Ficha Técnica:
• Editora: Above Publicações
• Autor: Allan Pitz.
• ISBN: 8563080059
• Ano: 2010
• Edição: 1
• Páginas: 80
• Classificação: 3 estrelas
Sinopse:
É verdade, eu matei o cozinheiro. Em momento algum deste livro negarei que matei o sórdido cozinheiro com minhas próprias mãos de escrever versos. Havia motivo claro em saciar-se com a sua morte, morte de quem por carne e gozo objetou-se ao incomensurável amor que me tornava tão puro. Eu estripei-o com suas facas imundas de trabalho banal, e escalpelei por mimo infantil, de criança brincalhona, ao ver os índios e escalpes na TV. Matei o demônio com noventa facadas, cultivando um novo demônio sanguinário em mim, portanto não negarei ter feito a coisa mais maravilhosa que eu poderia fazer por minha inconsequência gloriosa naquele momento: Eu matei o cozinheiro. A morte do cozinheiro já deve ser considerada uma das obras literárias mais intensas e atuais sobre a dor de cotovelo e o ciúme.
Resenha:
A Morte do Cozinheiro é o quinto livro que recebi do booktour Selo Brasileiro. Ele é bem curtinho 80 páginas que li em menos de uma hora. O livro é para quem gosta do velho e bom humor negro, ou para quem não liga muito para histórias em que o tema principal é dor de cotovelo.
Os personagens centrais da trama são Luiz o escritor, Carmem a perfeita e Lucas o cozinheiro. Nada como um bom triangulo amoroso não é mesmo?
Luiz e Carmem se conhecem em um evento literário, e tudo parece perfeito. Parece afinal por que, Carmem podia ser um anjo, mas a mãe é uma megera. E como em todo bom drama romântico a mãe da mocinha não permite namoro. Ela enfrenta a mãe e vai morar com ele em uma casinha pequena e simples. Tudo lindo até aqui.
Com o tempo Carmem engravida, mas acaba perdendo o bebê. A tristeza é tanta que ela joga tudo para o alto e volta para a casa da sua mãe.
Luiz acaba entrando em depressão profunda, nada mais na sua vida faz sentido sem sua amada Carmem. Porém ela se recupera rápido e para surpresa de Luiz, não demora muito ela está com um novo namorado Lucas o cozinheiro. Acho que se contar mais algumas coisa deste ponto em diante, vou acabar contando toda história, então melhor parar por aqui rs...
O livro é narrado na primeira pessoa, e muitas vezes a narração se torna tensa e violenta. Confesso que em alguns momentos o livro me deu certa repugnância, (violência excessiva não faz muito meu estilo) o que alivia um pouco a tensão é que me meio a paranóia e dor de cotovelo de Luiz a história tem seus momentos engraçados. O que é claro, ajudou em muito há descontrair um pouco o livro não deixando a leitura tão pesada.
O autor só pecou no fato de não ter explorado mais o suspense durante a história. O livro é intrigante, mas principalmente no final achei que ficou faltando alguma coisa. Allan Pitz conseguiu unir em poucas páginas; humor, amor, ironia e ódio o que faz do livro a leitura perfeita para os amantes do humor inteligente.
Se você se encaixa neste gênero fica ai a dica!
Bjinhos!!