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julho 15, 2018

Carta a D. por André Gorz

| Arquivado em: RESENHAS.


Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.



ISBN: 9788535930979
Editora: Companhia das Letras
Ano de Lançamento: 2018
Número de páginas: 112
Classificação: Bom
Sinopse: Uma das declarações de amor mais conhecidas e emocionantes de nosso tempo, este livro é também uma afirmação comovente de companheirismo entre duas pessoas apaixonadas. "Você está para fazer 82 anos. Encolheu seis centímetros, não pesa mais do que 45 quilos e continua bela, graciosa e desejável. Já faz 58 anos que vivemos juntos, e eu amo você mais do que nunca." Assim André Gorz inicia sua carta de amor a Dorine, mulher ao lado de quem ele passou a vida e que há alguns anos sofria de uma doença degenerativa incurável. Como um dos principais filósofos do pós-guerra francês, Gorz escreveu inúmeros livros influentes, mas nenhuma de suas obras será tão amplamente lida e lembrada quanto esta carta simples e bela, em que ele rememora tanto a história de companheirismo, amor e militância do casal como a trajetória intelectual que percorreram juntos. Um ano após a publicação de Carta a D., um bilhete encontrado na casa onde moravam fez as vezes de pós-escrito à narrativa: André e Dorine tiraram a própria vida juntos, numa renúncia comovente a viver sozinhos.

Particularmente eu gosto bastante de biografias. Gosto de conhecer as histórias de outras pessoas e de aprender um pouco com elas, seja através de suas alegrias ou tristezas. Por esse motivo quando recebi a Carta a D. de André Gorz, pseudônimo do filósofo austro-francês Gérard Horst, fiquei encantada com a premissa da obra. Afinal, nada mais delicado e poético do que uma carta de amor. Porém, logo na primeira página percebi que antes de ser de fato uma declaração de amor, a Carta a D. era um pedido de desculpas de um homem que só pareceu se dar conta do que sentia por sua esposa ao final da vida de ambos.

Não gosto do rótulo que normalmente os intelectuais carregam, o de ser pessoas introspectivas e excêntricas, mas no caso de Gorz essa me parece ser uma definição bem fiel a sua personalidade mostrada nas páginas deste livro. Segundo Gorz nos conta, era comum que se passasse dias sem que falasse uma única palavra perdido em seu mundo escrevendo obras que anos mais tarde o tornaram um grande pensador reconhecido internacionalmente.

André e Dorine se conheceram ao final da Segunda Guerra Mundial e mesmo como todas as diferenças aparentes formam um casal unido tanto pelo amor como por seus ideais políticos um tanto quanto esquerdistas, por assim dizer. A visão que Gorz apresenta do amor aqui me pareceu em diversos momentos fria e racionalizada demais, o que com o tempo transformou o que era para ser um declaração de afeto e amor em um mar de justificativas evasivas e até mesmo um pouco “hipócritas”.

Além disso, fiquei com a sensação que a todo momento Gorz se esforça para convencer não somente a si mesmo, mas qualquer um que venha a ler sua obra que seus sentimentos e sua relação com Dorine está acima do que consideramos um relacionamento “normal” que muitas vezes seus argumentos acabam por contradizê-lo. Outro ponto é que não acabe a mim ou ao qualquer outro leitor julgar a forma como Gorz e Dorine mantinham a sua relação. É perceptível que da forma deles, eles se amavam e tiveram um relacionamento cheio de altos e baixos, mas acima de tudo do que para eles era amor, respeito e companheirismo.

“Eu lhe escrevo para entender o que vivi, que vivemos juntos.”

A Carta a D. é uma leitura fluida, mas que decepciona um pouco quem espera encontrar em suas páginas um relato mais romântico. Embora André Gorz consiga passar a mensagem que tinha em mente se desculpando com Dorine por não ter mostrado ao mundo o quanto ela era importante em sua vida durante os anos de casamento, faltou ao filósofo, ao menos em meu ponto de vista ter encontrado uma forma mais terna e até mesmo simplista de dizer, - eu te amo.

março 07, 2016

Cinco Biografias Imperdíveis

| Arquivado em: CAFÉ LITERÁRIO.

Olá, leitores! Tudo bem com vocês?

Sou fã de um bom livro de ficção, seja ele romance, suspense, aventura ou fantasia. Porém em alguns momentos gosto de mudar um pouco o estilo de minhas leituras, e desde adolescente sempre gostei muito de ler biografias. Afinal podemos aprender tanto ao ler a história de outras pessoas, não é mesmo?
Muitas das biografias que li, me fizeram enxergar o mundo de uma forma nova e contribuíram para que de certa maneira eu me tornasse a adulta que sou. Às vezes a gente fica tão focada em nosso mundinho, achando que só nós temos problemas, que acabamos nos esquecendo de que do lado de fora há um mundo enorme, cheio de pessoas com problemas maiores que os nossos (...).

Gosto de ler biografias para me lembrar disso. Para me inspirar na coragem dessas pessoas que em um determinado momento de suas vidas resolveram compartilhar suas alegrias e tristezas, perdas e conquistas. Por isso, no post de hoje vou compartilhar com vocês uma lista com cinco livros que essa que vos escreve,  recomenda para vocês começarem a aventurarem pelo mundo das biografias.

Confiram ai ;)




Editora: Única
Ano de Lançamento: 2014

A história de Stephen Hawking é contada pela luz da genialidade e do amor que não vê obstáculos. Quando Jane conhece Stephen, percebe que está entrando para uma família que é pelo menos diferente. Com grande sede de conhecimento, os Hawking possuíam o hábito de levar material de leitura para o jantar, ir a óperas e concertos e estimular o brilhantismo em seus filhos entre eles aquele que seria conhecido como um dos maiores gênios da humanidade, Stephen. Descubra a história por trás de Stephen Hawking, cientista e autor de sucessos como Uma breve história do tempo, que já vendeu mais de 25 milhões de exemplares. Diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica aos 21 anos, enquanto conhecia a jovem tímida Jane, Hawking superou todas as expectativas dos médicos sobre suas chances de sobrevivência a partir da perseverança de sua mulher. Mesmo ao descobrir que a condição de Stephen apenas pioraria, Jane seguiu firme na decisão de compartilhar a vida com aquele que havia lhe encantado. Ao contar uma trajetória de 25 anos de casamento e três filhos, ela mostra uma história universal e tocante, narrada sob um ponto de vista único. Stephen Hawking chega o mais próximo que alguém já conseguiu de explicar o sentido da vida, enquanto Jane nos mostra que já o conhecia desde sempre: ele está na nossa capacidade de amar e de superar limites em nome daqueles que escolhemos para compartilhar a vida. O livro que inspirou o emocionante filme A Teoria de Tudo





Editora: Companhia das Letras
Ano de Lançamento: 2013

O livro conta a história de vida de Malala Yousafzai, a mulher mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz. A biografia aborda a dificuldade e a dor de uma vida sob o controle do Talibã, a infância, família e tudo o que foi vivido pela garota que lutou bravamente por seus direitos e quase perdeu a vida com um tiro à queima-roupa na cabeça. Hoje, Malala é um símbolo da igualdade religiosa e cultural, da justiça e da valorização da mulher na sociedade global.





Editora: Record
Ano de Lançamento: 2008

Anne Frank escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fim de longos dias de silêncio e medo aterrorizante, eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne inicialmente foi para Auschwitz, e mais tarde para Bergen-Belsen. Seu diário destaca sentimentos, aflições e pequenas alegrias de uma vida incomum, problemas da transformação da menina em mulher, o despertar do amor, a fé inabalável na religião e, principalmente, revela a rara nobreza de um espírito amadurecido no sofrimento.






Editora: Companhia das Letras
Ano de Lançamento: 2007

Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita - apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa. Vinte e cinco anos depois, com os olhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares. Em Persépolis, o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente, o humor se infiltra no drama - e o Irã parece muito mais próximo do que poderíamos suspeitar.





Editora: Companhia das Letras
Ano de Lançamento: 1994
Zlata tem onze anos e vive em Sarajevo. Mantém um diário, no qual vai registrando seu cotidiano. Mas a guerra eclode na ex-Iugoslávia e irrompe no diário da menina. As preocupações do dia-a-dia desaparecem diante do medo, da raiva, da perplexidade. O universo de Zlata desmorona. "Domingo, 5 de abril de 1992Dear Mimmy,Estou tentando me concentrar nos deveres (um livro para ler), mas simplesmente não consigo. Alguma coisa está acontecendo na cidade. Ouvem-se tiros nas colinas. [...] Sente-se que alguma coisa vai acontecer, já está acontecendo, uma terrível desgraça.

O Diário de Zlata é um livro muito especial para mim, tanto que já perdi a conta de quantas vezes já li ele.  Eu Sou Malala foi um dos melhores livros que li no passado e assim como Persépolis, ele possui aquele tipo de história que ficará comigo em meu coração por um bom tempo ().

E vocês já leram algumas dessas biografias? De qual mais gostaram? Compartilhem comigo nos comentários. Espero que tenham gostado das dicas de hoje.

Beijos e até o próximo post ;**

Esse post foi uma contribuição do Buscapé para o blog My Dear Library.

janeiro 21, 2016

A Vida dos Elfos por Muriel Barbery

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788535926477
Editora: Companhia da Letras
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 288
Classificação: Bom
Sinopse: Maria e Clara são jovens órfãs ligadas por dons secretos. A chegada de Maria traz prosperidade à granja francesa onde é criada, enquanto Clara, crescida em uma aldeia do sul da Itália, é enviada a Roma para desenvolver sua veia musical prodigiosa. Cada uma à sua maneira, as duas garotas se comunicam com um mundo misterioso, que garante profundidade e beleza à vida humana, mas, ao mesmo tempo, oferece uma ameaça grave contra a nossa espécie. Só Maria e Clara poderão combatê-la.


Existem livros que assim que lemos a sua sinopse pensamos: “Eu preciso ler esse livro!”, não é mesmo? A Vida dos Elfos de Muriel Barbery foi esse tipo de livro para mim. Logo que li sua sinopse fiquei encantada e claro, curiosíssima para conhecer essa história que se apresentava tão fantástica e intrigante ao mesmo tempo. Porém, apesar de ter gostado de muitos elementos apresentados em sua narrativa, terminei a leitura com aquela sensação “chatinha” de que infelizmente ficou faltando alguma coisa.

A origem de Maria e Clara é um verdadeiro mistério para todos aqueles que convivem com as duas jovens. A única certeza que se tem é que elas são órfãs e nada mais. Clara cresce em uma aldeia entre as montanhas no sul da Itália, enquanto Maria vive em uma pequena granja no interior da França. Ambas possuem um talento, algo de especial que as tornam únicas. Clara é uma musicista prodigiosa, e desde a chegada de Maria na granja a propriedade que a acolheu prosperou.

Na granja Maria encontrou uma família e amigos que a receberam com muito amor e vive em pleno contato com a natureza. Já Clara com seu talento nato para o piano deixa a sua aldeia para trás para morar em Roma, onde passa estudar com determinação para ser uma musicista ainda melhor. Só que com o passar do tempo e com a ajuda de fiéis amigos, Clara também começa a desvendar pouco a pouco a seu passado. Separadas pelas fronteiras criadas pelos homens, Clara e Maria desconhecem a existência uma da outra, porém elas nem imaginam o quão estão profundamente ligadas. E que somente elas são capazes de combater, um terrível mal que ameaça tudo aquilo que amam.

Sempre gostei de literatura francesa e essa foi a minha primeira experiência com a autora Muriel Barbery.  A Vida dos Elfos não é aquele tipo de leitura que nos prende logo em suas primeiras páginas. Sua narrativa é lenta um tanto rebusca e a autora não “economizou” no uso de termos “arcaicos”.  Confesso que a principio achei que não conseguiria me envolver com a história e seus personagens. Porém conforme a narrativa foi se desenvolvendo me vi encantada com o mundo que a autora criou. É como se você estivesse lendo um livro clássico, mas com pequenos toques de contemporaneidade, algo que não é muito visto na literatura fantástica.

A Vida dos Elfos possui aquele enredo que lembra um “quebra-cabeças” em que a cada capítulo são nos dadas as peças que forma o quadro todo. Os personagens são divididos entre humanos e elfos, e todos possuem um tipo beleza complexa, em que suas personalidades assim como tudo na trama são reveladas aos poucos. Gostei bastante de Clara e Maria e a forma como a autora desenvolveu a ligação entre elas é bem surpreendente, além de ser visível a evolução que cada uma tem no decorrer da história.  Outro ponto interessante é que Muriel também abre espaço para que os personagens secundários desempenhem um papel importante no enredo, e é aqui que se destaca a participação de Alessandro e Pietro na obra.

A escrita de Muriel se difere também pela sua exaltação a natureza e o fato da autora em diversos momentos focar mais no desenvolvimento da escrita clássica do que na trama em si. Outro detalhe é que você não consegue se situar em qual época a narrativa se passa, o que dificulta um pouco na hora de se transportar totalmente para a história. Admito que o livro me chamou a atenção pela critica ter comparado a escrita de Muriel com a de J.K Rowling e Jules Verne, e por esse motivo esperava que a história fosse mais “mágica” por assim dizer.

Por isso, quando comentei logo no começo da resenha que mesmo tendo gostado da história como todo, senti que faltou alguma coisa eu estava me referindo a essa magia. Não que isso chegue a atrapalhar a leitura, porém para quem busca uma história mais “fantasia” assim como eu, corre o risco de sair um pouco desapontado.

- Você não sabe o que não vê. Mas hoje vou te contar minha parte invisível e você acreditará em mim porque os poetas sempre sabem o que é verdade.”

Com uma narrativa poética e personagens interessantes, A Vida dos Elfos é uma leitura que conquista tantos os amantes dos bons e velhos clássicos, como também aqueles que buscam uma narrativa diferenciada e cheia de mistérios. Fica a dica!

maio 18, 2015

Persépolis por Marjane Satrapi

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788535911626
Editora: Companhia das Letras
Ano de Lançamento: 2007
Número de páginas: 352
Classificação:
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita - apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa. Vinte e cinco anos depois, com os olhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares. Em Persépolis, o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente, o humor se infiltra no drama - e o Irã parece muito mais próximo do que poderíamos suspeitar.

Q
uem acompanha o blog há mais tempo sabe que sou apaixonada por História. Por esse motivo livros que mesclam uma narrativa envolvente com fatos históricos (reais) sempre despertam a minha curiosidade.  Agora imaginem um livro que além de tudo isso é todo em quadrinhos! Acho que já deu para perceber que Persépolis foi praticamente amor à primeira vista ().
Marjane Satrapi teve uma criação moderna e politizada, mas em 1979 quanto tinha apenas dez anos viu seu país, o Irã passar por uma mudança radical. Meninas e meninos foram separados no colégio, o uso do véu se tornou obrigatório e os conflitos cada vez mais frequentes. Conforme ela foi crescendo seus pais perceberam que ao permanecer no Irã, Marjane estava colocando a  liberdade e a sua vida em risco, e por esse motivo decidiram que era hora dela deixar o país.
Marjane com catorze anos parte para Viena (Áustria), onde passa os anos conturbados e de certa forma mais libertadores de sua vida. Longe da família ela teve que aprender a lidar com o preconceito ao tentar encontrar o seu lugar no mundo. Entre amizades que sugiram e paixões que de tão eternas foram passageiras, Marjane descobri que uma velha máxima realmente é verdadeira a que, - "lar é onde está o nosso coração".
Com uma narrativa leve, Persépolis nos faz enxergar o Irã e a sua cultura com outros olhos e por uma perspectiva bem diferente daquela que nos é apresentada na mídia. Marjane Satrapi é uma daquelas pessoas incríveis, que nos conquista logo nas primeiras páginas. Ela possui uma personalidade forte e soube lidar, nem sempre da melhor forma possível é verdade, com os altos e baixos da vida, nunca desistindo de si mesma. Ouso até dizer que a história de Marjane é inspiradora, pois nos mostra a importância de não abrir mão dos nossos sonhos e ideais. Mesmo quando alguns sonhos são do tipo estranho, como o der ser profeta.
O livro possui um traço “simplista”, mas acredito que é justamente isso que o torna especial. Fica claro que a preocupação da autora aqui não era tanto com a “beleza estética” da obra, mas sim com a história que de tão rica em detalhes simples consegue fazer com que o leitor crie um vinculo com a Marjane. Você torce, ri, chora, briga por ela e com ela da mesma forma que você faz com uma grande amiga. E cá entre nós são poucos livros que atualmente conseguem criar esse tipo de conexão.

Li Persépolis em apenas um dia, porém fiquei tão encantada com ele, que vez ou outra me vejo relendo alguns trechos da história. É ou não muito amor por um livro só ()?

“Quando temos medo, perdemos o senso de análise e de reflexão. O terror nos paralisa. Aliás, o medo sempre foi o motor da repressão em todas as ditaduras.”

Persépolis é aquele tipo de livro que nos faz refletir, sobre nossos "pré-conceitos", escolhas  e  principalmente até que ponto estamos disposto a ir, para lutar por aquilo que acreditamos. E tudo isso com muita leveza e com um toque de ironia, que fazem dele uma história que ficará por muito tempo presente em nossa mente e coração. Recomendo!

•  Curiosidade.
Persépolis foi adaptado para as telas em 2007 e foi escrito e dirigido por Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud.  Atualmente Marjane Satrapi atualmente em Paris, onde trabalha como ilustradora e autora de livros infantis.

novembro 23, 2013

Cadê você Bernadette? por Maria Semple



ISBN: 9788535922936
Editora: Companhia das Letras
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 376
Classificação:  Ótimo
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.


Sinopse: Bernadette Fox é notável. Aos olhos de seu marido, guru tecnológico da Microsoft e rock star do mundo nerd, ela se torna mais maníaca a cada dia; para as demais mães da Galer Street, escola liberal frequentada pela elite de Seattle, ela só causa desgosto; os especialistas em design ainda a consideram uma gênia da arquitetura sustentável, e Bee, sua filha de quinze anos, acha que tem a melhor mãe do mundo. Até que Bernadette desaparece do mapa.Tudo começa quando Bee mostra seu boletim (impecável) e reivindica a prometida recompensa: uma viagem de família à Antártida. Mas Bernadette tem tal ojeriza a Seattle - e às pessoas em geral - que evita ao máximo sair de casa, e contratou uma assistente virtual na Índia para realizar suas tarefas mais básicas. Uma viagem ao extremo sul do planeta é uma perspectiva um tanto problemática (...).



Gosto de histórias inteligentes com personagens excêntricos e uma boa dose de ironia e bom humor. Cadê você Bernadette?, possui exatamente esses ingredientes, o que tornou a leitura instigante e divertidíssima.  Confesso que foi o tipo de leitura mais “diferente” e original com qual me deparei nos últimos tempos, o que contribuiu para que o livro torna-se um dos melhores que li esse ano.

Bernadette Fox é aquele personagem singular que quando você menos percebe já se tornou sua melhor amiga, mesmo ela não querendo ser amiga de ninguém. Ela está longe de ser a pessoa mais popular a amada entre a sua vizinhança e principalmente entre as dedicadas mães da Galer Street, escola em que sua filha Bee (que na verdade se chama Balakrishna, mas ninguém merece ser chamada por um nome para lá de esquisito como esse) é uma das estudantes mais queridas e comprometidas. Se já não bastasse a impopularidade de Bernadette com as pessoas de fora da sua “bolha”, e o fato de ela simplesmente não suportar mais a cidade de Seatle, o relacionamento com o seu marido Elgin o popstar da Microsoft também não é mais o mesmo.

A verdade é que Bernadette está à beira de um colapso nervoso, e a situação só se agrava depois que Bee com suas notas impecáveis resolve pedir de presente de formatura uma viagem em família para a Antártica. Como Bernadette, que evita a todo custo sair de casa, pois tem verdadeira aflição a conversar com as pessoas, conseguirá passar dias em um navio em um dos mares mais violentos do mundo com um monte de desconhecidos a sua volta? Porém, antes de enfrentar a terrível travessia da passagem de Drake, o seu medo do convívio social e a perspectiva de sentir o pior enjoou da história a viagem inteira, - Bernadette simplesmente desaparece.  Ao sumir do mapa Bernadette deixa não só a sua vida para trás, mas de toda a sua família completamente de ponta cabeça.

A narrativa se desenvolve através de e-mails, bilhetes escritos à mão e outros dados reunidos por Bee, que é quem nos conta a história de sua mãe.  Através da investigação feita por ela vamos conhecendo melhor todos os personagens envolvidos na trama, com destrinchando os motivos que fizeram  a brilhante Bernadette se torna a pessoa tão reclusa que aparentemente odiava tudo e todos a sua volta. À medida que Bee avança em suas descobertas, a narrativa ganha um toque de ironia ao retratar o cotidiano dos personagens e a forma com eles se relacionam, como também seus defeitos e qualidades. Em meio a esse, “retratos da vida como ela é”, ainda nos deparamos com uma investigação ultra secreta do FBI, sobre uma perigosíssima Máfia Russa.

Estão achando tudo mundo confuso?  Acreditem, nessa hilariante história criada pela autora Maria Semple não existe nada que não possa ser devidamente explicado, de uma maneira inusitada é claro, porém muito divertida.  Cadê você Bernadette?, é uma leitura “madura” mas, sem ser complexo  e com  personagens cativantes.  Maria Semple escreveu uma história completa, em que cada detalhe é essencial para que todos os pontos do enredo de interliguem ao final. Essa riqueza de detalhes e a maneira com ela construiu toda a história, fazem de Cadê você Bernadette?, um livro atual que aborda de maneira inteligente e bem humorada , todos os problemas que uma típica família “feliz” em crise pode enfrentar.

“Não pensamentos de tristeza e fascínio, entenda, uma vez que para ter pensamentos é necessário um pensador, e a minha cabeça estava vazia como um balão, incapaz de pensar.”

Com um desfecho surpreendente, Cadê você Bernadette?, é uma leitura inteligente, envolvente e  divertidíssima . As risadas aqui são garantidas. Recomendo!

agosto 21, 2013

Parceria com a Editora Companhia das Letras



Olá leitores! Tudo bem com vocês?

Hoje trago uma novidade que me deixou imensamente feliz! Acho que vocês já adivinharam pelo titulo do post não é? A Editora Companhia das Letras é mais nova parceira aqui do My Dear Library. *-*

Eu sei que muitas vezes posso parecer meio repetitiva e até um pouco clichê, mas eu preciso agradecer a vocês por mais essa conquista. Muito Obrigada a todos vocês por aturarem essa chata que vos escreve semanalmente. De verdade o blog não existira se não fosse o carinho que vocês têm por ele e por mim.

Obrigada de coração!

Agora conheçam mais um pouquinho da nossa mais nova parceira!


Sobre:

A Companhia das Letras foi fundada em 1986. Desde então já publicou mais de 3 mil títulos, de 1500 autores, incluindo os lançamentos dos outros selos da editora: Companhia das Letrinhas, Cia. das Letras, Companhia de Bolso, Quadrinhos na Cia., editora Claro Enigma e Penguin -Companhia.

Em 2012 foi anunciada a criação de 4 novos selos: Editora Paralela, voltada para a publicação de livros de entretenimento destinados ao grande público; Editora Seguinte, o novo selo jovem da Companhia das Letras; Portfolio Penguin, que atua na área de negócios, política e economia; e Boa Companhia, série que reúne, em antologias temáticas, grandes nomes da literatura nacional e estrangeira.

A Companhia das Letras evoluiu muito nesses 26 anos, mas sem perder de vista o respeito à inteligência do leitor. Hoje em dia lança mais de 300 títulos por ano, de diversos assuntos e estilos, mas sempre com uma mesma proposta: a vontade de publicar livros que, pela qualidade do texto e da produção gráfica, sejam um convite à leitura.

Últimos Títulos Lançados.


+informações: Site | Facebook | Twitter | Youtube.

Beijos;***



janeiro 23, 2013

O Livro que marcou a minha Vida! #2

O Livro que marcou a minha Vida! #2

Em outubro do ano passado eu lancei a nova coluna do blog, O Livro que marcou minha Vida! A coluna tem como proposta abrir um espaço para vocês leitores participarem aqui no blog. Porém como vocês ainda estão meio tímidos, hoje vou mostrar para vocês qual foi o livro que marcou a vida, dessa que vos escreve.

Foi difícil pensar em um livro em especial, até por que estava como medo de me tornar um pouco repetitiva, afinal ninguém mais em aguenta falando de O Mundo de Sofia. Então eu precisei pensar em um livro diferente para dividir aqui com vocês, e por incrível que pareça não precisei pensar muito para fazer a minha escolha, já que A Viagem de Théo está na minha lista melhores livros que li na minha vida.



" Estava eu na Biblioteca Pública Rodolfo Colin em Joinville (SC), procurando algo novo para ler. Nunca fui muito fã de autores franceses, mas naquele dia eu resolvi ver se tinha algo de interessante na prateleira deles. Foi justamente nesse dia que encontrei A Viagem de Théo, sozinho e triste esperando alguém para levá-lo para casa. Uma rápida lida na sinopse foi o que bastou para me convencer a levá-lo para casa comigo. Isso foi final de 2005, sim faz tempo.

O que me chamou a atenção foi o que o plano de fundo da história é tipo um estudo sobre as religiões do mundo. Posso não ser a pessoa “mais religiosa que existe”, mas o tema sempre me fascina, afinal sou uma estudiosa de assuntos ligados a religiosidade (gosto e estudar a origem das religiões). Porém, quem já esta pensando que pelo fato do livro ter esse lado "mais teórico", fez com que a leitura fosse maçante se engana.

 A forma com que Catherine Clement trabalhou o tema é tão leve e envolvente que você lê quase setecentas páginas como se elas fossem duzentas. Outra característica marcante da história é a narrativa rica em detalhes que prendem a atenção do leitor desde o primeiro capitulo.  Os personagens são tão bem construídos que ao longo do livro você vai criando um vinculo especial como eles.  Ao final eu lá estava acaba em lágrimas e morrendo de saudade deles.

Minha mãe na época chegou a fazer uma “piadinha” sem graça do motivo do meu “choro descontrolado”, mas seu eu contar aqui vou acabar dando spoiler e vocês vão querer me matar =D

Bem, ele pode ser um livro um pouco extenso, principalmente para quem não gosta, ou não está acostumado a ler livros longos, mas posso garantir para vocês que a leitura vale cada minuto."



Sinopse: Um adolescente que sofre de uma doença grave e uma mulher que esbanja vitalidade vão aos centros sagrados das religiões mais praticadas no mundo e descobrem os fundamentos históricos e espirituais de cada uma delas.

Skoob:


Espero que tenham gostado!


E para quem se animou com a coluna e quer participar, saiba como aqui.


Bjus ;****



agosto 03, 2011

O Mundo de Sofia por Jostein Gaarder

O Mundo de Sofia por Jostein Gaarder.                                                                                                   

Ficha Técnica:
Editora: Companhia das Letras
Autor: Jostein Gaarder
ISBN: 8571644756
Ano: 1991.
Edição: 1
Número de páginas: 560
Classificação: 5 estrelas
Onde comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, SubmarinoCompare os preços.

Sinopse:                                                                              

Prêmio Monteiro Lobato "A Melhor Tradução/Jovem" pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ 1995

Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que vivemos. Os postais foram mandados do Líbano, por um major desconhecido, para uma tal de Hilde Knag, jovem que Sofia igualmente desconhece.

O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste fascinante romance, que vem conquistando milhões de leitores em todos os países em que foi lançado. De capítulo em capítulo, de "lição" em "lição", o leitor é convidado a trilhar toda a história da filosofia ocidental - dos pré-socráticos aos pós-modernos -, ao mesmo tempo em que se vê envolvido por um intrigante thriller que toma um rumo muito surpreendente.

Resenha:                                                                                                                                                    

Acho que já cheguei a citar o Mundo de Sofia umas duas vezes aqui no blog. Digo citar por que é essa a resenha propriamente dita do livro que faço, e como é difícil escrever algo sobre o meu livro meu favorito, que marcou minha vida que mesmo já tendo lido o livro cinco vezes, sempre me pego folheando ele.

E pensar que tudo começou quando no meu ultimo ano do ensino fundamental, eu li a resenha do livro: O Mundo de Sofia, em uma destas revistas teens da época. O livro me chamou tanta atenção, que eu não sosseguei enquanto a bibliotecária do colégio em que estudava dona Gladis não comprou ele para eu ler. Imagina a minha felicidade quando peguei o livro na mão pela primeira vez. Mal sabia eu que aos quatorze anos iria ler o livro que doze anos mais tarde continuaria sendo o meu favorito.

Para mim o Mundo de Sofia abriu uma janela para o conhecimento e assim com a personagem principal a, Sofia me via a cada página mais curiosa e querendo aprender mais, cada vez mais. Sempre dizia que lendo o Mundo de Sofia, aprendi mais do que nos oito anos de escola, mas hoje ao folhear ele de vez enquanto sempre me pego aprendendo algo a mais.

Aprendi a gostar de filosofia por causa dele. Fiquei apaixonada pela idéias de Socrátes e Platão por causa dele. A cada novo aprendizado de Sofia, eu crescia e me preparava para me tornar o que sou hoje: Uma pessoa apaixonada pelo conhecimento!

A narração de Jostein faz com que você não queria desgrudar do livro. Sabe quando o capítulo termina em “hiatos” e a curiosidade fala mais alto e você pensa; só mais esse capítulo.  Pois bem o Mundo de Sofia é assim!

O livro tem um desfecho surpreendente! Os personagens além de muito bem estruturados, todos tem um papel essencial na trama. Para mim cinco estrelas é pouco para classificar este livro, para mim ele é mil estrelas rs... Sempre que acabo de ler ou quando estou nas últimas páginas me bate uma saudade dos personagens e de todo o mundo que Jostein criou.

Quem ainda não leu essa obra prima, não perca tempo! Leia e se apaixone por esse livro fantástico! Gente vale muito apena mesmo!

 Para finalizar a resenha deixo com vocês uma das frases que carrego comigo há doze anos é a primeira do livro: “Quem, de três milênios, não é capaz de se dar conta, vive na ignorância, na sombra, à mercê dos dias, do tempo.” - Johann Goethe

Beijinhos!!!


agosto 25, 2010

O Menino do Pijama Listrado por John Boyne


O Menino do Pijama Listrado por John Boyne

Ficha Técnica:

• Editora: Companhia das Letras
• Autor: JOHN BOYNE
• Origem: Nacional
• Ano: 2007
• Edição: 1
• Número de páginas: 200
• Acabamento: Brochura
• Formato: Médio


Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os Judeus. Também não faz idéia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. "O Menino do Pijama Listrado" é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.




O que mais me chamou a atenção nesse livro, não foi o fato de eu ter lido ele inteiro em uma tarde de domingo. Ou da história ser pesada e com um final dramático, emocionante como a maioria dos livros de ficção que falam da 2° Guerra Mundial.
E sim a simplicidade com, que ele foi escrito. A história de uma amizade verdadeira, que somente duas crianças podem ter uma pela outra.
Crianças que viviam em muitos diferentes, em realidades contrastantes sem entender o porquê daquela cerca que os separava e mesmo assim foram amigos.
A narrativa do livro é bastante infantil, mas pelo fato de que o autor relata a guerra pelos olhos inocentes de uma criança. Isso não seria possível se o personagem central fosse um adulto.
Justamente por esse motivo, que o “O Menino do Pijama Listrado”, se torna uma história bonita e comovente – apesar da tristeza que a cerca.
Fiquei surpresa e muito triste com o final do livro. Eu jamais imaginaria o final que ele teve, e confesso que chorei muito. Doeu em mim.
Pela lição de vida que ele passa isso com muita delicadeza e suavidade, eu recomendo esse livro que entro para minha lista de favoritos.

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