Sponsor

Mostrando postagens com marcador Editora Bertrand Brasil. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Editora Bertrand Brasil. Mostrar todas as postagens
janeiro 09, 2019

Um Dia de Dezembro por Josie Silver

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.





ISBN: 9788528623666
Editora: Bertrand Brasil
Ano de Lançamento: 2018
Número de páginas: 392
Classificação: Regular
Sinopse: Laurie não acredita em amor à primeira vista. Afinal de contas, a vida não é a cena de um filme romântico. Mas, então, em uma manhã de dezembro fria e com neve, o ônibus de dois andares em que voltava para casa para em um ponto. Ao olhar para baixo, ela o vê. Por um segundo transcendental, seus olhos se encontram... e então o ônibus começa a andar. Depois de muitos meses com a esperança de cruzar novamente com ele, Laurie acha que nunca mais verá o garoto do ônibus.  No entanto, um ano depois, em uma festa de Natal, sua melhor amiga, Sarah, apresenta o novo namorado, o grande amor de sua vida. Para seu profundo desespero e surpresa, ele é ninguém menos que o garoto do ônibus. Determinada a esquecê-lo, Laurie segue com sua vida. Mas e se o destino tiver outros planos?

A minha intenção era postar a resenha desse livro antes do Natal. Porém, Um Dia de Dezembro da autora Josie Silver, acabou se revelando uma leitura um pouco “complicada”. Por isso, achei melhor não escrever essa resenha no calor do momento e sim esperar alguns dias. Sim, tive problemas com a narrativa, com os protagonistas e confesso que foi por pouco, mais muito pouco mesmo que não abandonei a leitura.

Em um dia frio de dezembro às vésperas do Natal, Laurie está em um ônibus pensando em seus problemas quando em uma das paradas vê um rapaz. Laurie nunca foi do tipo de acreditar em amor à primeira vista, porém algo naquele rapaz parado ali no ponto de ônibus mexe com ela. É como se uma estranha e irresistível conexão entre os dois tivesse surgido naqueles poucos segundos. A jovem tem a sensação que encontrou o amor de sua vida e fica determinada a encontrá-lo novamente.

Um ano se passa, e por mais que Laurie tenha procurado seu grande amor por toda Londres, sua busca foi sem sucesso. Ela sabe que não faz mais sentido ficar procurando por alguém que ela viu por poucos segundos e decide que já passou da hora de seguir em frente e esquecer o rapaz. Durante a festa de Natal, Sarah a sua melhor amiga apresenta o novo namorado, Jack que para surpresa de Laurie é ninguém menos do que o rapaz do ponto de ônibus. Entre o amor de sua vida e a melhor amiga, Laurie decide esquecer qualquer sentimento que ainda possa ter por Jack e focar seus esforços em sua vida profissional.

Mas, conforme os anos se passam conviver com Jack e Sarah como um casal não torna a determinação de esquecer seu grande amor mais fácil. Entre encontros e desencontros Laurie, Jack e Sarah vão descobrindo as alegrias e tristezas que a vida adulta traz. E principalmente como um segundo, uma decisão pode mudar a sua vida para sempre.

Não é segredo para ninguém que não gosto de triângulos amorosos, porém como eles são praticamente inevitáveis nos romances, eu meio que consegui ignorar que a base da narrativa de Um Dia de Dezembro é um triângulo amoroso. O que eu não consegui ignorar foi a falta de carisma dos protagonistas e o lenga-lenga sem fim a que a história parecia estar condenada.

Outro ponto é que não acredito em paixão instantânea, então foi bem difícil engolir o fato de Laurie ter se apaixonado perdidamente, por alguém que ela viu por alguns segundos em um ponto de ônibus. Sério, fiquei mais de uma semana sem chegar perto do livro, porquê de verdade eu não me sentia conectada com a narrativa e com os personagens. O que me deixou com uma frustração enorme por que a escrita da Josie Silver em si é fluída.

Acredito que o problema da narrativa comigo, foi o modo como a autora construiu as personalidades dos personagens. Elas são tão contratantes que praticamente imploram para você escolher um lado da história. Enquanto Laurie passa praticamente todo o livro se lamentando em um estado de apatia constante, Sarah é alegre e divertida, do tipo que sabe o que quer e corre atrás de seus objetivos. Era muito mais interessante acompanhar a vida de Sarah do que a de Laurie.

Já o Jack não sei nem o que comentar (...). No começo eu até “simpatizei” com ele, mas conforme a narrativa avança ele tem tantas atitudes cretinas que admito em muitos momentos torci para que ele ficasse sozinho, por que era isso que ele merecia. Além disso, nenhum momento senti uma química verdadeira entre Laurie e Jack, o que por consequência tornou bem difícil enxergá-los como um casal. Outro ponto, foi que achei a presença de um personagem em especial perdida no meio de todo o drama que a autora criou.  A partir do ponto que ele aparece, você sabe que o coitado está ali para “tapar buraco” e que a sua participação não vai mudar em nada o desfecho na história. 

Um Dia de Dezembro possui todos os elementos que normalmente funcionam comigo em livros do gênero. Tanto que vi muitas pessoas comparando ele com Um Dia e Simplesmente Acontece. Porém mesmo eu não gostando de Um Dia como um todo, na época que li eu consegui sentir que apesar dos encontros e desencontros o casal principal combinava, que eles tinham um futuro juntos. Só que em momento algum, mesmo torcendo para estar errada eu senti que a relação de Laurie e Jack tinha futuro.

O pior de tudo isso é você perceber que a história tinha um potencial enorme de se tornar uma dos seus romances favoritos, mas acaba sendo um romance mediano. Em minha opinião Josie Silver “pecou” não somente em dar à narrativa um ritmo lento com capítulos em que nada de relevante acontecia, mas principalmente por ter “atropelado” o final.  Não nego que embora corrido, eu achei o final “fofinho”, mas assim no contexto geral da obra, infelizmente senti que ficou faltando alguma coisa.

“(...), na vida, sempre chegamos a um ponto em que temos que escolher a felicidade porque é cansativo demais ficar sempre triste.”

Não digo que Um Dia de Dezembro é um livro “ruim”. Talvez o problema é que eu posso ter lido ele em um momento errado, e por isso a história não funcionou muito bem comigo. Porém, não nego que durante toda a leitura fiquei esperando por aquele momento arrebatador, que deixasse meu coração mais quentinho e um sorriso bobo em meu rosto. Só que isso não aconteceu, o que realmente foi uma pena.

junho 14, 2018

O Reino dos Sonhos por Judith McNaught

 | Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.



ISBN: 9788528622324
Editora: Bertrand Brasil
Ano de Lançamento: 2018
Número de páginas: 348
Classificação: Bom
Sinopse: Dinastia Westmoreland - Livro 01. 

Royce Westmoreland, o “Lobo Negro”, é enviado pelo rei da Inglaterra para invadir a Escócia. Quando seu irmão, Stefan, sequestra Jennifer e Brenna Merrick, filhas de um lorde escocês, do convento onde vivem, as vidas de Royce e Jennifer se entrelaçam. Ele, um poderoso guerreiro que já ganhou muitas batalhas, não vê a hora de encontrar uma mulher que o amará pelo homem que é, não pelo medo inspirado por sua lenda. Ela, uma jovem rebelde em busca do amor e da aceitação de seu clã, mesmo na condição de prisioneira, não se deixa abalar pela fama de seu arrogante captor. Conforme os conflitos entre os dois se tornam mais frequentes, a urgência de se entregarem um ao outro só aumenta. Certa noite, quando ele a toma apaixonadamente nos braços, desperta nela um desejo irresistível. Mas, se Jennifer seguir seu coração, perderá tudo aquilo pelo que vem lutando e jurou honrar.

Venho comentando há algum tempo que romances de época não andam chamando tanto a minha atenção como no passado, pois não é de hoje que tenho a sensação que as histórias estão o mais do mesmo. Por esse motivo, quando li a sinopse de O Reino dos Sonhos da autora Judith McNaught, apesar do leve “incômodo” que ela me causou por soar levemente “familiar”, ainda sim achei a trama promissora e resolvi dar uma chance a obra. Afinal, sempre estou disposta a ler um romance gracinha. Porém, mesmo possuindo todos os requisitos de uma boa narrativa açucarada, alguns pequenos detalhes fizeram com que essa blogueira que vos escreve, não conseguisse se sentir completamente envolvida pela obra.

As filhas do lorde Merrick, Jennifer e Brenna vivem uma vida tranquila a Abadia Belkirk na Escócia. Mas, isso muda completamente em um final de tarde quando elas são sequestradas por Stefan, irmão do temível Royce Westmoreland, um guerreiro enviado pelo próprio rei da Inglaterra para invadir as Terras Altas. Conhecido como o Lobo Negro, Royce a princípio acha a presença das duas reféns no acampamento mais um incômodo do que uma vantagem estratégica contra seus inimigos, só que isso começa a mudar à medida que ele vai conhecendo melhor a Jennifer Merrick.

Jennifer está longe de ser uma donzela doce e frágil como sua irmã Brenna. Jenny não tem medo de enfrentar Royce, principalmente se isso significar recuperar o respeito e o amor de seu clã. Ela está disposta a fazer o que for preciso para proteger a irmã e encontrar uma forma delas voltarem para casa sã e salvas a tempo de avisar ao seu pai que o Lobo Negro está vindo. Só que quando todas as suas tentativas de fuga são frustradas e os conflitos entre ela e Royce aumentam, mais inquieta e atraída pelo guerreiro ela começa a sentir.

Royce sabe que é loucura se deixar levar pelos sentimentos que Jenny desperta nele. Embora ambos tentem sem muito sucesso manter a atração que sentem um pelo outro sob controle, ela acaba falando mais alto. Chega então o   momento em que Lady Jenny terá que escolher entre o coração e seu povo, afinal o clã jamais verá com bons olhos seu relacionamento com o Lobo Negro. Quando finalmente aceita o seu destino, ela tem certeza que jamais encontrará a felicidade novamente. Será?

Foram inúmeros pequenos detalhes que me incomodaram na narrativa de O Reino dos Sonhos, entre o principal deles foi em muitos momentos o enredo me remeteu ao livro O Lobo e a Pomba da saudosa autora Kathleen E. Woodiwiss (1939 – 2007).  Não digo só porque os protagonistas tem o codinome Lobo, até mesmo por que esse tipo de “coincidência” é algo que dá para deixar “passar”. O problema é que a estrutura da história é bem, mais bem familiar mesmo. A diferença é que em O Lobo e a Pomba a narrativa tem um tom mais áspero o que de certa forma dá mais intensidade a obra, enquanto O Reino dos Sonhos é tudo muito “bonitinho” dando a narrativa um tom mais delicado.

Outro ponto que me fez revirar os olhos vária vezes foi a protagonista. Sei que vocês estão pensando que não é novidade eu implicar com as mocinhas, e garanto que tentei com todas as forças gostar da Jenny, só que não deu.  Para começar ela faz burrada do começo ao fim do livro, além disso a falta de coerência nas atitudes dela chega a ser insuportável. É o velho e já conhecido caso da autora tentar passar a imagem que a protagonista é forte, decidida e independente quando na realidade ela passa a história toda tendo atitudes completamente opostas disso. Ok! Algumas dessas atitudes são até “compreensíveis”, mas mesmo que você tenha um coração muito bondoso dificilmente vai conseguir relevar o tempo todo o comportamento muitas vezes “infantil” da Jenny.

O Royce é aquele mocinho pelo qual desenvolvemos uma relação de amor e ódio na mesma proporção. E não nego que terminei a leitura achando que ele merecida alguém melhor. Tipo, apesar de ser irritantemente mandão e da fama terrível que acompanha o seu nome, Royce sabe ser uma pessoa justa e legal àqueles que ama. E assim, por baixo de toda a pose de “eu sou mal” no fundo ele só está procurando alguém que o ame de verdade. Clichê, eu sei, mas levando em conta a proposta do livro é algo já esperado.

Judith McNaught escreveu um romance previsível do começo ao fim. E o fato dela ter focado muito a obra nos protagonistas faz com que a pouca participação dos personagens secundários se destaque em especial da tia Elinor, funcionado como um bom “respiro” na narrativa. Até por que como mencionei acima a Jenny consegue ser bem irritante quando quer, e com isso levando o Royce a ter atitudes irritantes também. Além disso, a narrativa é fluida e o contexto histórico em que ela se encontra, o século XV é um dos meu favoritos.

No geral gostei do que encontrei em O Reino dos Sonhos, já que a obra entrega exatamente aquilo que se propõem. Só que não nego que infelizmente esperava ter me envolvido mais com a história do que na verdade me envolvi.O que é realmente uma pena.

“– Por que sinto que eu é que fui conquistado quando é você quem cede?
Jenny se encolheu e virou as costa para ele, enrijecendo os ombros frágeis.
– Não foi mais do que a um pequeno combate que cedi, Vossa Alteza; a guerra ainda está travada.”

Para quem está em busca de um romance leve e bem açucarado, O Reino dos Sonhos é uma boa opção. Pode não ser o melhor livro que você vai ler na sua vida, mas ainda assim é aquele tipo de obra que ao final vai deixar o seu coração mais quentinho.

agosto 10, 2017

Um Acordo de Cavalheiros por Lucy Vargas

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788528621785
Editora: Bertrand Brasil
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 350
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Tristan Thorne, o Conde de Wintry, não é um homem para brincadeiras. Com uma vida de segredos, amado e odiado na sociedade, ele não é o parceiro ideal para uma dama. Dorothy Miller não sabe o que há por trás de suas motivações, apenas que ele é bastante intenso. Os jornais dizem que ele bebe demais, joga demais e ama escandalosamente. E até mata. Como uma dama determinada a ser dona do próprio destino como Dorothy Miller acaba em um acordo com um homem como Lorde Wintry? Você teria coragem de guardar um segredo com o maior terror dos salões londrinos? Lembre-se: Nunca faça acordos com ele, pois o conde sempre volta para cobrar.

Que essa que vos escreve é uma leitura assídua de romances de época, vocês já estão cansados de saber. Por isso, assim que soube do lançamento de Um Acordo de Cavalheiros da autora Lucy Vargas, eu fiquei muito curiosa para conferir a história. Afinal, depois tantos livros do gênero escritos por autoras estrangeiras, nada melhor do que se perder em uma narrativa com um toque de brasilidade. E para minha felicidade, acabei encontraram uma história envolvente e divertida.

Dorothy Miller está longe de ser o que se espera de uma jovem moça do século XVIII. Apesar de sua reputação imaculada, Dorothy ao contrário das outras jovens, não está em busca de um marido durante a alta temporada londrina. A verdade é que a ideia de se ver presa em um casamento sem amor sempre a deixou apavorada.  Porém, depois de uma noite regada a muito vinho, Dorothy acorda na cama do temido Conde de Wintry, Tristan Thorne.

Tristan Thorne é conhecido por ser um dos maiores devassos de Londres, o tipo de homem que jovens como Dorothy precisam manter distancia. Só que depois da noite que passou com a Dorothy, ele não está disposto a abrir mão da companhia da jovem em sua cama tão facilmente. Tristan promete não comprometera reputação da jovem e propõe a ela um acordo no mínimo indecoroso, que ele e Dorothy sejam amantes durante toda a temporada.

A primeira reação de Dorothy é o ultraje, mas essa pode ser a sua ultima oportunidade de viver uma aventura na vida. E o que começa com encontros semanais cheios de sedução, logo começa a despertar em ambos um sentimento mais forte e assustador. Dorothy faz de tudo para esconder o seus verdadeiros sentimentos, ao mesmo tempo em que Tristan faz de tudo para mostrar a ela que os dois podem sim, ter um futuro juntos. O problema é que Tristan esconde um segredo, algo que se descoberto colocará a sua vida e de todos aqueles que ele ama em risco.

Um Acordo de Cavalheiros possui uma narrativa deliciosa que me prendeu logo em suas primeiras páginas. Adorei o modo com a Lucy Vargas construiu a personalidade dos personagens e principalmente como ela desenvolveu a história. Por mais clichê, que Um Acordo de Cavalheiros possa parecer à primeira vista, ele possui elementos que surpreende durante a leitura, o que torna tudo ainda mais envolvente.

Dorothy possui uma personalidade forte e decidida, que mesmo com todos os receios em relação ao futuro, não está disposta a arriscar a sua liberdade em um casamento sem amor. Além disso, Dorothy é uma pessoa muito pé no chão que não se deixa levar pelas aparências. Sem falar que seu humor irônico aliado ao cinismo de Tristan, faz com que eles sejam perfeitos juntos.

Tristan () assim como Dorothy, está à frente do seu tempo. O conde acredita que uma mulher tem que ser dona da sua própria vida e seguir seus próprios instintos e desejos. E cá entre nós até nos dias de hoje homens como Tristan são raridade, quem dirá no século XVIII? Tristan é um personagem apaixonante, que diferente da má fama que tem possui um senso de lealdade enorme e jamais abandona aqueles que ama.

Os personagens secundários desempenham um papel importante na trama, em especial a prima de Dorothy,  Cecília e sua dama de companhia da Sra. Clarke. Lucy Vargas ainda inseriu no enredo boas doses de ação e mistério que deixaram a história ainda mais interessante e fluida.

O único ponto que não “gostei” muito na narrativa, foram algumas descrições nas cenas de sexo. Tipo não que eu seja puritana, mas alguns termos me soaram tão exagerados que comecei a dar risada na hora que li. Acredito que há formas de descrever cenas mais quentes sem usar termos muito “escrachados”. Além disso, senti falta da autora ter se aprofundado mais no passado do Tristan.

Um Acordo de Cavalheiros foi uma grata surpresa, e posso afirmar com toda certeza que estou bastante ansiosa para ler outras obras da Lucy Vargas.  A autora consegue nos presentear com uma narrativa que ao mesmo tempo em que possui todos os elementos que amamos nos livros do gênero, foge do clichê habitual.  Lucy ainda traz uma reflexão importante sobre a forma como a sociedade da época e a nossa ainda enxerga a mulher.  Durante a leitura sorri, suspirei, fiquei com o coração na mão e ao final me vi querendo mais. 

“Ninguém podia envolver-se tão intensamente sem entregar uma parte sua.”

Com diálogos inteligentes e personagens cativantes, Um Acordo de Cavalheiros é um livro que vai te conquistar logo nas primeiras páginas e te deixar a cada capítulo ainda mais apaixonado pela história. Doce, sexual e divertido, uma leitura que recomendo a todos que assim como eu não abrem mão de um bom romance.

junho 19, 2017

Belas Maldições por Terry Pratchett e Neil Gaiman

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788528622003
Editora: Bertrand Brasil
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 350
Classificação: Muito Bom
Sinopse: As Justas e Precisas Profecias de Agnes Nutter, Bruxa.
O mundo vai acabar em um sábado. No próximo sábado, e ainda por cima antes do jantar. O que é um grande problema para Crowley, o demônio mais acessível do Inferno, residente na Terra, e sua contraparte e velho amigo Aziraphale, anjo genuíno e dono de livraria em Londres. Depois de quatro mil anos vivendo entre os humanos, eles pegaram um gosto pelo mundo, e o Armagedom lhes parece um evento bastante inconveniente. Então, para evitar o fim do mundo, precisam encontrar a chave de tudo: o jovem Anticristo, agora um menino de 11 anos vivendo tranquilamente em uma cidadezinha inglesa. Em seu caminho, acabarão trombando com uma jovem ocultista, dona do único livro que prevê precisamente os acontecimentos do fim do mundo, caçadores de bruxas ainda na ativa e, quem sabe, até os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Mas eles precisam ser rápidos. Não é só o tempo que está acabando.

Admito que apesar de ser fã de literatura fantástica tenho uma espécie de relação de amor em ódio com o autor Neil Gaiman. Por outro lado, nunca tinha lido nada do autor já falecido, Terry Pratchett. Então quando vi Belas Maldições pensei; “porque não?”, afinal com uma sinopse um tanto quanto peculiar que prometia no mínimo algumas gargalhadas, a história merecia uma chance. Para minha surpresa me deparei com uma narrativa deliciosa, irônica e completamente inusitada.

A "amizade" entre o anjo Aziraphale e o demônio Crowley é antiga, tão antiga quanto o Velho Testamento. Durante todos os séculos desde o Jardim do Éden até os dias atuais, eles conseguiram manter em “equilibro” as forças do bem e o mal no plano terrestre, ao ponto que ambos acabaram se afeiçoando não somente aos humanos como ao nosso estilo de vida. Porém, o profetizado Armagedom está prestes a acontecer e a Grande Guerra entre o Céu e o Inferno, além de desnecessária é um enorme inconveniente na opinião dos dois o que só os deixa com uma única opção, tentar impedir que isso aconteça.

Enquanto os Quatro Cavaleiros do Apocalipse cavalgam pelo mundo, causando todo o mal pelos quais são responsabilizados, uma jovem ocultista Anathema descendente direta da bruxa Agnes Nutter tenta decifrar o livro de profecias que a sua ancestral deixou. Aparentemente As Justas e Precisas Profecias é o único livro no mundo que prevê com absoluta exatidão o fim de tudo e bem, alguns acontecimentos sem tanta importância também.

Os caçadores de bruxas ainda estão ativos, ou pelos menos o que restou deles e quando as primeiras trombetas começam a tocar os caminhos deles se cruzam com o de Anathema, Aziraphale e Crowley. O plano divino segue a todo o vapor e o fim parece inevitável, só que há um pequeno problema que nem o Céu e o Inferno previram. Aparentemente alguém andou perdendo o jovem Anticristo de vista.

Acredito que não exista uma única religião no mundo que não pregue de alguma forma o Apocalipse. Por esse motivo, Neil Gaiman e Terry Pratchett foram extremamente felizes ao construir uma narrativa com o tom certo de humor político incorreto, aquele que debocha de coisas sérias sem ter a necessidade de ofender ninguém.  As situações descritas em Belas Maldições não somente fazem com que você dê aquela parada e reflita suas próprias atitudes, como também dê risada de suas crenças e de si mesmo.

Gostei muito da forma como os autores trabalharam esse eterno duelo entre o bem e o mal. A grande sacada deles aqui foi justamente mostrar com um leve toque de sarcasmo o quanto nós somos simplesmente humanos. Ou seja, que até mesmo uma pessoa com as melhores intenções pode semear a maldade e vice-versa.  O modo como Neil Gaiman e Terry Pratchett usaram as imperfeições humanas para construir um enredo criativo é sem dúvidas um dos pontos altos do livro.

Os personagens assim como a narrativa são um tanto peculiares. O relacionamento de Aziraphale e Crowley é divertidíssimo. Durante a troca de diálogos deles fica bem perceptível o modo como o bem e o mal são representados com faces diferentes de uma mesma moeda. Já o temível Anticristo não é bem o que todos imaginam, assim como o cão do inferno que está mais para um cãozinho de estimação comum.  Já os cavaleiros do Apocalipse são um capítulo a parte nessa trama mirabolante.  Todos foram inseridos na história de uma forma muito inteligente, embora a identidade de um cavalheiro em si tenha ficado um pouco "confusa" no começo.

Ao iniciar a leitura de Belas Maldições não fazia ideia do que encontraria em suas páginas. As notas de rodapé com algumas explicações um tanto “bizarras”, mas hilárias tornam a leitura ainda mais divertida. O único ponto negativo que não posso deixar de mencionar são os pequenos erros de revisão que a obra possui.  Claro que não é nada que prejudique a leitura no todo, porém levando em conta que essa é a décima quarta edição do livro, tenho por mim que a revisão devia ter sido um pouco mais cuidadosa.

“Pode ajudar na compreensão das questões humanas ter uma noção clara que a maioria dos grandes triunfos e tragédias da história é provocada não porque as pessoas são fundamentalmente boas ou más, mas porque são fundamentalmente pessoas.”

Neil Gaiman e Terry Pratchett apresentam aqui uma nova versão do Apocalipse e de outras narrativas presentes na Bíblia, por esse motivo é importante iniciar a leitura de Belas Maldições com a mente aberta. Com uma história bem equilibrada em que seus autores souberam trabalhar temas mais sérios com leveza e uma boa pitada de humor, esse é aquele livro que vai fazer você dar boas gargalhadas, ao mesmo tempo em que reflete sobre o bem o mal e o modo com a humanidade segue com a sua vida.

fevereiro 27, 2017

A Feiticeira do Inverno por Paula Brackston

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788528620719
Editora: Bertrand Brasil
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 322
Classificação: Ótimo
Sinopse: Na cidade galesa do início do século XIX, não há ninguém como Morgana. Embora seu raciocínio seja afiado, ela não fala desde que era menina. Seu silêncio é um mistério, assim como seus dons mágicos e a má sorte que bate à porta dos que lhe fazem mal. Preocupada com a segurança da filha, sua mãe não vê a hora de casar Morgana, e o tropeiro Cai Jenkins, parece a melhor escolha. Após o casamento, ela logo se apaixona pela fazenda de Cai e as montanhas selvagens que a rodeiam. Suas estranhas habilidades começam a ser notadas na aldeia. Uma força maligna está agindo no local — uma pessoa que não sossegará até fazer com que todos se virem contra Morgana, mesmo à custa daqueles mais próximos a ela. Forçada a proteger sua casa, seu homem e a si de todo o mal que se possa imaginar, Morgana deve aprender a controlar o próprio poder... ou acabará perdendo tudo.

Não é segredo que histórias que tem magia como plano de fundo sempre despertam minha curiosidade. Por esse motivo assim que li a sinopse de A Feiticeira do Inverno da autora Paula Brackston, quis ler o livro imediatamente. E apesar de uns por menores que em minha opinião foram “desnecessários” na narrativa, a história que encontramos aqui é sem sombra de dúvidas leve e encantadora.

Desde que seu pai partiu sem se despedir Morgana vive em silêncio. Ela mora com a mãe em um pequeno vilarejo e mesmo sem dizer uma única palavra é inegável que a jovem possui um raciocínio rápido e uma curiosidade que faz dela uma leitora voraz. Porém, o que preocupa a mãe de Morgana é o sangue mágico da filha. Por anos Mair fez de tudo para proteger a jovem, mas ela sabe que não conseguirá manter Morgana em segurança para sempre.

Logo a melhor opção para proteger Morgana é casa-la com o jovem e viúvo fazendeiro, Cai Jenkins. Mesmo com o coração partido de ter que deixar a mãe e o lugar que conheceu a vida toda, Morgana aceita o seu destino e parte para a distante Ffynnon Las ao lado de seu marido. Ao chegar à fazenda ela se apaixona por suas montanhas e pela beleza selvagem do local. Morgana sente que pode ser feliz ali, mas o que ela nunca podia imaginar é que um inimigo sombrio disposto a destruir seu novo lar estava à espreita.

Quando o inverno se torna cada vez mais rígido e um doença misteriosa leva vidas e mais vidas do vilarejo, todos passam a acreditar que Morgana é a causa de todo o mal. Ela agora mais do que nunca, vai precisar ser forte para proteger seu marido, seu lar e a si mesma. Morgana terá que usar todo o seu poder para derrotar a criatura e libertar todos da maldição, ou perderá tudo que aprendeu a amar.

A Feiticeira do Inverno possui uma narrativa delicada que aos poucos, vai nos envolvendo em sua trama. Paula Brackston nos apresenta um romance terno, impregnado de magia e personagens cativantes. Gostei do ritmo que autora deu a história, pois apesar de não contar com grandes momentos de ação, a maneira como às coisas vão acontecendo desperta nossa curiosidade a cada capítulo.

Paula Brackston escreveu uma história que nos conquista por sua simplicidade. O modo como o relacionamento de Morgana e Cai evolui é doce e singelo, apesar de todos os obstáculos e perigos que eles enfrentam. Eles formam aquele casal pelo qual ficamos na torcida desde o primeiro instante, e é lindo ver como o amor entre eles surge de forma natural, sem grandes rompantes de paixão instantânea.

Outro ponto é que os personagens secundários desempenham um papel importante no desenvolvimento da história, tornando a narrativa ainda mais rica. Gostei muito da Sra. Jones, a governanta de Cai, do mesmo modo que senti uma raiva profunda de outros personagens. O que de fato que realmente me incomodou um pouco aqui foi a sensação que tive que a autora se estendeu muito na hora de conclusão.

“Ane, você sempre reclama quando o autor não escreve páginas a mais.” Sim, eu sei que essa é uma reclamação quase constante minha, porém gosto de autores que não pecam nem pela falta e nem pelo excesso. Em minha opinião a autora meio que perdeu o time na hora de finalizar a trama, inserindo detalhes “fantasiosos” demais que em um livro da fantasia juvenil como Harry Potter ou Percy Jackson ficam bons, mas que aqui soaram forçados. Não que isso tire o brilho da história, mas é que simplesmente não combinou, - infelizmente (...).

“As pessoas têm medo do que não entendem e esse medo pode torná-las cruéis.”

A Feiticeira do Inverno foi um livro que me fez virar a noite lendo, e que me muitos momentos me deixou com um sorriso bobo no rosto e o coração quentinho. Paula Brackston pode até ter “exagerado” em algumas partes, mas isso são somente pequenos detalhes de uma história belíssima, em que a verdadeira força magia está no amor. Recomendo!

setembro 15, 2016

O Herói Improvável da Sala 13B por Teresa Toten

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788528620603
Editora: Bertrand Brasil
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 320
Classificação: Bom
Sinopse: Adam Spencer Ross, 14 anos, precisa lidar todos os dias com os problemas que resultam do divórcio dos pais e das necessidades de um meio-irmão amoroso, mas totalmente carente. Acrescente os desafios de seu TOC e é praticamente impossível imaginar que um dia ele se apaixonará. Mas, quando conhece Robyn Plummer no Grupo de Apoio a Jovens com TOC, ele fica perdida e desesperadamente atraído por ela. Robyn tem uma voz hipnótica, olhos azuis da cor do céu revolto e uma beleza estonteante que faz o corpo de Adam doer. Adam está determinado a ser o Batman para sua Robyn, mas será possível ter uma relação “normal” quando sua vida está longe de ser isso?

Sempre me sinto atraída por livros em que os personagens centrais são um tanto quanto “complicados”. Por esse motivo, assim que li a sinopse de O Herói Improvável da Sala 13B fiquei curiosíssima para conhecer melhor à trama criada pela autora Teresa Toten. Porém mesmo gostando da história como um todo, não nego que esperava um pouco mais.

Aos 14 anos, Adam Spencer Ross convive diariamente com uma série de desafios. Seus pais são divorciados, seu meio-irmão mais novo é totalmente carente e Adam ainda precisa frequentar semanalmente um Grupo de Apoio a Jovens com TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo). Com tantos problemas a última coisa que passa por sua cabeça é o fato de que um dia ele pode se apaixonar. E quando isso acontece Adam fica completamente perdido.

Robyn por sua vez acaba indo parar no grupo por também estar passando por um período difícil em sua vida, e entre uma conversa e outra no cemitério os dois se tornam amigos. Graça as pequenas gentilezas de Adam,  Robyn aos pouco vai melhorando emocionalmente. Porém o mesmo não acontece com ele. A cada dia que passa mais ansioso Adam fica o que por consequência amplifica os seus sintomas.  Com tudo acontecendo em sua vida ao mesmo tempo e com a missão de cuidar e proteger Robyn, Adam acaba guardando todos os seus problemas para si, até uma hora que ele não aguenta mais e tudo vem a toda.

Será que Adam algum dia conseguirá ser um jovem normal? A relação dele com Robyn tem futuro? Entre reuniões do grupo de apoio e o complicado relacionamento com seus familiares e amigos, Adam vai se descobrir que toda dificuldade por maior que pareça pode ser superada.  E que ele só precisa aprender a dividir a carga com aqueles que o amam.

O Herói Improvável da Sala 13B possui uma narrativa simples e bastante objetiva. Teresa Toten aborda não apenas os “dramas” comuns da adolescência, mas nos apresenta personagens extremamente comuns aprendendo a conviver com uma série de problemas psicológicos e emocionais, que vão desde a hipocondria, distúrbios alimentares e o TOC. A autora soube construir o enredo de forma com que apesar da trama central ser focada no Adam, os demais personagens também desempenhem um papel pequeno, mas interessante no desenvolvimento da história.

Eu gostei do Adam, apesar de que em muitas situações a “excentricidade” dele soar um tanto “exagerada” e pouco convincente. Ele é aquele típico personagem por quem nós torcemos para ter um final feliz, pois tudo na vida dele é uma verdadeira bagunça.  Só que em minha opinião, ao inserir um romance na história a Teresa Toten perdeu a oportunidade de explorar melhor todos os aspectos dessa complexidade que é a vida do protagonista. Claro que o romance deixa tudo mais bonitinho, só que justamente por ser um caminho mais “fácil”, é que a me ver a autora se perdeu.

Adam está tão focado na missão de fazer sua Robyn feliz, que acaba se esquecendo de suas necessidades. OK! Isso pode até parecer lindo e altruísta, mas se levarmos em conta o histórico do personagem, é óbvio que isso cedo ou tarde vai acabar trazendo algum problema. Além disso, senti falta da autora dar um foco maior na relação do Adam com seus pais. Aqui a impressão que tive é que Teresa Toten foi muito superficial, em especial por que os problemas emocionais de Adam têm como origem questões familiares mal resolvidas.

O final também é um pouco corrido, o que dá um quebra no ritmo fluído da narrativa. Não é nada que atrapalhe o entendimento da história, mas causa uma certa estranheza por ser meio abrupto.  No geral O Herói Improvável da Sala 13B é um livro atrativo para quem está em busca de uma leitura que aborde um tema complexo de forma sutil e com uma pitada de humor. Queria ter me envolvido mais com a história e seus personagens, mas infelizmente dessa vez não foi o que aconteceu.

“Talvez nós todos mintamos para esconder a mágoa ou fingir que somos fortes até podermos ser fortes. Isso não é ruim, é?”

Embora a premissa prometa uma história tocante e emocionante O Herói Improvável da Sala 13B possui uma narrativa clichê, que deixa um pouco a desejar em seu desenvolvimento. É aquele tipo livro que começa bem, mas que no final nos deixa com aquela sensação incomoda de que faltou alguma coisa. Para quem está em busca de leituras leves, ele pode ser uma boa opção. A minha dica é não criar muitas expectativas e sim, deixar a história te surpreender.

julho 28, 2016

A Casa da Praia por Nora Roberts

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788528620511
Editora: Bertrand Brasil
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 476
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Advogado em Boston, Eli Landon acabou de passar por um ano intenso. Após ser inocentado pelo assassinato de Lindsey, sua ex-mulher, ele se muda para a casa desocupada de sua avó em Whiskey Beach: Bluff House, um casarão que há mais de trezentos anos atua como guardião inabalável do litoral... e de seus segredos. Tudo o que Eli deseja é um pouco de paz e tranquilidade para trabalhar em seu romance. Mas, quando chega em Bluff House, ele descobre que sua avó incumbira a casa e Eli aos cuidados da jovem vizinha, Abra Walsh. Eli acredita ser capaz de cuidar de si mesmo, mas, conforme se vê gradualmente cedendo às palavras amáveis e refeições apetitosas de Abra, os dois passam a se ver presos em um emaranhado que se estende por séculos e que tem seduzido aquele cujo maior desejo é destruir a vida de Eli de uma vez por todas.

Essa que vos escreve não nega que os últimos livros que leu da autora Nora Roberts, a deixaram um pouquinho decepcionada. Mas seja pelo fato de eu ser  insistente ou como meu amigo falou, “não aceitar que um autor de quem eu sou fã, possa escrever livros não tão bons”, vi em A Casa da Praia a oportunidade perfeita de fazer as “pazes” com a autora. E mesmo que nem tudo tenha sido “perfeito”, posso dizer a vocês leitores, que essa blogueira aqui e dona Nora Roberts voltaram a se entender bem novamente.

Transtornado com o rumo que a sua vida tomou no último ano, o advogado Eli Landon decide que está na hora de uma grande mudança. A oportunidade surge quando sua avó Hester precisa passar uma temporada em Boston deixando a Bluff House, o lendário casarão que está com sua família há de trezentos anos, desocupado. Necessitando de um tempo para si mesmo e reconstruir a sua vida, Eli parte para Whiskey Beach. A intenção dele é simples, cuidar da casa para a avó enquanto ela se recupera de um acidente doméstico e termina de escrever seu livro.

Porém logo que ele chega a Bluff House, Eli descobre que sua avó confiou tanto a casa como ele aos cuidados da prestativa e gentil vizinha Abra Walsh. E por mais que ele sinta-se incomodado com a atenção que recebe da moça, conforme os dias se passam Eli vai aos poucos  se acostumando com a presença de Abra na casa, e como os "pitacos" que ela dá em sua vida. Só que o assassinato da sua ex-mulher Lindsey não foi solucionado e mesmo que ele tenha sido inocentado por falta de provas, alguns ainda veem Eli como culpado. E aparentemente essa é uma sombra de seu passado que irá persegui-lo por mais algum tempo.

Quando outro misterioso assassinato ocorre, Eli entra mais uma vez no radar da policia. Só que agora  provar a sua inocência, não será a única preocupação como a qual o ex-advogado terá que lidar. Em meio a investigação sobre a morte de Lindsey e pesquisas relacionadas a lenda de um tesouro perdido. Eli vai descobrindo o passado de sua família, ao mesmo tempo em que abre um espaço na sua vida e no seu coração para Abra.

Assim que li a sinopse de A Casa da Praia fiquei curiosa para ler sua história. Gosto de romances com esse toque de mistério, algo que a Nora Roberts sempre trabalha muito bem. A narrativa é fluida, mas extremamente descritiva e sem emoção, como longos capítulos em que vemos o relacionamento da Abra e do Eli se desenvolvendo. E mesmo que isso tenha acontecido da forma mais “natural” possível, não nego que fiquei com a impressão que tudo entre eles foi meio “forçado”.

Em momento algum senti química entre eles, e juro que tentei enxergar os dois como casal, só que infelizmente não consegui.  E principalmente, - tentei gostar da Abra. E não é nem que eu tenha desgostado dela por completo.  O problema foi à construção da personagem em si.  Tudo nela é muito "exagerado", sem mencionar o fato que a personagem em diversas situações surgir com “frases motivacionais”, saídas direitas de algum biscoito da sorte. E sim, também procuro ver sempre o lado positivo da vida, mas gente tudo tem limite.

Eli por outro lado é um personagem mais centrado e sabe que o mundo encantado de “My Little Poney” não existe. Ele perdeu tudo o que tinha e está aos poucos juntando os fragmentos do que restou da sua antiga vida para seguir em frente. Acredito que foi justamente por isso que eu não conseguia ver ele e a Abra como um casal. Eles são muito diferentes e possuem formas de ver a vida completamente opostas. E tipo pode até ser que “os opostos se atraem”, mas em meu ponto de vista cedo ou tarde, por mais amor que esteja envolvido na história, as diferenças sempre vão falar mais alto.  Ou seja, o romance entre eles não me convenceu.

Mas se o romance deixou um pouco a desejar, Nora Roberts compensou isso, dando ao enredo uma aura de mistério e suspense que a cada capítulo me deixava ainda mais curiosa. Sabe aquela narrativa que a todo o momento você se questiona qual é a motivação do “vilão”? Aqui acontece exatamente isso. A autora soube “esconder” bem o jogo, e apesar da grande revelação não ter sido tão "chocante" como o esperado, ainda sim  ela consegue surpreender.

E mesmo que alguns pontos no enredo tenham me incomodado, em especial o desenvolvimento do casal, gostei da forma como o enredo foi construído e do desfecho que a Nora deu a ele. Os personagens secundários também desempenham um papel importante na trama, o que deixou tudo mais real e interessante.

“– E a vida não é uma série de contos de fadas, nem mesmo para uma princesa.“

Mesmo com personagens centrais que não conseguem se destacar muito, A Casa da Praia possui uma narrativa envolvente e uma história gostosa de acompanhar.  Ainda continuo sentindo falta daquele “algo mais” presente nos livros antigos da Nora Roberts. Mas, sem sombra de dúvidas A Casa da Praia é uma história bem construída e que me proporcionou um reencontro agradável com a escrita de uma autora da qual sou fã assumida. Recomendo.

março 18, 2012

Dois Pesos e Duas Medidas por Judith McNaught


Dois Pesos e Duas Medidas por Judith McNaught.                                                                         

Ficha Técnica.

Editora: Bertrand Brasil
Autor: Judith McNaught
ISBN: 9788528614305
Ano: 2010
Edição: 1
Número de páginas: 294
Classificação: 4 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, SubmarinoCompare os Preços.


Sinopse:                                                                                            

Nick, o bonito e inteligente presidente da Global Industries, conduz seus negócios do mesmo modo que trata suas mulheres: com charme, ousadia e pulso firme. Ao contratar Lauren Danner, ele, que sempre esteve no controle das situações e conseguiu todas as mulheres que desejou, vê-se perdidamente apaixonado por sua nova e difícil funcionária. O que Nick não imagina é que Lauren esconde um segredo, que, se vier à tona, transformará sua vida para sempre. Presa nessa teia de falsidades, Lauren luta para não perder Nick, homem por quem ela está apaixonada, e que lhe prometeu uma vida de amor e devoção.

Resenha:                                                                                                                                                                

Só de resenhar este livro já me deu vontade de lê-lo novamente. Fazia muito tempo que não lia um romance tão divertido! Espero que através desta resenha eu consiga passar um pouco de tudo o que senti ao ler Dois Pesos e Duas Medidas.

Apesar da primeira edição dele ter saído em 2010 aqui no Brasil a edição americana é de 1984. Isso mesmo gente, o livro tem 28 anos já, e justamente essa mudança de épocas que tornou a leitura mais prazerosa. Foi muito interessante contrastar o modo de vida e os padrões de comportamento que temos hoje com o modo de duas décadas atrás. Em Dois Pesos e Duas Medidas coisas como computador, celular e internet, por exemplo, são inexistentes.

Para se conseguir um bom emprego com secretária você tinha que saber datilografar muito bem, além de fazer anotações muito rápidas. Qualidades estas que deram a Lauren Danner um ótimo trabalho na Sinco, uma das empresas do grupo da Global Industries que tem com presidente o maior cafajeste de todos os tempos, Nick Sinclair.

Lauren é a típica moça de família, romântica, que sempre estudou  muito e se esforçou para dar orgulho aos pais. Embora ela seja decidida e saiba muito bem o que quer para sua vida, Lauren possui uma ingenuidade típica das mulheres que sonham com seu príncipe encantado. Ingenuidade essa que fez com que ela acreditasse que seria fácil conquistar o coração de um canalha de marca maior como Nick.

Quando Lauren conheceu Nick “o simples engenheiro da Global Industries” se mostrou ser homem mais gentil e adorável do mundo. Após um final de semana romântico em que Lauren acredita ter encontrado o amor da sua vida, Nick simplesmente a dispensa como se ela não tivesse a mínima importância na vida dele.

Arrasada e com o coração em pedaços, Lauren começa a trabalhar na Sinco como secretária de Jim um dos altos executivos e amigo pessoal do presidente da empresa. Com poucos dias trabalho ela descobre que o homem que partiu seu coração e o magnata dono da Global Industries são a mesma pessoa, a partir daí o livro pega literalmente fogo.

Lauren esfrega todos os dias na cara de Nick o que ele perdeu, e encontra partida ele faz de tudo para seduzi-la e provar que tem poder sobre ela. Enquanto me divertia com essa “guerrinha” amorosa, confesso que muitas vezes fiquei dividida. Tinha horas que eu ficava do lado da Lauren, outras do lado do Nick, e horas que os dois me irritavam profundamente. Mas é essa inconstância de emoções, amor e ódio, que fazem com que a narrativa tenha um ritmo rápido e divertido.

Nunca tinha lido nada da Judith McNaught, e me surpreendi com a forma que a autora escreve. Os personagens possuem traços marcantes e a forma com que a autora os colocou dentro da história, fez com que cada um tivesse papel fundamental no desenrolar do enredo. A narrativa da autora é bem direta, sem rodeios e de uma simplicidade que envolve o leitor no primeiro capítulo. Sabe aquele livro que você começa a ler e logo pensa; “Acho que vou gostar muito deste livro”, Dois Pesos e Duas Medidas é assim. Tanto que confesso que eu demorei mais para terminá-lo por que não queria que o livro acabasse.

Porém mesmo sendo um dos melhores livros que li nos últimos tempos, durante a leitura me deparei com algumas falhas na revisão, sendo a mais grosseira na página 200 quando o mesmo diálogo se repete duas vezes. Palavras com letras faltando também foram erros frequentes, nada que interfira na leitura, mas que acaba tirando um pouco o brilho do livro.

Não gostei muito do final também. Por mais clichê que fosse achei que Lauren perdoou Nick fácil demais, depois de tudo o que ele fez. O cara se comporta como um idiota com ela e depois diz meia dúzia de palavras bonitas e fica tudo resolvido. Como assim? Admito que chorei, mas eu adoraria ver Nick sofrer mais um pouquinho.

Dois Pesos e Duas Medidas é a leitura perfeita para quem quer dar boas risadas e passar momentos intercalados de raiva e alegria. E sim leitores, este livro arranca aquele sorrisinho de canto enquanto você lê e claro, muitos suspiros. Recomendadíssimo!




fevereiro 12, 2012

A Villa por Nora Roberts

A Villa por Nora Roberts.                                                                                                                     

Ficha Técnica:

Editora: Bertrand Brasil
Autor: Nora Roberts
ISBN: 9788528613230 
Ano: 2008
Edição: 1
Número de páginas: 546
Classificação: 3 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, SubmarinoCompare os Preços.

Sinopse:                                                                                              

Quando Tereza, a matriarca da família, anuncia a fusão com a Vinícola MacMillan, Sophia passa a ter uma nova função. Como empresária experiente, sabe que deve estar preparada para tudo... menos para Tyler MacMillan. Eles recebem ordens para trabalhar diretamente juntos, a fim de facilitar a fusão. Sophia precisa ensinar a Ty as particularidades do marketing, e ele, por sua vez, deve mostrar a ela como se agachar e sujar as mãos na terra, e fazer um bom uso do sol, da chuva e do solo para obter as mais doces frutas do vinhedo. Ao trabalharem juntos, nos campos e nos escritórios da empresa, Sophia se vê dividida entre uma poderosa atração e a rivalidade profissional. No fim da estação, o rumo da família - e o legado da Villa - talvez tome uma direção inteiramente nova. E quando atos de sabotagem ameaçam não só a empresa, mas principalmente a própria estrutura familiar, a luta de Sophia não será apenas pelo comando dos negócios, mas também pela própria sobrevivência.

Resenha:                                                                                                                                                                 

Duas famílias unidas pelo menos ideal e paixão, O Vinho. Tereza Giambelli a matriarca dona do império Giambelli, e Eli MacMillan o patriarca dono do império MacMillan decidem elevar a união que já existia através do seu casamento a um nível superior. Eles decidem fundir as duas empresas formando assim a Giambelli - MacMillan a maior empresa de vinhos do país. A partir deste momento mudanças acontecem. Postos e cargos são trocados, a ganância se torna clara, brigas pelo poder e pelo dinheiro são sutilmente declaradas ocasionando em uma série de sabotagens e assassinatos.

Com um enredo envolvente e personagens bem construídos, Nora Roberts nos traz uma história sólida, que apesar de um pouco longa e ter vários personagens consegue prender a atenção do leitor. A Villa é um daqueles típicos livros que você se envolve com a história e acaba adquirindo certa afeição pelos personagens mesmo sem perceber.

Foi o primeiro livro que li da Nora que gostei mais dos personagens coadjuvantes do que dos principais. Talvez isso se dê ao fato da autora ter dado um destaque maior para eles no começo do livro. Pilar Giambelli é uma das minhas personagens favoritas, pelo fato de ser a personagem mais “humana” da história. Ela não esconde as fraquezas, ao contrário tenta superá-las.

Quando Pilar se vê completamente apaixonada por David Cutter, e que ele retribui este sentimento ela supera os 30 anos de um casamento fracassado com Tony Avano e renasce para vida se permitindo a receber o amor de David e de seus filhos. A partir desse momento os dois começando um belo romance, cheio de paixão e sedução.

Sophia Giambelli nasceu em berço de ouro e sempre teve uma vida de princesa.  A filha de Pilar e Tony se, torna a relações públicas da empresa Giambelli e não fica nada satisfeita quando por ordem da sua avó Tereza passa a ter que trabalhar lado a lado com Tyler MacMillan, sentimento esse que é recíproco.

Sophia está longe de ser aquela mulher românica cheia de ideias e sonhos relacionados ao amor, quando Tyler é do tipo que só quer crescer no seu trabalho e viver uma vida em paz. Sophia e Tyler vivem um romance apimentado, cheio de provocações e disputas para ver quem é o mais forte. O que começa puramente por desejo, acaba se tornando algo mais forte do qual, ambos tentam fugir.

Em meio aos romances uma onda de assassinatos e sabotagens mancha a reputação da Giambelli-MacMillan colocando a empresa na corda bamba e Sophia ao lado de Tyler vai lutar com unhas e dentes para salvar muito mais do que o nome da empresa. Ela lutará para salvar a si mesma e a todos que ama.

Nora Roberts mesclou um cenário perfeito, paixão, amor, perigo, sedução, mistério e traição tudo no mesmo livro e nos presenteou com uma boa obra. Digo boa por que mesmo Nora sendo uma das minhas autoras favoritas, este não foi o melhor livro que já li dela.

Vou começar pela tradução do texto.  Em muitos capítulos eu tinha a sensação de estar lendo um texto que foi traduzido pelo Google Translate. Frases sem concordância verbal e tão sem sentido que eu parava e me perguntava: O que você quis dizer com isso? Não é nada que prejudique a leitura, mas ofusca brilho do livro e tira um pouco a vontade de você continuar lendo.

O exagero em descrever detalhes desnecessários torna a história meio cansativa, e o pior como o livro acaba meio que no susto você fica com a sensação que a autora não soube desenvolver direito a trama. Gosto de narrativas que apresentam detalhes, mas não quando esses detalhes são supérfluos  e não acrescentam em nada a história.

Se o livro vale apena? É claro que vale! Mesmo que para mim ele tenham acabado com uma pontinha de decepção não posso negar que, é  um livro divertido e cativante.  A minha dica é só não começar a leitura com muitas expectativas.




novembro 22, 2010

Trilogia dos Sonhos por Nora Roberts

Oi meus amores, tudo bem? Eu estou me recuperando de uma bendita gripe o motivo pelo qual ainda não postei essa resenha. Mas hoje como já estou bem melhor à resenha que estou prometendo finalmente vai sair.
Ainda não consegui terminar de ler o Morro dos Ventos Uivantes e não é por que o livro é chato como algumas pessoas já vieram me perguntar. Se fosse chato eu já teria abandonado a leitura faz tempo, o problema mesmo é tempo. Vamos ver se essa semana eu consigo terminar de ler.
Porém hoje quero dividir com vocês uma das melhores trilogias que já li, que justamente me fez ser fã da Nora Roberts, a Trilogia dos Sonhos.
Claro que vindo de mim não comecei pela ordem certa. Vocês já podem até imaginar, li o ultimo para depois ler o primeiro, mas isso aconteceu por que só tinha o segundo e o terceiro livro da biblioteca municipal. O primeiro eu só consegui ler quando comprei no brechó. E que dia feliz foi esse viu. Mas vamos ao que interessa com vocês a Trilogia dos Sonhos.

 Trilogia dos Sonhos por Nora Roberts

Ficha Técnica:

Editora: Bertrand Brasil
Autor: NORA ROBERTS
Origem: Nacional
Ano: 2008
Edição: 1
Acabamento: Brochura
Formato: Médio



O plano de fundo da trilogia é a história de Serafina, uma jovem apaixonada por um soldado que morre na guerra, em desespero, esconde o seu dote de moedas de ouro e atira-se de um penhasco, reza a lenda que o seu dote está escondido em algum lugar nos penhascos.

Livro Um - Um Sonho de Amor:


Em "Um Sonho de Amor", Margo, Laura e Kate cresceram como irmãs em meio à grandeza da deslumbrante Templeton House. Mas será Margo, a filha da rigorosa governanta irlandesa dos Templeton, quem primeiro partirá para uma jornada magnífica, cheia de riscos e recompensas, em busca de si própria - e do amor. Embora tratada como um membro da família, Margo, bem no fundo, sempre soube que o dinheiro jamais poderia comprar o que mais desejava na vida: a aceitação da mãe. Talvez a situação pudesse ser diferente, se ela fosse como a, doce Laura ou tivesse a astúcia para negócios como Kate. Mas tudo o que Margo sabia fazer era ser Margo, o que significava fazer as coisas à sua maneira não importava quais fossem as conseqüências.


Das três protagonistas da história Margo com certeza é a mais divertida. Ela não tem medo de nada, e vive intensamente a cada momento.
Entre todos os casais de livros de romance que já li (e olha que são muitos) Josh e ela são perfeitos um para o outro. Ambos têm senso de humor e são decididos.
O que mais gosto nas narrativas da Nora, é que ela sabe descrever uma cena sensual ou mais intima sem ser puritana demais ou vulgar demais. É na medida, o que faz como que você mesmo não se identificando muito com a personagem, como foi meu caso com a Margo, você acaba se vendo dentro do enredo. E outra eu adoraria ter Josh Templeton me chamando de Duquesa. Nossa para mim ele é quase um príncipe encantado. Não perfeito, mas companheiro e apaixonado. Qual mulher que não ia querer ter um homem assim do seu lado?
O primeiro livro, narra à história de amor de Margo e Josh. Os desafios que o casal passa para ficarem juntos, mas em paralelo também temos a história das outras protagonistas Kate e Laura. Você vai conhecendo pouco a pouco os personagens e acaba um livro com vontade de ler o próximo para saber o que vai acontecer na vida delas.
O Sonho de Amor é o mais caliente de todos os livros da trilogia uma coisa que surpreende. Não por que os nos outros dois a Nora diminui o ritmo das histórias, mas sim por ela sabe explorar bem os personagens fazendo com que cada livro tenha a personalidade e a essência de cada um. Margo e Josh são intensos e é claro que a história deles tinha que ser tão intensa e divertida como eles.

Livro Dois - Um Sonho de Vida:

Kate Powel adora viver em Templeton House e ama a família que a criou desde que os seus pais morreram. Embora não seja tão bela e esfuziante como Margo, ou delicada e doce como Laura, Kate soube encontrar o seu caminho: é uma profissional de sucesso que organiza toda a sua vida em função do trabalho. O seu maior sonho é conseguir alcançar uma sociedade na empresa de contabilidade para a qual trabalha e assim provar o seu valor. Mas será que é mesmo este o seu maior sonho?

A primeira impressão que você tem da Kate isso no primeiro livro é a de uma mulher chata e amarga. Há principio eu não gostei muito dela e na verdade embora Um Sonho de Vida não fique nenhum pouco atrás de Um Sonho de Amor, ele demora um pouco para empolgar.
Como eu disse a Nora Roberts soube dar a cada um dos três livros a personalidade de suas protagonistas.
Kate é uma mulher pratica que vive para o trabalho, e procura através dele vencer as frustrações de seu passado. Ao contrario de Margo e de Laura ela nunca teve um relacionamento sério, pelo menos até conhecer Byron que é o típico cavaleiro a moda antiga.Byron consegue ao pouco com muito romantismo e delicadeza conquistar o coração de Kate, e com isso ela também vence muitos obstáculos que ela própria havia imposto a si mesmo.As mulheres e meninas mais românticas ou meigas assim como eu, podem no principio não gostar muito da Kate, mas conforme você vai conhecendo a história dela, e vê que o que faltava para ela, era apenas a tal famosa pessoa certa, no momento certo da vida ela cativa o leitor. Não com exuberância da Margo no primeiro livro, mas sim com seu jeito simples e pratico de viver a vida.

Livro Três - Um Sonho de Esperança:

Este livro faz parte da Trilogia do Sonho, onde a autora apresenta as vidas e os amores de três irmãs de coração. Neste último romance - 'Um sonho de esperança' - Laura Templeton descobre pela maneira mais difícil que nada na vida está garantido. Filha de ricos proprietários de uma rede de hotéis, sempre conheceu o conforto, o privilégio e a segurança. Mas aos trinta anos de idade tem o casamento destruído pela infidelidade do marido. O divórcio a deixa arrasada em termos financeiros e emocionalmente, mas determinada a reconstruir sua vida sem a ajuda da fortuna dos Templeton. Laura sempre se definiu como uma esposa, filha ou mãe. Agora deve finalmente descobrir a Laura mulher.

Bem o que eu posso dizer de um livro que já li mais de três vezes?Ah! Ele é simplesmente perfeito!
Eu fique um ano e meio esperando ele aparecer em um brechó, ai quando eu finalmente resolvi comprar, não deu dois meses e que eu vejo em um preço pela metade do preço que eu paguei na livraria? Sim ele mesmo...
Mas valeu apena os 49,90 que eu paguei nele, por que se tem um romance perfeito para mim esse é com certeza um dos melhores.
Antes de falar da Laura que é a protagonista do ultimo livro, eu tenho que falar do Michael Fury. Esqueça o cavalerimos do Byron e o senso de humor do Josh. Michael é o típico homem que quando você olha logo todos os alertas de perigo começam a apitar.
Eu diria até que para quem leu o Sussurro da Becca Fitzpatick, que o Michael é praticamente o irmão do Patch. Irônico, debochado o típico homem que faz de tudo para irritar e não te a mínima intenção de ser o príncipe encantado dos sonhos de uma mulher.Ele e a Laura são o típico casal mais improvável que se possa imaginar.Ela criada com todo luxo e mimos que o dinheiro podia comprar, ele um bad boy de marca maior. E mesmo com todas essas diferenças os dois se apaixonam e se amam loucamente.
Adoro a reviravolta que a Laura da na vida dela, se permitindo a amar e ser amada novamente.
Uma história envolvente, com uma narrativa mais que perfeita que faz com que você se emocione a cada capitulo.Um dos melhores romances que já li na vida, não desmerecendo os dois primeiros e tentando ser o mais imparcial possível. Embora como vocês mesmos podem ver nesse caso está sendo bem difícil, pois um Sonho de Esperança é um dos livros da minha vida. E as capas? Nossa são perfeitas parecem aquarelas.
Ele não existiria sem os dois primeiros, e mesmo que existisse acredito que não seria a mesma coisa, mesmo eu tendo começado a trilogia por ele.
Eu recomendo a trilogia completa, pois acredito que cada um que ler vai se identificar com uma das protagonistas. Eu me identifique na Laura, e talvez por causa disso tenha gostado mais do terceiro livro.
Mas leiam esta obra prima da Nora Roberts meus amores, vocês não vão se arrepender é muito, mas muito bom mesmo!

Amores a resenha ficou gigante, mas são três livros e como eu estava devendo ela para vocês, há umas duas semanas quis fazer algo bem especial mesmo.
Aos poucos durante a semana vou responder todos os parceiros e os comentários aqui do blog.
Espero que tenham gostado e ainda essa semana tem Celtic Woman ok.
Beijos!

© 2010 - 2021 Blog My Dear Library | Ariane Gisele Reis • Livros, Música, Arte, Poesias e Sonhos. Tema desenvolvido com por Iunique - Temas.in