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Coroa Cruel é o livro que reúne dois contos da série A Rainha Vermelha. Gosto bastante quando os autores lançam esses contos entre um livro ou outro, pois eles são uma ótima oportunidade de conhecermos a história por outros ângulos. Em Coral Cruel temos uma dimensão maior do mundo criado por Victoria Aveyard, como também conhecemos melhor alguns personagens secundários que são de grande importância para trama.
Embora não deva ser considerado como uma leitura “obrigatória”, Coroa Cruel é um livro bem interessante, para os fãs da série A Rainha Vermelha. Através desses contos a autora Victoria Aveyard, nos mostra não somente quão vasta é sua obra, mas que ela ainda pode ser muito explorada tanto a nível de enredo como de personagens.
• Editora: Seguinte
• Ano de Lançamento: 2016
• Número de páginas: 232
• Classificação: Muito Bom
Sinopse: Contos da Série A Rainha Vermelha.
Duas mulheres — uma vermelha e uma prateada — contam sua história e revelam seus segredos.
Em Canção da Rainha, você terá acesso ao diário da nobre prateada Coriane Jacos, que se torna a primeira esposa do rei Tiberias VI e dá à luz o príncipe herdeiro, Cal — tudo isso enquanto luta para sobreviver em meio às intrigas da corte.
Já em Cicatrizes de Aço, você terá uma visão de dentro da Guarda Escarlate a partir da perspectiva de Diana Farley, uma das líderes da rebelião vermelha, que tenta expandir o movimento para Norta — e acaba encontrando Mare Barrow pelo caminho.
Coroa Cruel é o livro que reúne dois contos da série A Rainha Vermelha. Gosto bastante quando os autores lançam esses contos entre um livro ou outro, pois eles são uma ótima oportunidade de conhecermos a história por outros ângulos. Em Coral Cruel temos uma dimensão maior do mundo criado por Victoria Aveyard, como também conhecemos melhor alguns personagens secundários que são de grande importância para trama.
Como são dois contos, essa resenha vai ser um pouquinho diferente já que vou abordar as duas histórias separadamente.
Em Canção da Rainha, conhecemos o passado dos pais do príncipe Cal, o rei Tiberias VI e a rainha Coriane Jacos. Coriane jamais imaginava que um dia seria a rainha de Norta, pois mesmo a sua família pertencendo a nobreza, a falta de bens e prestigio dela em relação as outras famílias prateadas mais fortes do reino colocava, os Jacos em grande desvantagem. Porém com a sua personalidade tímida e delicada de Coriane acaba chamando a atenção de Tiberias e ambos se apaixonam, antes que a tradicional Prova Real fosse realizada.
Quando a família real anuncia a decisão do príncipe de se casar sem a realização da prova, há um descontentamento geral. Isso ia contra a “ordem natural” das coisas em que o futuro rei sempre escolhe durante a prova a filha mais forte e poderosa entre as famílias, para reinar ao seu lado. Além disso, muitos nutriam a esperança e até mesmo a cobiça de ver sua filha como a futura rainha de Norta. Por esse motivo tanto Tiberius como Coriane são forçados a assumir compromisso que seu futuro herdeiro honraria a tradição, quando o momento dele escolher uma rainha chegasse.
Para quem já leu A Rainha Vermelha já sabe como essa história acaba. Então para evitar spoilers e concluindo, o mais interessante em Canção da Rainha é que através dos relatos de Coriane, conhecemos um Tiberias bem diferente daquele que encontramos no primeiro livro da série. Também conseguimos perceber de quem o príncipe Cal herdou bom caráter, pois apesar de ser uma rainha fraca em poder, Coriane era extremamente bondosa e ingênua. E foi justamente essa sua característica a grande responsável por selar o seu destino.
“Sei quem somos melhor que você. (...) Eu me lembro. Não existe dor ou castigo maior do que a memória.”
Em Cicatrizes de Aço somos levados a conhecer mais profundamente o grupo rebelde, a Guarda Escarlate pelos olhos de uma das suas capitãs, Diana Farley. Farley desde o primeiro livro se mostrou uma personagem forte e determinada a acabar com o domínio dos prateados sobre os vermelhos.
O ponto mais importante em Cicatrizes de Aço é o fato de que o mundo fora do palácio nos é mostrado de uma maneira mais ampla, e com isso o leitor começa realmente a conhecer e se envolver não apenas com os ideais do grupo rebelde como também com seus membros. Outro ponto bem legal é a percepção que nós temos que mesmo sendo os "todos poderosos" a estrutura em que a sociedade dos prateados foi construída é extremamente “frágil”. E que essa fragilidade se bem usada pode ser a maior arma dos vermelhos na rebelião contra eles.
“Meu coração para por uns instantes quando o sangue brota debaixo da lâmina. Vermelho como a aurora.”
Embora não deva ser considerado como uma leitura “obrigatória”, Coroa Cruel é um livro bem interessante, para os fãs da série A Rainha Vermelha. Através desses contos a autora Victoria Aveyard, nos mostra não somente quão vasta é sua obra, mas que ela ainda pode ser muito explorada tanto a nível de enredo como de personagens.
Recomendo a leitura de Coroa Cruel não apenas para os fãs da série, mas também para quem assim como eu, gosta de conhecer a história pelo ponto de vista de outros personagens. Já comecei a leitura de Espada de Vidro, segundo livro da série e em breve trarei a resenha dele aqui para vocês
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