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fevereiro 11, 2016

A Libélula no Âmbar – Diana Gabaldon

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788567296272
Editora: Saída de Emergência
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 944
Classificação: Ótimo
Sinopse:  Outlander – Livro 02.
Claire Randall guardou um segredo por vinte anos. Ao voltar para as majestosas Terras Altas da Escócia, envoltas em brumas e mistério, está disposta a revelar à sua filha Brianna a surpreendente história do seu nascimento. É chegada a hora de contar a verdade sobre um antigo círculo de pedras, sobre um amor que transcende as fronteiras do tempo... E sobre o guerreiro escocês que a levou da segurança do século XX para os perigos do século XVIII. O legado de sangue e desejo que envolve Brianna finalmente vem à tona quando Claire relembra a sua jornada em uma corte parisiense cheia de intrigas e conflitos, correndo contra o tempo para evitar o destino trágico da revolta dos escoceses. Com tudo o que conhece sobre o futuro, será que ela conseguirá salvar a vida de James Fraser e da criança que carrega no ventre?

Confesso que demorei um pouco para criar “coragem”, e me aventurar pelo segundo livro da série Outlander, A Libélula no Âmbar. Assim como no primeiro livro, eu já imaginava que ele possuía aquele tipo de história que precisa ser lida em “pequenas doses”, pois só dessa forma é possível vivencia-la por completo. A autora Diana Gabaldon, tece uma trama densa com personagens marcantes e complexos, ao mesmo tempo em que nos leva por uma incrível e perigosa viagem pelo século XVIII. Onde o verdadeiro amor e a lealdade são testados constantemente.

Não vou entrar em muitos detalhes sobre a história, até por que não quero correr o risco de dar spoilers ou de acabar escrevendo uma resenha extremamente longa.  Mas, a minha primeira reação ao começar a ler o esse livro foi um susto.  Calma que eu explico. Diferente das outras séries há que estamos acostumados, A Libélula no Âmbar não começa exatamente do ponto onde A Viajante do Tempo parou. Tipo eu tive um mini ataque e fiquei me perguntando: “Como assim?”, “O que aconteceu?”, “Devolve meus personagens favoritos Diana!”. Um pouco dramático eu sei, mas realmente a forma como a história começa aqui é meio “chocante”.

E para minha surpresa até mesmo a forma como a autora estruturou a história está diferente. Em A Libélula no Âmbar reencontramos com uma Claire e Jaime (pausa para suspiros), mais maduros em um relacionamento que superou enormes dificuldades, e que ainda em muitos momentos fica balançado pelas sombras do passado.  Se em A Viajante do Tempo o foco da história era o romance entre os protagonistas, aqui a narrativa ganhou um tom mais sóbrio constituído por um jogo de mentiras e intrigas políticas.

A cada capítulo é perceptível à profunda pesquisa de fatos históricos que Diana Gabaldon fez para compor a sua narrativa. Mas, o que deixa o enredo mais rico em detalhes, também em algumas situações  faz com que a leitura se torne um pouco “maçante”. A Libélula no Âmbar por si só já é aquele tipo de leitura mais lenta, afinal você não consegue ler um livro com quase mil páginas e absorver toda a grandiosidade de sua história em uma “sentada”, no banco da praça. Porém assim, como no primeiro livro tive a sensação que a autora se perde em detalhes que não agregavam em nada na trama.

E sim, não é segredo que eu amo História, só que na minha opinião se em algumas partes específicas a autora tivesse focado mais nos personagens do que nos fatos “reais”, a leitura ficaria mais fluida. Gosto como a autora intercala a fantasia com a história, descrevendo os lugares e costumes da época. Realmente me senti vivendo da França do Rei Luiz XIV, com seus bailes e jantares finos. Senti saudades da fria e cinzenta Escócia, mas de verdade dá para tirar uma duzentas e poucas páginas de coisas que não causam nenhum grande “impacto” na narrativa.

Gostei da inserção dos novos personagens, pois além deles serem peças importantes para história, à presença deles reforça o quanto tudo na série Outlander está interligado e como desde o começo a autora Diana Gabaldon sabia exatamente por qual caminho guiar a trama e seus personagens.  Adorei a Brianna e o Roger, como também fiquei encantada pelo pequeno Fergus ().  Esse é outro ponto interessante na série, já que por ser bastante extensa ela acaba precisando de uma quantidade maior de personagens. E aqui todos tem uma personalidade marcante, uma identidade própria que faz como que sejam amados ou odiados.

Fiquei em muitos momentos com o coração na mão durante a leitura de A Libélula no Âmbar. Eu tentava entender e justificar as atitudes da Claire e do Jaime. Eu me perguntava como no meio de tanto amor, podia haver tantas dúvidas, tanta culpa e tanta dor. E é ai que a maior qualidade da escrita da Diana Gabaldon se revela, por que mesmo que a história seja densa, você fica tão envolvido com aquilo, se apega tanto aos personagens que quando se dá conta o livro já acabou. E que final “cretino” em dona Diana (...). Como você pode fazer isso com meu pobre coraçãozinho? Como sobreviver sem saber o que acontece? Digo apenas que preciso ler O Resgate no Mar com a máxima urgência.

“- Passei mais de vinte anos buscando respostas, Roger, e só posso lhe dizer uma coisa: não há respostas, apenas escolhas.”

Em uma sequência fantástica cheia de reviravoltas, A Libélula no Âmbar é aquele tipo de livro que nos deixa com coração apertado e conscientes que a cada capítulo tudo pode mudar. E isso só tornar a sua história ainda mais incrível.  Apenas muito amor por essa série minha gente ().

Veja Também:
A Viajante do Tempo
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abril 09, 2015

Série – Outlander

| Arquivado em: Filmes e Séries.

Oie leitores!

Sempre que encontro algo muito, mais muito maravilhoso mesmo eu tenho que vir aqui dividir isso com vocês. E por esse motivo, essa que vos escreve não podia deixar de compartilhar o quanto ela foi arrematada pela série Outlander. Comecei a assistir a série em um desses sábados qualquer apenas por uma mera curiosidade, e quando me dei por mim já estava apaixonada ().
imagem: Divulgação.
Uma das coisas que mais gostei em Outlander foi à riqueza de detalhes presentes no enredo do seriado. Tanto para quem já leu o livro, como para quem ainda não conhece a história cada episódio deixa você com aquele gostinho de quero mais. Com aquela ansiedade de querer saber o que vai acontecer na história. E a parte mais legal pelo menos em meu ponto de vista é que na série todos os detalhes “chatinhos” que me incomodaram um pouco durante a leitura não existem.
imagem: Divulgação.
O seriado tem um ritmo mais dinâmico, e a caracterização tanto dos personagens, como da época em que a trama é ambientada estão impecáveis. Caitriona Balfe transmite bem o espírito obstinado e cativante da Claire da mesma forma que Sam Heughan consegue ser tão apaixonante como o Jaime é no livro. Os dois são maravilhosos em cena e passam para quem está assistindo uma sintonia incrível. Talvez o meu único problema seja o fato de não conseguir olhar para o Frank (Tobias Menzies), sem lembrar-me do meu querido e amado Jonathan Wolverton Randall. Sim, tenho ódio mortal pelo Randall e vê-lo em “cores e ao vivo”, só faz meu coraçãozinho sentir mais repugnância dele. Sorry Tobias Menzies, não é nada pessoal =D
imagem: Divulgação.
Outro personagem que eu gosto muito é o Dougal MacKenzie (Graham McTavish) mesmo sabendo que ele não é o que podemos chamar de pessoa “confiável”. Para quem não sabe o autor Graham McTavish faz um dos anões (Dwalin) da companhia do Thorin na Trilogia o Hobbit. Confesso que quando descobri isso fique pensando, “santa maquiagem”. Por que, como assim o Dougal e o Dwalin podem ser a mesma pessoa??!! Ok! Ainda não estou conseguindo lidar direito com essa informação (...).
imagem: Divulgação.
Outlander é sem sombra de dúvidas um dos melhores seriados que venho acompanhando no momento. Tipo, - é tudo muito mágico, lindo, envolvente, (...) sinceramente chega a me faltar palavras para descrever a perfeição dessa série. A música de abertura é fantástica, a fotografia faz com que você queria ir amanhã mesmo para a Escócia, a série segue fielmente o livro e os atores são ótimos. Fica realmente bem difícil não se apaixonar, não é mesmo? *-*
imagem: Divulgação.










Sinopse: A inglesa Claire Randall, enfermeira durante a Segunda Guerra Mundial, viaja com seu marido Frank à Escócia para uma reaproximação após anos separados pela guerra. Entretanto, Claire acaba que por meio de alguma magia voltando 200 anos no tempo e descobre-se sozinha no ano 1743 pouco após a chegada, durante os levantes jacobitas. Nesse ambiente, ela conhece o jovem guerreiro escocês Jamie Fraser e Jonathan Randall, antepassado de Frank e capitão inglês.



Ficha Técnica:
Criador: Ronald D. Moore, baseado nos livros de Diana Gabaldon
Produtor (es): David Brown e Matthew B. Roberts
Distribuída por: Starz
Gênero: Aventura, Fantasia, Romance e Drama.
Duração: 60 minutos.
País de Origem: Reino Unido.
N.º de temporadas: 1
N.º de episódios: 16
Elenco: Caitriona Balfe (Claire Beauchamp Randall/Fraser), Sam Heughan (Jamie Fraser), Tobias Menzies (Frank Randall/Jonathan Randall), Gary Lewis (Colum MacKenzie), Graham McTavish (Dougal MacKenzie), Lotte Verbeek (Geillis Duncan), Bill Paterson (Ned Gowan), Duncan Lacroix (Murtagh Fraser), Grant O'Rourke (Rupert MacKenzie) e Stephen Walters (Anghus Mhor).

Trailer:

Quem ainda não conhece a série, não sabe o que está perdendo. Simplesmente maravilhosa ()! Fica a dica hein =D
Beijos;***

fevereiro 10, 2015

A Viajante do Tempo por Diana Gabaldon

| Arquivado Resenhas.

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788567296227
Editora: Saída de Emergência
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 800
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.
Sinopse: Outlander - Livro 01. Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros. Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro escocês, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?

Após duas tentativas mal sucedidas há alguns anos atrás, finalmente consegui concluir a leitura de A Viajante do Tempo. A primeira vez admito que abandonei o livro (me condenem), já na segunda meus quinze dias tinham acabado e precisei devolver o livro para a biblioteca. Porém, agora uns bons anos depois essa que voz escreve além de finalizar a leitura (dancinha feliz), confessa para todos que lerem essa resenha, estar profundamente arrependida por não ter “insistindo” um pouco mais nas tentativas anteriores.

Quando a Segunda Grande Guerra acaba, Claire e Frank Randall decidem tirar férias e viajam para a pacata cidade de Inverness na Escócia. A viagem era para ser uma espécie de segunda lua de mel para o casal, e tudo estava saindo como o planejado. Porém, quando Claire retorna ao local onde há poucos dias ela tinha presenciado o que parecia um antigo ritual celta, sua vida vira de cabeça para baixo. Como que por magia Claire vai parar na Escócia de 1743, época em que a região ainda é dominada por clãs guerreiros.

Ao se deparar com um desses antigos clãs Claire conhece alguém que pode deixar a sua situação ainda mais complicada. Jaime Fraser é um jovem corajoso e carismático que aos poucos vai conquistando um lugar especial em sua vida e principalmente em seu coração. Mas, ela sabe que quanto mais tempo permanece no passado, o futuro como conheceu pode estar ameaçado. Para Claire Randall decidir entre ser fiel ao seu marido ou se entregar ao que sente por Jaime, pode ser um caminho sem volta.

Diana Gabaldon é uma autora fantástica, por mais que nem tudo no livro tenha me agradado. Sim sou chata e admito isso, só que não posso negar o fato dela ter escrito uma história completa em todos os sentidos.  A Viajante do Tempo possui um enredo cheio de ação, aventura, romance e fantasia, ao mesmo tempo em que funciona como fonte histórica. É perceptível a cada capitulo que a autora pesquisou muito para desenvolver uma trama riquíssima em detalhes como essa.

Se por um lado isso foi algo positivo já por outro acaba deixando o ritmo de leitura em determinadas passagens um pouco lento. O problema não é o fato de A Viajante do Tempo ser um livro extenso e sim dele possuir capítulos muito longos, em que alguns não acontecem absolutamente nada que interfira no contexto geral da história.  Confesso que foi a partir do capitulo vinte e cinco que me envolvi de verdade com a narrativa. Não que até então e leitura estivesse sendo “sofrível”, só que foi a partir desse ponto que finalmente consegui me conectar com o mundo criado por Diana Gabaldon.

Acredito que o me manteve firme e forte durante os capítulos anteriores foi os personagens. Claire possuir uma personalidade cativante e mesmo correndo todos os tipos de riscos estando em outra época, ela não perde a sua determinação.  E o Jaime apesar de em muitos momentos me deixar à beira de um ataque de nervos por ser tão teimoso, sempre acabava se redimindo com o seu jeito romântico e encantador. Mas, como vocês sabem nem tudo são flores e personagens fofos nessa vida literária.

Estou acostumada a chorar em livros. Sou mais mole que manteiga então, eu chorar em livros é quase tão clichê como o herói salvar a mocinha ao final da história e eles viverem felizes para sempre. Só que por mais que tente não me recordo de algum livro em que as minhas lágrimas foram de raiva. Jamais, senti tanta repulsa por um personagem como a que ainda estou sentido por Jonathan Wolverton Randall. Chorei sim e chorei muito, mas de raiva. De verdade não sei como vou reagir se me deparar com esse ser nos próximos livros da série. Respirando fundo (...).

Em suma, apesar dos pequenos detalhes que não me agradaram, A Viajante do Tempo foi uma leitura que acima de tudo me surpreendeu da forma mais positiva possível.  Meu único arrependimento como eu já disse no começo da resenha, é o de não ter lido o livro antes, quando tive oportunidade.

“– Como se, sabendo que tudo é possível de repente nada seja necessário.”

Mesmo com alguns altos e baixos, A Viajante do Tempo consegue ser um livro envolvente que conquista o leitor graças ao carisma de seus personagens. Sim, a história pode ter demorado um pouquinho para conquistar essa leitora ranzinza, mas que sem sombra de dúvidas foi um dos melhores romances que já li.

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