tempo passa ali, mais Amani questiona se o governante de fato é o vilão que todos acreditam.

A Rebelde do Deserto da autora Alwyn Hamilton foi aquele livro que a princípio vi com pouco desconfiança, mas que no decorrer da leitura foi me conquistando a cada capitulo. Por esse motivo, seria hipocrisia da minha parte dizer que eu não estava cheia de expectativas e ansiosa para me aventurar pelas lendas árabes e o deserto novamente. E só posso adiantar uma coisa para vocês, - foi incrível.

Pode conter spoilers do livro anterior, por isso quem não quiser se arriscar pule três parágrafos agora.

Depois de finalmente conseguir escapar da Vila da Poeira montada em um cavalo mágico e ter atravessado o deserto inteiro ao lado do misterioso Jin, a vida de Amani nunca mais foi à mesma. Entre perigosas aventuras nas impiedosas areias do deserto e um oásis perdido, ela descobriu partes mais sombrias de seu passado, encontrou o amor  e algo por que lutar.

A famosa e temida Bandida de Olhos Azuis se juntou a rebelião, e seus recém-descobertos poderes mágicos aliados a uma mira perfeita, fazem dela umas das peças mais importantes no plano para derrotar o Sultão e tira-lo do poder. Só que as coisas  acabam se complicando um pouco no caminho. Traída e capturada pelo inimigo, Amani vai parar no palácio.

Agora ela precisa correr contra o tempo para avisar os rebeldes sobre seu paradeiro e os planos terríveis que o Sultão está tramando. Mas antes ela precisará sobreviver ao Harém e principalmente aos fantasmas do passado que voltaram para assombra-la. Os inimigos estão por todas as partes e um passo em falso de Amani pode colocar tudo a perder. O futuro da rebelião e a sobrevivência dos rebeldes estão em suas mãos. E logo ela aprenderá da forma mais difícil, que na dúvida a única opção segura é confiar em si mesma.

Em A Traidora do Trono, Alwyn Hamilton nos apresenta uma narrativa ágil bem amarrada, cheia de intrigas e conspirações, algo que eu particularmente adoro. Esse foi um livro que me deixou com o coração na mão em vários momentos, pois um dos grandes diferenciais da escrita da Hamilton é o fato dela ser totalmente imprevisível. E isso ficou muito claro nesse segundo livro da série A Rebelde do Deserto.Como as areias do deserto, aqui tudo pode mudar em segundos.

Outro ponto que merece destaque é a evolução da Amani como protagonista. Eu já tinha gostado muito da personagem no primeiro livro, pois a Amani não é aquela mocinha chata e sem graça que fica a espera do príncipe encantado para salva-la. Ela é o completo oposto disso. Amani é forte, corajosa e está disposta a fazer o que for preciso para tirar o sultão do poder, só que sem aquele “altruísmo” clichê do: “Eu me sacrifico pelo bem maior”. O fato de a personagem demonstrar suas fraquezas, ao ponto de muitas vezes parecer até um pouco "egoísta" faz dela humana.E isso me aproximou ainda mais dela.

A inserção de novos personagens trouxe um dinamismo maior para história, ao mesmo tempo em que deixou tudo ainda mais surpreendente. O único ponto negativo que A Traidora do Trono tem em minha opinião, é aquele velho problema da história ficar centralizada em um único personagem. Acredito que se a autora tivesse intercalado a narrativa com os pontos de vista da Amani com os pontos de vista do Jin(), por exemplo, o enredo ficaria mais rico e a história mais “completa”.

Confesso que Alwyn Hamilton me surpreendeu da forma mais positiva possível. Acho que nunca disse isso em uma resenha aqui no blog, porém de todas as séries que já li ou que acompanho, A Traidora do Trono é a melhor sequência com qual me deparei até hoje. Simplesmente não conseguia parar de ler e admito que quando percebi que a aventura estava chegando ao fim, dei uma “leve” enrolada para ela durar mais. E mal posso esperar para me juntar as rebeldes do deserto novamente.

“Se tinha aprendido alguma coisa como a Bandida dos Olhos Azuis, era que histórias e a verdade raramente coincidiam.”

Se você está em busca de uma nova série para amar, A Rebelde do Deserto é pra você. Pegue seu cantil de água e se prepare para se aventurar pelo deserto inclemente de Miraji. Uma vez envolvido pelas areias dele dificilmente você vai querer sair.

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julho 21, 2016

A Rebelde do Deserto por Alwyn Hamilton

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788565765992
Editora: Seguinte
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 288
Classificação: Ótimo
Sinopse: A Rebelde do Deserto – Livro 01.
O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher.  Amani Al’Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele. Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo — é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por lhe revelar o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir.

Por mais curiosa que estivesse para ler A Rebelde do Deserto da autora Alwyn Hamilton, evitei começar a leitura com muitas expectativas. Afinal, sempre vale aquela de que melhor se surpreender do que se decepcionar, não é mesmo? E para minha imensa felicidade, A Rebelde do Deserto se mostrou uma história extremamente envolvente, do tipo que me deixou com um irresistível gostinho de quero mais.

De todos os lugares miseráveis do deserto de Miraji, a Vila da Poeira é o pior deles, em especial se você é pobre, órfã e mulher. Por isso se Amani Al’Hiza não quiser passar os resto dos seus dias presa em um casamento infeliz e a uma vida de submissão, ela precisa fugir, - e rápido. Dona de uma mira perfeita, ela resolve arriscar tudo o que tem em um campeonato de tiro no vilarejo vizinho. A ideia é passar despercebida em um universo dominado por homens, ganhar o dinheiro da competição e ir embora. Só que a essa altura da vida Amani já devia ter entendido que as coisas nunca são tão simples com ela gostaria.

Durante o campeonato, Amani esbarra em um misterioso forasteiro e tal encontro desencadeia uma série de acontecimentos que vira sua vida de ponta cabeça. Ao embarcar com Jin em uma perigosa jornada pelo deserto que ela sempre acreditou conhecer, Amani conquista sua sonhada liberdade, ao mesmo tempo em que descobre um mundo novo e completamente mágico. Entre uma parada e outra a jovem vai conhecendo melhor a si mesma e uma força que ela jamais imaginou possuir. E principalmente, ela aprende que não há como fugir do destino, quando os caminhos dele e do coração estão entrelaçados.

A autora Alwyn Hamilton foi buscar no universo das lendas árabes a inspiração para escrever uma história ágil e cheia de reviravoltas. A Rebelde do Deserto possui aquela narrativa em que você consegue “sentir” os elementos descritos na trama e nos faz mergulhar de cabeça em sua história, sem se preocupar com a nuvem de areia que vamos levantar ao fazer isso. Sem falar que, Amani Al’Hiza é uma personagem incrível.

Sério! Sei que vocês estão acostumados ao fato de essa que vos escreve sempre "reclamar" do temperamento das mocinhas. E foi justamente nesse ponto que a narrativa da Alwyn Hamilton me conquistou. A autora soube criar uma protagonista feminina forte, sem que ela perdesse a sua delicadeza. Em muitos momentos a Amani demonstra suas fraquezas, seus medos e dúvidas sem que para isso ela precise de um príncipe encantado vindo em um cavalo branco para salvá-la.

Sim é claro que o Jin a salva em algumas situações, da mesma forma em que ela salva a vida dele em outras. E a maneira como o relacionamento deles é construído, torna o romance presente na trama leve e gostoso de acompanhar. Os dois lutam juntos como iguais por aquilo em que acreditam. É lindo ver como o Jin respeita e deixa a Amani travar suas próprias batalhas. Ele pode até não concordar com algumas atitudes dela, mas ele a respeita. E se tratando de um livro que aborda uma cultura mundialmente conhecia por oprimir as mulheres, isso realmente é fantástico.

Alwyn Hamilton também consegue dar uma boa abertura aos personagens secundários, de modo que a história mesmo sendo narrada em primeira pessoa não fique centralizada demais na Amani. Inclusive nesse quesito a autora nos reversa uma boa surpresa, pois um personagem que no começo da trama praticamente não chama a atenção, acaba por se revelar uma peça importante no desfecho desse primeiro livro. O que me deixa ainda mais curiosa para saber qual será o papel dele na sequencia da série.

Só que como nem tudo são flores em minha vida literária, em minha opinião Alwyn Hamilton deu uma pequena “tropeçada”, ao recorrer a certos clichês. Não que isso tenha prejudicado a história como todo, só que dá aquela sensação que você já viu isso antes em algum lugar. Tudo bem que a maneira como autora usou esse clichê consegue dar aquele impacto na história. Mas não nego que teria gostado mais se ao invés deste “artifício”, A Rebelde do Deserto tivesse seguido uma linha mais “humana” por assim dizer.

Porém sem sombra de dúvidas, me vi encantada com o mundo que a autora criou e completamente envolvida em sua narrativa fluida. E bem, não vou negar que fiquei bem apaixonadinha pelo Jin também (). E posso garantir a vocês, que é praticamente impossível viajar pelo deserto na companhia desse moço, sem ficar caidinha por ele.

“– Estive em muitos lugares – Jin disse. – E as pessoas creem em verdades diferentes. Quando todo mundo parece ter tanta certeza, é difícil acreditar que alguém esteja certo.”

Com maestria Alwyn Hamilton mescla  temas atuais, fantasia e aventura em uma história relativamente simples e que ao mesmo tempo consegue fisgar o leitor logo em sua primeiras páginas. E claro, tudo isso com personagens cativantes e um toque de romance para deixar tudo ainda melhor. O único problema agora é ter que esperar até o ano que vem pela continuação.

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