| Arquivado em: Resenhas.
• Editora: Novo Conceito
• Ano de Lançamento: 2015
• Número de páginas: 384
• Classificação: Bom
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Em Apenas um Dia, os momentos de paixão entre Allyson e Willem foram interrompidos de maneira abrupta, lançando a jovem em um abismo de questionamentos e dor. Agora a história é contada pela voz de Willem. Sem saber exatamente o que o atraiu na garota de olhos grandes e jeito comportado, o rapaz inicia uma busca obsessiva por pistas que levem até a sua Lulu mesmo sem saber sequer o seu nome verdadeiro. Enquanto tenta compreender o mistério que os separou, Willem se esforça para costurar relacionamentos desgastados e procura respostas para o futuro. Mais do que uma aventura de verão, o encontro em Paris significou para ele o início da vida adulta.
Sim leitores, essa semana tem “dobradinha” Gayle Forman aqui no blog. Afinal, mesmo não tendo me apaixonado por Apenas Um Dia, essa blogueira que vos escreve ficou curiosa para saber como a história que começou em Paris terminava. E o que posso adiantar? Bem (...) estou chegando à conclusão que a Gayle e eu não seremos melhores amigas, - infelizmente.
Essa resenha pode conter spoilers do livro anterior, por isso quem não quiser correr o risco pode pular dois parágrafos.
Apenas Um Ano, começa já revelando o que de fato aconteceu com Willem, na manhã em que a Allyson deixou Paris com seu coração partido. Embora o livro anterior já tenha dado algumas pistas, aqui não apenas descobrimos a verdade como também passamos a conhecer melhor a história e os segredos que o personagem guarda. Agora o jovem que nunca foi de se apegar as pessoas que passam por sua vida, se vê de alguma forma preso as lembranças dos momentos que viveu com uma desconhecida em um dia inesquecível em Paris.
Mas, como achar uma pessoa quando nem o verdadeiro nome dela se sabe? Willem parte então em uma busca para tentar reencontrar a moça que o encantou com o seu jeito tímido e ao mesmo espontâneo de ver a vida. Porém, ao mesmo tempo em que Willem tenta entender tudo o que aconteceu naquele dia em Paris, ele precisa desesperadamente fazer as pazes com o seu passado e encontrar o seu lugar no mundo. Nem que para isso precise se perder completamente primeiro.
Seguindo a fórmula já conhecida da autora, em Apenas Um Ano somos apresentados ao outro lado da história. Se em Apenas Um Dia temos a narrativa totalmente focada na Allysson, aqui ela é focada do Willem. No decorrer dos capítulos a autora vai revelando aos poucos a história do personagem, e com isso o verdadeiro Willem vai se tornando mais “real”. Além disso, a narrativa aqui é um pouco mais rápida e dinâmica quando comparada o livro anterior. Mas, pelo menos na minha visão de leitora, a autora persistiu nos mesmos “erros”.
Apenas Um Ano possui uma série de detalhes que não agregam em nada na trama, além de situações que em meu ponto de vista foram totalmente desnecessárias. A autora novamente ser esforça para dar a impressão que tudo estava errado na vida do protagonista, até que o belo dia ao lado de uma desconhecida vez tudo mudar. Não que eu ache impossível que algo assim, realmente possa acontecer, o problema é a maneira como isso foi abordado em ambos os livros. Tipo tudo é “poético” demais e dependendo do capitulo cansativo e repetitivo demais também.
Só que o problema maior aqui, é o final. Quando li a ultima frase fiquei olhando para o livro me perguntando: “E?”. Estou chegando à conclusão que definitivamente a autora não sabe escrever finais. Sério! Fiquei frustrada. Por que tipo, se ela não tivesse “enrolado” tanto com aqueles detalhes desnecessários o final podia ter sido infinitamente melhor. Até por que confesso que só peguei Apenas Um Ano para ler logo em seguida de Apenas Um Dia por causa do final “cretino” que a autora deu ao primeiro livro. Estava morrendo de curiosidade para saber mais, porém como vocês podem perceber levei foi mesmo um belo balde de água fria (...).
Claro que assim como Apenas Um Dia, aqui também a história possui seus pontos positivos. Um deles é o fato do Willem ser um protagonista que “segura” melhor a narrativa. A autora conseguiu construir um enredo mais maduro, justamente por explorar bem as “fraquezas“ do personagem. Apenas Um Ano possui uma forte carga dramática, em que acompanhamos a trajetória de cura e redenção de Willem. A história por de trás do comportamento “desprendido” dele é triste e ao mesmo tempo marcante. E poder acompanhar a evolução e o amadurecimento do personagem no decorrer dos capítulos é o que faz de Apenas Um Ano um livro bonito.
“(...)Há uma diferença entre perder algo que sabia ter e perder algo que descobriu ter. Uma é decepção. A outra é a perda de verdade.”
Assim como o livro anterior, Apenas Um Ano não convence muito como romance. Na verdade tenho a sensação que a Gayle Forman quis seguir mais a linha do drama mesmo. De uma forma leve a autora nos mostra que qualquer experiência pela qual passamos boas ou não, tem o poder de desencadear mudanças importantes em nossas vidas. E isso faz como que ambos os livros, apesar de não serem perfeitos, leituras envolventes e satisfatórias.
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