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fevereiro 11, 2016

A Libélula no Âmbar – Diana Gabaldon

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788567296272
Editora: Saída de Emergência
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 944
Classificação: Ótimo
Sinopse:  Outlander – Livro 02.
Claire Randall guardou um segredo por vinte anos. Ao voltar para as majestosas Terras Altas da Escócia, envoltas em brumas e mistério, está disposta a revelar à sua filha Brianna a surpreendente história do seu nascimento. É chegada a hora de contar a verdade sobre um antigo círculo de pedras, sobre um amor que transcende as fronteiras do tempo... E sobre o guerreiro escocês que a levou da segurança do século XX para os perigos do século XVIII. O legado de sangue e desejo que envolve Brianna finalmente vem à tona quando Claire relembra a sua jornada em uma corte parisiense cheia de intrigas e conflitos, correndo contra o tempo para evitar o destino trágico da revolta dos escoceses. Com tudo o que conhece sobre o futuro, será que ela conseguirá salvar a vida de James Fraser e da criança que carrega no ventre?

Confesso que demorei um pouco para criar “coragem”, e me aventurar pelo segundo livro da série Outlander, A Libélula no Âmbar. Assim como no primeiro livro, eu já imaginava que ele possuía aquele tipo de história que precisa ser lida em “pequenas doses”, pois só dessa forma é possível vivencia-la por completo. A autora Diana Gabaldon, tece uma trama densa com personagens marcantes e complexos, ao mesmo tempo em que nos leva por uma incrível e perigosa viagem pelo século XVIII. Onde o verdadeiro amor e a lealdade são testados constantemente.

Não vou entrar em muitos detalhes sobre a história, até por que não quero correr o risco de dar spoilers ou de acabar escrevendo uma resenha extremamente longa.  Mas, a minha primeira reação ao começar a ler o esse livro foi um susto.  Calma que eu explico. Diferente das outras séries há que estamos acostumados, A Libélula no Âmbar não começa exatamente do ponto onde A Viajante do Tempo parou. Tipo eu tive um mini ataque e fiquei me perguntando: “Como assim?”, “O que aconteceu?”, “Devolve meus personagens favoritos Diana!”. Um pouco dramático eu sei, mas realmente a forma como a história começa aqui é meio “chocante”.

E para minha surpresa até mesmo a forma como a autora estruturou a história está diferente. Em A Libélula no Âmbar reencontramos com uma Claire e Jaime (pausa para suspiros), mais maduros em um relacionamento que superou enormes dificuldades, e que ainda em muitos momentos fica balançado pelas sombras do passado.  Se em A Viajante do Tempo o foco da história era o romance entre os protagonistas, aqui a narrativa ganhou um tom mais sóbrio constituído por um jogo de mentiras e intrigas políticas.

A cada capítulo é perceptível à profunda pesquisa de fatos históricos que Diana Gabaldon fez para compor a sua narrativa. Mas, o que deixa o enredo mais rico em detalhes, também em algumas situações  faz com que a leitura se torne um pouco “maçante”. A Libélula no Âmbar por si só já é aquele tipo de leitura mais lenta, afinal você não consegue ler um livro com quase mil páginas e absorver toda a grandiosidade de sua história em uma “sentada”, no banco da praça. Porém assim, como no primeiro livro tive a sensação que a autora se perde em detalhes que não agregavam em nada na trama.

E sim, não é segredo que eu amo História, só que na minha opinião se em algumas partes específicas a autora tivesse focado mais nos personagens do que nos fatos “reais”, a leitura ficaria mais fluida. Gosto como a autora intercala a fantasia com a história, descrevendo os lugares e costumes da época. Realmente me senti vivendo da França do Rei Luiz XIV, com seus bailes e jantares finos. Senti saudades da fria e cinzenta Escócia, mas de verdade dá para tirar uma duzentas e poucas páginas de coisas que não causam nenhum grande “impacto” na narrativa.

Gostei da inserção dos novos personagens, pois além deles serem peças importantes para história, à presença deles reforça o quanto tudo na série Outlander está interligado e como desde o começo a autora Diana Gabaldon sabia exatamente por qual caminho guiar a trama e seus personagens.  Adorei a Brianna e o Roger, como também fiquei encantada pelo pequeno Fergus ().  Esse é outro ponto interessante na série, já que por ser bastante extensa ela acaba precisando de uma quantidade maior de personagens. E aqui todos tem uma personalidade marcante, uma identidade própria que faz como que sejam amados ou odiados.

Fiquei em muitos momentos com o coração na mão durante a leitura de A Libélula no Âmbar. Eu tentava entender e justificar as atitudes da Claire e do Jaime. Eu me perguntava como no meio de tanto amor, podia haver tantas dúvidas, tanta culpa e tanta dor. E é ai que a maior qualidade da escrita da Diana Gabaldon se revela, por que mesmo que a história seja densa, você fica tão envolvido com aquilo, se apega tanto aos personagens que quando se dá conta o livro já acabou. E que final “cretino” em dona Diana (...). Como você pode fazer isso com meu pobre coraçãozinho? Como sobreviver sem saber o que acontece? Digo apenas que preciso ler O Resgate no Mar com a máxima urgência.

“- Passei mais de vinte anos buscando respostas, Roger, e só posso lhe dizer uma coisa: não há respostas, apenas escolhas.”

Em uma sequência fantástica cheia de reviravoltas, A Libélula no Âmbar é aquele tipo de livro que nos deixa com coração apertado e conscientes que a cada capítulo tudo pode mudar. E isso só tornar a sua história ainda mais incrível.  Apenas muito amor por essa série minha gente ().

Veja Também:
A Viajante do Tempo
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dezembro 10, 2015

A Serva do Império por Raymond E. Feist e Janny Wurts

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.

ISBN: 9788567296425
Editora: Saída de Emergência.
Ano de Lançamento: 768
Número de páginas: 2015
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: A Saga do Império – Livro 02.
Mara, a Senhora dos Acoma, conhece melhor que ninguém os segredos do Jogo do Conselho. Por meio de sangrentas manobras políticas, ela se tornou uma poderosa força no Império. Mas, rodeada de rivais impiedosos, terá que ser a melhor se quiser sobreviver. Como se isso não bastasse, a jovem precisa lutar em duas frentes. Na corte dos Tsurani, intrigas e traições desestabilizam o poder. Em seu coração, a paixão por um bárbaro do mundo inimigo de Midkemia a leva a questionar os princípios que sempre nortearam sua existência. Com seu filho em perigo e a continuidade de sua Casa ameaçada, Mara usa de todos os meios para tentar controlar a crueldade dos seus inimigos. Os desafios que terá que enfrentar dessa vez irão colocar em xeque as tradições dos Tsurani e suas próprias convicções. Neste jogo de sentimentos e poder, talvez ninguém saia vencedor…

Confesso que as minhas expectativas estavam nas alturas em relação A Serva do Império. Até comentei no snapchat (adiciona mydearlibrary lá) que esperava uma narrativa um pouco mais intensa, já que o primeiro livro da Saga do Império foi basicamente uma grande introdução para o que a história que viria a partir dele. E para a minha alegria, encontrei  uma história ainda mais surpreendente.

Quem não quer correr o risco de ler spolier pulando agora para quinto parágrafo.

Depois de derrotar um grande inimigo e ter conquistado uma posição de prestigio do Jogo do Conselho, Mara, a Senhora dos Acoma sabe que agora mais que nunca a sua vida e a honra da sua família estão correndo um grave perigo. O filho de Jingu dos Minwanabi, Desio está disposto a sacrificar o que for preciso para vingar a morte de seu pai. E desse confronto apenas uma, das mais antigas e poderosas famílias do Império sairá viva e com a honra intacta.

Enquanto Tasaio, um dos comandantes mais inteligentes e brutais de Kelewan traça um ardiloso plano ao lado do primo para a queda de Mara, ela corre contra o tempo para se fortalecer contra a ameaça iminente. O primeiro passo que a Senhora dos Acoma dá é a compra de escravos de Midkemia capturados pelo exercito tsurani na Guerra do Portal.  Os bárbaros como seu povo os chamam, há principio causam mais problemas a Mara do que a ajudam, em especial Kevin que desde o primeiro momento despertou o interesse da jovem governante.

Mara como senhora de uma grande casa pode fazer o que bem entender com seus escravos, já que pela lei dos tsurani esses são sua propriedade. Mas, o bárbaro ruivo consegue não apenas mexer com seus sentimentos como também faz com que ela passe a questionar as leis e códigos de honra com os quais foi criada. Mara tem medo de desafiar os deuses e trazer maiores infortúnios para sua casa, porém a cada conversar e noite que passa nos braços de Kevin suas certezas em relação ao seu mundo e seu lugar nele são testadas.

Quando a batalha decisiva se aproxima, Mara percebe o peso que uma decisão ou um passo errado tem em nossas vidas. E ela terá que escolher entre seu coração ou tudo aquilo pelo qual lutou para construir desde que se tornou a Senhora dos Acoma. E independente do caminho que ela escolher, Mara sairá perdendo algo que lhe é precioso.

A Serva do Império segue os mesmo moldes do livro anterior, com uma trama bem amarrada e nem um pouco óbvia. A cada capitulo o leitor é surpreendido por um novo desdobramento da história, em que autores Raymond E. Feist e Janny Wurts conseguem manter a curiosidade de quem lê a obra viva. Meio que sem perceber você acaba envolvido em todas as conspirações e planos do Jogo do Conselho. Juntos os autores fazem com que você mergulhe na história e se sinta realmente parte dela.

O que mais me cativa na Saga do Império é a força da protagonista. A Mara é uma personagem extremamente inteligente e determinada. E apesar de ter sido obrigada a se tornar governante de sua casa, por conta das artimanhas do destino, ela não perdeu sua delicadeza.  É muito legal você acompanhar a evolução da personagem que aos poucos vai descobrindo a si mesma e a força que tem.  Outro ponto marcante nesse segundo livro é que narrativa é mais ampla, sendo mostrada não apenas pelo ponto de vista da Mara, mas também pelos outros personagens envolvidos na história.

Foi bem interessante, mesmo sendo um pouco limitada, ter a visão do Desio sobre o que estava acontecendo, por que assim como a Mara ele é um personagem que evolui junto com a trama. Além disso, o livro possui uma grande passagem de tempo e com isso ele acaba abrangendo um pouco alguns fatos que conhecemos da Saga do Mago ().  Simplesmente adorei reencontrar com alguns personagens tão queridos aqui. Lembrando que não é preciso ler a série anterior para ler essa. Os fatos estão relacionados, mas as histórias são independentes.

Raymond E. Feist e Janny Wurts estão tecendo junta uma história incrível, com personagens fantásticos em um mundo fascinante e hostil. O único detalhe que posso considerar como “negativo” é o mesmo que já comentei na resenha do livro anterior. O excesso de detalhes “desnecessários” que em muitos momentos deixam a narrativa um pouco arrastada. Não é nada que prejudique a história como um todo, mas que pode tornar uma ou outra passagem um pouco mais “cansativa”.

“As melhores armadilhas são sutilmente tecidas e passam despercebidas até se fecharem.”

A Serva do Império é uma leitura envolvente, como uma narrativa recheada de intrigas, conspirações, batalhas e reviravoltas que fazem coma trama surpreenda a cada capitulo. Tudo isso com um toque de romance que me fez querer para ontem o ultimo livro da saga, - A Senhora do Império. Recomendo!

Veja Também:
A Filha do Império.

agosto 18, 2015

A Filha do Império por Raymond E. Feist e Janny Wurts

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788567296340
Editora: Saída de Emergência Brasil
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 464
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Submarino.

Sinopse: A Saga do Império - Livro 01.
Mara, a filha mais nova da poderosa Casa dos Acoma, estava destinada a uma vida de contemplação e paz. Mas quando seu pai e seu irmão são mortos, sua vida muda de um dia para outro. Apesar do sofrimento, cabe a ela a tarefa de vestir o manto da liderança e enfrentar as dificuldades e os inimigos implacáveis. Inexperiente na arte de governar, Mara terá de recorrer a toda a sua força e astúcia para sobreviver no Jogo do Conselho, recuperar a honra da Casa dos Acoma e assegurar o futuro de sua família. Mas quando percebe que os inimigos que quase aniquilaram a sua casa vão voltar a atacar com fúria renovada, Mara só tem uma dúvida: será que ela, apenas uma mulher, ainda quase menina, poderá vencer em um jogo perigoso no qual seu pai e seu irmão falharam?

Não é segredo para ninguém que acompanha o blog há mais tempo que fantasia é um dos meus gêneros literários favoritos. Por esse motivo, acredito que não seja nenhuma surpresa eu ter ficado ansiosa para conferir a nova saga do autor Raymond E. Feist lançada no Brasil. E embora a Saga do Império a primeira vista prometa uma viagem de volta ao reino de Midkemia, ela na verdade nos apresenta outro lado da história narrada na Saga do Mago.  Agora embarcamos rumo a Kelewan, o Império de Tsuranuanni, e somos convidados a conhecer esse misterioso mundo através dos olhos de uma jovem e destemida herdeira.

Mara dos Acoma estava preste as fazer os votos sagrados que selariam o seu destino. Ela seria uma das servas da deusa da Luz Interior, Lashima quando recebe a noticia que muda a sua vida para sempre. Seu pai e seu irmão estão mortos e a partir desse momento ela é senhora da casa dos Acoma. Porém, além de lidar com a dor da perda e como o futuro das famílias que moram em suas terras, Mara precisa descobrir meios de escapar dos perigosos inimigos que tramam para que ela tenha o mesmo fim que sua família.

Criada para uma vida de paz e contemplação Mara terá que recorrer a toda a sua astúcia, se quiser vencer as artimanhas e intrigas do império. Quando as peças do Jogo do Conselho são colocadas no tabuleiro o destino de todos os seus jogadores é posto em xeque. Mara dos Acoma descobrirá que a cada manobra bem sucedida esconde-se um novo perigo eminente. E que nem sempre a vitória é doce. Poderá a jovem e inexperiente herdeira de uma das cinco famílias mais antigas do império sobreviver sem que suas mãos também se manchem de sangue?

A Filha do Império traz um enredo bem amarrado e cheio de reviravoltas, o que torna história completamente imprevisível.  Não vou ficar tecendo elogios à escrita do autor Raymond E. Feist, tanto para não parecer fangirl, como também por que vocês já sabem que dentro do gênero ele é um dos meus autores favoritos.  Só que não sei se pelo fato, da Saga do Império ser escrita em parceria com a autora Janny Wurts, dessa vez eu senti que a história demorou e um pouquinho mais para me envolver e cativar.

Um dos motivos foi que a narrativa em muitos momentos se perdia em detalhes desnecessários, quando o “melhor” da história era abordado de forma muito rápida. Outro ponto é que ao começar a leitura eu confesso que esperava uma coisa e encontrei outra totalmente diferente. Tipo, enquanto a Saga do Mago tinha uma presença muito forte de magia, de seres mágicos como elfos e anões, aqui nós temos uma trama basicamente estrategista e por esse motivo mais “lenta”. Mas, se o desenvolvimento da narrativa “peca” um pouco no ritmo, os autores acertaram em cheio na construção dos personagens.

A Mara é uma personagem extremamente inteligente, que sabe manipular a situação para que ela se reverta ao seu favor, fazendo com que tudo pareça apenas à vontade dos deuses, ou uma mera “questão de sorte”.  Claro que aqui temos outros personagens marcantes como o Keyoke, Papewaio, Lujan, Arakasi e a rabugenta Nacoya. Só que a Saga do Império se destaca pela figura imponente da Mara.  E não somente por ela ser aquela protagonista forte que segura bem história, e sim por ela não ter vergonha de se mostrar frágil e “arrependida” das decisões difíceis que toma para salvar a legado de sua família.

A evolução da Mara de uma menina inocente a mercê dos seus inimigos, para uma mulher a quem os outros devem temer é fantástica. E há muito tempo eu não lia um livro em que o crescimento de um personagem tem tanto peso e significado dentro da sociedade em que ele está inserido. Estou bastante animada para vê-la mudando a ordem das coisas e principalmente encontrando a felicidade. Por que mesmo cometendo erros, a Mara merece viver em paz e ser muito feliz.

“Não queria falar; era como se o silêncio pudesse esconder a verdade”.

A Filha do Império se apresenta como um prelúdio de uma história que tem tudo para ser grandiosa. E confesso que esse meu coração de leitora, não vê a hora da Saga do Império e a Saga do Mago se encontrarem, por que é evidente que isso vai acontecer em algum momento. E acompanhar a Guerra do Portal por outro ponto de vista, tem tudo para ser uma experiência bem interessante.

fevereiro 26, 2015

Mago: As Trevas de Sethanon por Raymond E. Feist

| Arquivado em: Resenhas.


Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788567296258
Editora: Saída de Emergência
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 480
Classificação:
Sinopse: Ventos malignos sopram sobre Midkemia. As legiões negras ergueram-se para esmagar o Reino das Ilhas e escravizá-lo com o terrível poder de sua magia. A batalha final entre a Ordem e o Caos está prestes a começar nas ruínas de uma cidade chamada Sethanon. Agora Pug, o mestre conhecido por Milamber, terá à sua frente a incrível e perigosa missão de viajar até a aurora do tempo e lidar com um antigo e temível inimigo. O destino de mil mundos dependerá apenas dele. Enquanto o Príncipe Arutha e os seus companheiros reúnem as suas hostes para a batalha final contra um misterioso demônio ancestral, o temido necromante Macros, o Negro, libertou mais uma vez a sua magia negra. O destino de dois mundos será decidido numa luta colossal sob as muralhas de Sethanon, quando são restaurados os laços entre Kelewan e Midkemia.


V
ou começar essa resenha com uma pequena confissão, “adiei o máximo que pude a leitura desse livro”. Tipo, eu queria muito ler e ao mesmo tempo não me sentia preparada para me despedir do reino de Midkemia e principalmente de personagens tão queridos. Mas, a hora de “dizer adeus” chegou e só posso afirmar que em, As Trevas de Sethanon, Raymond E. Feist conclui de forma magistral essa saga épica que terá para sempre um lugar especial em meu coração.

Pode conter spoilers dos livros anteriores. Quem não quer se arriscar pode pular dois parágrafos.

Após um ano de tranquilidade o perigo volta a rondar o Príncipe Arutha em Krondor. Porém agora que ele conhece o verdadeiro inimigo e o real perigo que todos correm, Arutha não está disposto a ficar de braços cruzados esperando pelo próximo ataque. Não, desta vez Murmandamus que será surpreendido. Enquanto isso Pug e Tomas partem em uma arriscada jornada por mundos desconhecidos. Começa então uma corrida contra o tempo, a procura de uma forma de derrotar esse terrível mal que ameaça a todos.

E o inimigo que vem do norte não mede esforços e vidas para alcançar seus objetivos.  Ele marcha para as muralhas da cidade de Sethanon, destruindo tudo e a todos que atravessam seu caminho.  Ele está em busca de um poder capaz de trazer das sombras do tempo, um mal tão nefasto que uma vez liberto não poderá ser mais contido. Antigas rixas serão deixadas de lado e mistérios serão revelados. A batalha final entre a Ordem e o Caos começa a ser travada, e o vencedor terá em suas mãos o destino de mil mundos.

Sinceramente não sei definir como me sinto a respeito desse livro. Talvez um pouco brava por causa da “pegadinha” sem graça que o autor faz e que me levou as lágrimas para depois me deixar feliz novamente. Ou extremamente orgulhosa por perceber o quanto os pequenos Pug e Tomas evoluíram no decorrer da história se tornando peças fundamentais para o desfecho dela.  Deslumbrada com toda a beleza de um mundo místico e seus deuses e deusas de uma assustadora crueldade. Triste por que mesmo sabendo que esse é o fim, ainda sim ele me pareceu um começo do qual não fui “convidada” a participar. De verdade não sei o que sentir (...).

O fato é que Raymond E. Feist foi esplêndido aqui. Desde o primeiro livro o autor vem construindo uma trama que encanta por possuir uma narrativa que além de ser rica em detalhes, ainda mescla aventura, fantasia, mistérios e romance sem se tornar cansativa. Porém em minha opinião uma história só se torna realmente grandiosa por causa de seus personagens. E na saga Mago não existem protagonistas, pois todos são peças únicas e especiais na composição desse enredo tão rico. Arutha, Martin, Jimmy, Pug, Tomas, Laurie, Gardan, Kulgan, Carline, entre outros, só posso agradecer pela maravilhosa companhia e dizer que vocês estarão para sempre em meu coração ().

Se eu tenho alguma “critica” a fazer a respeito de As Trevas de Sethanon, é que tudo acabou rápido demais. Não me importaria com mais cinquenta, cem, duzentas páginas de história. Fiquei tão envolvida com a leitura, naquela enorme ansiedade para saber como tudo iria terminar que quando dei por mim o fim chegou (...). Por mais que tenha adiado a despedida ela chegou e foi implacável. Deixando-me ainda com perguntas não respondidas, mesmo que de certa forma todas elas tenham sido dadas no decorrer na narrativa. Talvez eu esteja sofrendo de “apego literário” (...), quem sabe.

Só me resta torcer para que a editora Saída de Emergência lance em breve as demais obras do Raymond E. Feist que se passam no mesmo universo de Midkemia. Ai pode ser que eu “encontre“ as minhas repostas e me reencontre com meus amigos para viver novas, perigosas e fantásticas aventuras. 

“ – Nunca mais seremos os rapazes que éramos, Tomas. Mas nos tornamos mais do que aquilo que algumas vez sonhamos. Ainda sim, poucas coisas de valor são eternamente simples ou fáceis.”

Sempre acho mais difícil resenhar um livro do qual gostei muito, pois tenho receio de ficar parecendo muito fangirl. Mas, desde o primeiro livro me vi conquistada por uma história fantástica, que está entre as minhas favoritas ao lado de Harry Potter e Senhor dos Anéis.  É muito amor por uma saga só leitores ().

Veja Também.
•  Mago: Aprendiz.
•  Mago: Mestre.
•  Mago: Espinho de Prata.

fevereiro 10, 2015

A Viajante do Tempo por Diana Gabaldon

| Arquivado Resenhas.

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788567296227
Editora: Saída de Emergência
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 800
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.
Sinopse: Outlander - Livro 01. Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros. Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro escocês, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?

Após duas tentativas mal sucedidas há alguns anos atrás, finalmente consegui concluir a leitura de A Viajante do Tempo. A primeira vez admito que abandonei o livro (me condenem), já na segunda meus quinze dias tinham acabado e precisei devolver o livro para a biblioteca. Porém, agora uns bons anos depois essa que voz escreve além de finalizar a leitura (dancinha feliz), confessa para todos que lerem essa resenha, estar profundamente arrependida por não ter “insistindo” um pouco mais nas tentativas anteriores.

Quando a Segunda Grande Guerra acaba, Claire e Frank Randall decidem tirar férias e viajam para a pacata cidade de Inverness na Escócia. A viagem era para ser uma espécie de segunda lua de mel para o casal, e tudo estava saindo como o planejado. Porém, quando Claire retorna ao local onde há poucos dias ela tinha presenciado o que parecia um antigo ritual celta, sua vida vira de cabeça para baixo. Como que por magia Claire vai parar na Escócia de 1743, época em que a região ainda é dominada por clãs guerreiros.

Ao se deparar com um desses antigos clãs Claire conhece alguém que pode deixar a sua situação ainda mais complicada. Jaime Fraser é um jovem corajoso e carismático que aos poucos vai conquistando um lugar especial em sua vida e principalmente em seu coração. Mas, ela sabe que quanto mais tempo permanece no passado, o futuro como conheceu pode estar ameaçado. Para Claire Randall decidir entre ser fiel ao seu marido ou se entregar ao que sente por Jaime, pode ser um caminho sem volta.

Diana Gabaldon é uma autora fantástica, por mais que nem tudo no livro tenha me agradado. Sim sou chata e admito isso, só que não posso negar o fato dela ter escrito uma história completa em todos os sentidos.  A Viajante do Tempo possui um enredo cheio de ação, aventura, romance e fantasia, ao mesmo tempo em que funciona como fonte histórica. É perceptível a cada capitulo que a autora pesquisou muito para desenvolver uma trama riquíssima em detalhes como essa.

Se por um lado isso foi algo positivo já por outro acaba deixando o ritmo de leitura em determinadas passagens um pouco lento. O problema não é o fato de A Viajante do Tempo ser um livro extenso e sim dele possuir capítulos muito longos, em que alguns não acontecem absolutamente nada que interfira no contexto geral da história.  Confesso que foi a partir do capitulo vinte e cinco que me envolvi de verdade com a narrativa. Não que até então e leitura estivesse sendo “sofrível”, só que foi a partir desse ponto que finalmente consegui me conectar com o mundo criado por Diana Gabaldon.

Acredito que o me manteve firme e forte durante os capítulos anteriores foi os personagens. Claire possuir uma personalidade cativante e mesmo correndo todos os tipos de riscos estando em outra época, ela não perde a sua determinação.  E o Jaime apesar de em muitos momentos me deixar à beira de um ataque de nervos por ser tão teimoso, sempre acabava se redimindo com o seu jeito romântico e encantador. Mas, como vocês sabem nem tudo são flores e personagens fofos nessa vida literária.

Estou acostumada a chorar em livros. Sou mais mole que manteiga então, eu chorar em livros é quase tão clichê como o herói salvar a mocinha ao final da história e eles viverem felizes para sempre. Só que por mais que tente não me recordo de algum livro em que as minhas lágrimas foram de raiva. Jamais, senti tanta repulsa por um personagem como a que ainda estou sentido por Jonathan Wolverton Randall. Chorei sim e chorei muito, mas de raiva. De verdade não sei como vou reagir se me deparar com esse ser nos próximos livros da série. Respirando fundo (...).

Em suma, apesar dos pequenos detalhes que não me agradaram, A Viajante do Tempo foi uma leitura que acima de tudo me surpreendeu da forma mais positiva possível.  Meu único arrependimento como eu já disse no começo da resenha, é o de não ter lido o livro antes, quando tive oportunidade.

“– Como se, sabendo que tudo é possível de repente nada seja necessário.”

Mesmo com alguns altos e baixos, A Viajante do Tempo consegue ser um livro envolvente que conquista o leitor graças ao carisma de seus personagens. Sim, a história pode ter demorado um pouquinho para conquistar essa leitora ranzinza, mas que sem sombra de dúvidas foi um dos melhores romances que já li.

julho 10, 2014

Mago: Espinho de Prata por Raymond E. Feist


ISBN: 9788567296173
Editora: Saída de Emergência.
Ano de Lançamento: 2014.
Número de páginas: 416
Classificação:
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.







Sinopse: O Mago – Livro 3.
Durante quase um ano, a paz reinou nas terras encantadas de Midkemia. Porém, novos desafios aguardam Arutha, o Príncipe de Krondor, quando Jimmy, a Mão - o mais jovem larápio do Zombadores, a Guilda dos Ladrões - surpreende um sinistro Falcão Noturno prestes a assassiná-lo. Que poder maléfico fez com que os mortos se levantassem para combater em nome da Guilda da Morte? E que magia poderosa poderá derrotá-los? Mas primeiro o Príncipe Arutha, na companhia de um mercenário, um bardo e um jovem ladrão, terá que fazer a viagem mais perigosa da sua vida, em busca de um antídoto para o veneno que está prestes a matar a bela Princesa no dia do seu próprio casamento.

Acredito que não é segredo para ninguém que a saga do Mago é uma das minhas séries favoritas. Porém, eu mesma não podia imaginar que nessa brilhante continuação o autor Raymond E. Feist me surpreenderia mais uma vez. O Mago: Espinho de Prata é repleto de ação e magia com um toque de mistério que deixou à narrativa ainda mais envolvente e apaixonante. O melhor livro da série até aqui em minha opinião.

Não vou entrar em muitos detalhes sobre certos pontos da história, por que a própria sinopse já entrega algumas coisas.  Mas, para quem não quiser correr o risco de algum spoiler, pode pular um parágrafo.

Um ano se passou desde que aquela que ficou conhecida como a Guerra do Portal acabou. Durante esse período os irmãos Lyam, o Rei dos Reinos das Ilhas, Arutha, o Príncipe de Krondor e Martin, o Duque de Crydee viajaram pelo reino todo, se apresentando ao povo como os novos governantes de Midkemia. Só Arutha, o mais novo dos três era o mais ansioso para que a viagem chegasse logo ao seu destino final. Pois, em Rillanon capital do reino a sua espera está princesa Anita. Porém enquanto a população celebra a felicidade de seus governantes e a paz alcançada, uma nova e perversa ameaça começa a surgir pelas sombras colocando tudo em risco mais uma vez.

O Mago: Espinho de Prata é um livro sombrio, o que levou o enredo para um lado mais místico que timidamente já vinha aparecendo nos livros anteriores que tinham a narrativa focada na guerra. Agora temos um inimigo que além de desconhecido e perigoso é assustador. O mais interessante é que a partir daqui, a história toma um novo caminho tendo não apenas príncipe Arutha () como protagonista, mas com a participação maior de personagens conhecidos, e a inserção de novos personagens e elementos que se tornam decisivos no decorrer da história.

Conforme a narrativa avançava o autor ia revelando aos poucos os muitos mistérios que cercam a origem de Midkemia, instigando em mim um desejo de descobrir quem era o ser maligno dono de uma magia tão poderosa capaz de superar a morte. Não vou negar que em alguns momentos fiquei com “medinho”, mas a maneira como Raymond E. Feist construiu a história é tão fantástica, que a minha curiosidade era infinitamente maior que meu medo, fazendo com que fosse impossível eu desgrudar do livro.

Gostei bastante dessa troca de protagonistas, mas não somente por que o Arutha é meu personagem favorito (que isso fique bem claro). Em meu ponto de vista, não apenas a narrativa se desenvolveu de uma forma mais rápida e dinâmica, como também ficou mais visível a real importância que o Mago Pug em toda a trama. Afinal, por mais que desde o principio o Pug seja o personagem central da história, ainda não estava muito claro o papel dele e de outros personagens em todo o contexto geral da saga, e com essa mudança o autor conseguiu mostrar um pouco dessa amplitude total da história.

Sei que pode soar um tanto repetitivo e que com certeza eu já citei isso nas resenhas anteriores. Porém é impossível não me encantar com a riqueza de detalhes e a beleza com que o autor descreve o reino de Midkemia.  Minha imaginação vai a mil durante a leitura, sempre fazendo como que eu me sinta mais uma personagem da história. Sofro, luto, comemoro e vivo cada instante narrado, como a mesmo intensidade dos personagens. É simplesmente fantástico!

“Desde que parti, pouco mais fiz além de pensar em você. (...) Você é minha alegria. É o meu coração.”

O Mago: Espinho de Prata foi uma leitura deliciosa, com as doses certas de ação, aventura, magia, suspense e romance.  O autor brilhantemente deixou várias pontas soltas, que prometem um final épico e eletrizante para a saga. Mal posso esperar!Eu já estou aguardando ansiosamente por Mago: As Trevas de Sethanon.


Veja também:

junho 15, 2014

A Filha do Sangue por Anne Bishop


ISBN: 9788567296104
Editora: Saída de Emergência.
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 432
Classificação: Regular
Onde Comprar: Livraria Cultura, Submarino

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.







Sinopse: As Joias Negras - Livro 01
O Reino Distorcido se prepara para o cumprimento de uma antiga profecia: a chegada de uma nova Rainha, a Feiticeira que tem mais poder que o próprio Senhor do Inferno. Mas ela ainda é jovem, e por isso pode ser influenciada e corrompida. Quem a controlar terá domínio sobre o mundo. Três homens poderosos, inimigos viscerais - sabem disso. Saetan, Lucivar e Daemon logo percebem o poder que se esconde por trás dos olhos azuis daquela menina inocente. Assim começa um jogo cruel, de política e intriga, magia e traição, no qual as armas são o ódio e o amor. E cujo preço pode ser terrível e inimaginável.


Mesmo após ter lido várias opiniões não “muito positivas” de A Filha do Sangue, resolvi dar uma chance ao livro e conferir por mim mesma do que realmente se tratava a história, já que a sinopse é bastante interessante. Porém confesso a vocês que, ainda não sei ao certo como me sinto em relação ao que li.  Na verdade eu não sei nem como começar a escrever essa resenha, (...) mas vamos lá.

O Reino Distorcido é um lugar sombrio e subdividido em três pequenos reinos; Terreille, Inferno e Kaeleer.  Nele habita diversas raças diferentes, incluindo mestiços que vivem a margem da sociedade, em que os mais poderosos são os “Sangue”. São eles que possuem o poder máximo entre todas as criaturas, supremacia essa que depende da cor da joia do poder que esse ser usa, sendo a branca mais fraca e negra a mais poderosa.

Com uma hierarquia bem definida, para que todos saibam exatamente qual é o seu lugar, os Sangues são divididos em ”Machos de Sangue”, “Príncipes dos Senhores de Guerra”, “Fêmea de Sangue” e a “Rainha”. O resto da população é composta pelos plebeus. A base da sociedade do Reino Distorcido é matriarcal, ou seja, não importa o quão forte e poderoso seja o “macho”, a sua principal função é satisfazer todos os desejos da “fêmea”, mais precisamente a Rainha. 

Os Sangues servem as trevas e suas principais funções são de proteger e defender o reino, porém como o passar do tempo e por conta do poder das joias, eles se tornaram arrogantes e brutais. A atual rainha Dorothea controla tudo e a todos com punhos de ferro e é terrivelmente cruel com quem se coloca em seu caminho. Mas, há anos Reino Distorcido espera pelo cumprimento de uma profecia. Essa profecia diz que uma nova Rainha, a Feiticeira o ser mais poderoso de todos está a caminho. Só que quando essa feiticeira tão poderosa finalmente chega, ela é jovem e ingênua demais para entender quem ela é e qual o seu papel nessa sociedade. 

Para ajudar a pequena Jaenelle Angelline a desenvolver todo o seu poder foi pedido, a Saetan Daemon SaDiablo, o Senhor Supremo do Inferno para ser o tutor e protetor de Jaenelle. Porém ele não contava que sua protegida ia acabar despertando a atenção e o afeto em seus dois filhos, Daemon Sadi e Lucivar Yaslana. Agora esses três seres poderosos, passam a viver e a servir de alguma forma a “criança feiticeira”, em um relacionamento cheio de intrigas, amor e perversidade. Poderá a Jaenelle sobreviver a todos os obstáculos que o caminho lhe reserva, sem se deixar corromper também?

Se vocês estão achando a história toda um pouco confusa, não se sintam os únicos. Eu mesma demorei um pouco para entender com a história era estruturada (e acho que ainda não entendi lá muito bem).  A escrita da autora Anne Bishop é interessante, mas eu tive muita dificuldade de visualizar os lugares relatados e dar “forma” aos personagens, que infelizmente não conseguem ser carismáticos e assim como toda a história, também são um tanto confusos.

O Daemon que tinha tudo para ser um personagem marcante é apático e superficial. Tudo bem que ele coloca um pouco de ação na história, mas é perceptível que ele tem mais potencial como personagem do que mostrado nesse primeiro livro da série.  Só que do Daemon eu ainda consigo relevar algumas atitudes infantis, afinal ele é um “menino rebelde” usado e abusado pela Rainha e suas súditas.  Mas, o Saentan “todo poderoso” do Inferno, que deveria ser o personagem mais forte, mais decidido, tipo “o cara” da história, se comportar de uma forma tão submissa e dependente perante a uma criança, foi demais para mim. A Jaenelle fazia o que bem entendia com ele, e tudo bem (...). Não de verdade, não está tudo bem, e isso não da aceitar. E até mesmo a Jaenelle que deveria ser centro da narrativa não tem de fato uma participação “expressiva” na história, enquanto o Lucivar (...) bem é melhor deixar quieto.

É triste, mas confesso que nenhum dos personagens conseguiu me cativar. Eu tentei gostar deles, tentei entender eles, mas não deu e isso tornou a leitura um pouco lenta e cansativa em alguns momentos. Tipo, apesar de ser uma história muito bem escrita (até por que se não fosse eu não leria até o final), A Filha de Sangue é um livro muito pesado e tudo nele é muito obscuro, amarrado e cheio de detalhes desnecessários. Totalmente desnecessários, diga-se de passagem. A autora ainda tentou dar um toque de erotismo a trama, porém ela foi um tanto infeliz no modo como explorou isso, ao mesmo em meu ponto de vista. Pois, o que era para ser o “algo a mais” do enredo só tornou tudo ainda mais estranho, chocante e “bizarro”.

"Há algumas perguntas que não devem ser feitas até que uma pessoa tenha maturidade suficiente para apreciar as respostas".

Enfim, não consegui curtir a leitura tanto como eu gostaria, mas recomendo a leitura de A Filha do Sangue para quem gosta de fantasias mais adultas e que tenha um estômago forte. Sim, por que aqui você vai precisar.

fevereiro 15, 2014

Mago: Mestre por Raymond E. Feist

ISBN: 9788567296036
Editora: Saída de Emergência
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 432
Classificação: Ótimo
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.
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Sinopse: Saga do Mago - Livro 02.
A saga épica de Midkemia continua… Passaram-se três anos desde o terrível cerco a Crydee. Mago Mestre é recheado de aventura, emoção e ameaças tão antigas quanto o próprio tempo. Com o segundo volume de A Saga do Mago, Raymond E. Feist volta a provar que é um dos maiores nomes da literatura fantástica na atualidade.



Sempre tenho dificuldade em escrever uma resenha quando ainda estou muito empolgada com o livro. Normalmente espero a minha agitação passar um pouco, para que os meus sentimentos pessoais não sejam tão perceptíveis. Porém, não posso esperar nenhum segundo para compartilhar com vocês o quanto eu adorei essa obra prima literária. Sério leitores, -  é muito amor no coração desta blogueira por uma série só.

Ok! Admito que até o quarto capítulo pairou sobre minha cabeça a ameaça da tão conhecida e temida “maldição do segundo livro”. Mas, só foi o susto afinal esse segundo livro conseguiu ser ainda mais fantástico do que o anterior. Como isso foi possível? Não sei, só posso garantir a vocês que a narrativa do autor Raymond E. Feist me conquistou de vez.

Quem não quer correr o risco de ler spolier pulando agora para terceiro parágrafo.

Após três anos desde que a terrível guerra entre o Reino de Midkemia e os exércitos do Império dos tsuranis começou, muita coisa mudou na vida de Pug, Tomas e do príncipe Arutha. Pug o jovem aprendiz do mago Kulgan, agora é escravo do exército inimigo, seu melhor amigo Tomas defende o reino do Elvandar ao lado de elfos e anões, já o príncipe Arutha lida com as responsabilidades de governar Crydee no lugar de seu pai.  Mas, a guerra e suas consequências não são os únicos problemas que os três jovens terão que enfrentar.

Enquanto nenhum oponente sai vitorioso da guerra que não parece ter fim, Tomas luta para manter sua própria humanidade, pois ele nunca esteve tão próximo de se tornar tudo o que seu adorado povo élfico teme.  Em Kelewan, Pug sofre o mais perigoso e grandioso revés da vida, ao mesmo tempo em que Arutha enfrenta os planos traiçoeiros de alguns nobres de Midkemia. O futuro é incerto, porém um quarto personagem será fundamental no desenrolar do destino não apenas desses três jovens heróis, como também se mostrará peça chave no desfecho da guerra. Porém cuidado, pois nem tudo é o que parece.

Nesse segundo livro da Saga do Mago, fica evidente que para se criar uma boa história, o autor precisa antes de tudo construir personagens fortes e marcantes. Comparando ambos os livros da série, é visível o quanto os personagens amadureceram entre um livro e outro. Cada um enfrentando suas lutas e dramas particulares e vencendo obstáculos aparentemente intransponíveis, muitas vezes ficando face a face com a morte.  E mesmo seus feitos sendo grandiosos, todos possuem uma simplicidade, algo tão humano que os tornam cativantes e reais.

Confesso que fiquei um pouco com “raivinha” do Tomas, da mesma forma que fiquei realmente impressionada com o Pug e a Carline. Foram tantas perdas e tantos desencontros, mas os dois conseguiram manter a essência.  E o que falar do Arutha gente? Ele já tinha me encantado no primeiro livro, mas agora estou completamente apaixonada (). Tão corajoso, determinado, sem falar no humor negro e no sacarmos que fazem dele um personagem único.  Simplesmente meu príncipe encantado (). Na verdade os personagens são tão bem construídos que é impossível você não gostar até dos vilões, pois todos tem esse lado humano que eu mencionei no parágrafo acima.

Outro detalhe é que por mais que os fatos narrados aparentemente não tenham muita ligação entre si, no desfecho final da história cada peça se mostra importante e esses mesmos fatos se unem. Raymond E. Feist conseguiu dar repostas sem fechar o enredo, ao contrário ele deixou muitos outros mistérios para serem desvendados. É como se ele tivesse finalizado uma era na história e preparando o leitor para o começo de outra. São poucos autores que conseguem fazer isso e Raymond E. Feist conseguiu com maestria. Ok! Estou sendo muito fangirl assumo.

O Mago – Mestre é tão cheio de aventuras, reviravoltas, revelações (tudo bem que de uma eu já desconfiava) e surpresas que foi impossível largar o livro. Não apenas o reino de Midkemia é desbravado durante a leitura, como também a história e os costumes do povo tsurani são revelados, mostrando que de certa forma, eles não são tão maus quanto pareciam. Os relacionamentos também foram mais aprofundados e há tantos acontecimentos marcantes que admito que chorei em algumas partes.  Pois é, leitores eu até tento ser “coração gelado” e não me apegar aos personagens, mas não consigo. Vida (...).  Senti raiva, medo, tristeza, alegria, surpresa e tudo isso junto em diversos momentos enquanto lia o livro. Estão entendo do por que muito amor por um livro só?

“Trata-se de uma visão de algo tão nítido, tão genuíno que só pode ser loucura. Você vê o valor da vida e conhece o significado da morte.”

Sem mais palavras! Simplesmente P-E-R-F-E-I-TO! Querida Editora Saída de Emergência, não demore muito para lançar “Espinho de Prata”, eu realmente necessito muito dele ().




janeiro 25, 2014

Resenha - O Mago: Aprendiz por Raymond E. Feist.

ISBN: 9788567296005
Editora: Saída de Emergência
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 432
Classificação: Ótimo

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Sinopse: Saga do Mago - Livro 01.

Na fronteira do Reino das Ilhas existe uma vila tranquila chamada Crydee. É lá que vive Pug, um órfão franzino que sonha ser um guerreiro destemido ao serviço do rei. Mas a vida dá voltas e Pug acaba se tornando aprendiz do misterioso mago Kulgan. Nesse dia, o destino de dois mundos altera-se para sempre. Com sua coragem, Pug conquista um lugar na corte e no coração de uma princesa, mas subitamente a paz do reino é desfeita por misteriosos inimigos que devastam cidade após cidade. Ele, então, é arrastado para o conflito e, sem saber, inicia uma odisseia pelo desconhecido: terá de dominar os poderes inimagináveis de uma nova e estranha forma de magia… ou morrer. Mago é uma aventura sem igual, uma viagem por reinos distantes e ilhas misteriosas, onde conhecemos culturas exóticas, aprendemos a amar e descobrimos o verdadeiro valor da amizade. E, no fim, tudo será decidido na derradeira batalha entre as forças da Ordem e do Caos.

Desde que fique sabendo do lançamento da Saga do Mago no Brasil, fiquei ansiosa esperando a oportunidade de ler essa série que é considerada, um dos clássicos da literatura fantástica mundial. Embora, há principio eu tenha começado a minha ultima leitura do ano (2013) um tanto apreensiva por medo de me decepcionar, no decorrer de cada capítulo já foi ficando evidente que ali estava, mais uma saga que se tornaria uma das minhas favoritas. E dificilmente eu me engano quanto a isso.

Para o jovem e órfão Pug, a vida nunca se mostrou repleta de oportunidades. Criado pelos serviçais da cozinha do castelo do Duque de Crydee, o que Pug mais teme é o dia da Escolha, pois ele sabe que suas chances de se tornar um aprendiz são mínimas.  Mas, quanto Tomas seu melhor amigo é escolhido como aprendiz por Fannon o Mestre das Armas, deixando Pug sozinho sobre os olhares de pena de toda corte de Crydee, o mago do duque, Kulgan surpreende a todos revelando o seu desejo de ter o pequeno órfão como seu primeiro aprendiz.

Porém, as mudanças na vida de Pug estavam apenas começando.  Enquanto estuda para despertar e entender a sua magia, ele descobrirá a beleza do primeiro amor, o valor da amizade ao mesmo tempo em que a aproximação de povo misterioso, ameaça não só a sua recente segurança e felicidade adquirida, como também a vida de todos a quem ele ama e todo reino de Midkemia. Pug e Tomas estão prestes a enfrentar a maior aventura de suas vidas, mas será que a amizade de infância e o reino irão conseguir sobreviver a ela?

Talvez qualquer coisa que eu vá comentar a partir de agora, soe como empolgação de uma leitora que ficou muito fascinada pelo o que leu, mas não posso deixar de mencionar o quanto me encantei pela narrativa do autor Raymond E. Feist. Ok! Em alguns pontos, a história realmente me lembrou de outro mundo maravilhoso criado pelo “mestre” J.R.R Tolkien, mas o que me cativou na escrita do Raymond E. Feist foi à destreza como ele criou tudo.  Durante a leitura é praticamente impossível não de imaginar nos lugares presentes na narrativa.  Da mágica terra dos Elfos Elvandar, aos sombrios tuneis dos Anões, a perigosa Coração Verde e a exuberante Rillanon, tudo é descrito com uma riqueza de detalhes tão grande, que eu me senti literalmente dentro da história.

Mesmo Pug e Tomas sendo os protagonistas, os demais personagens são tão cativantes e outrora odiosos que fui me afeiçoando a cada um deles sem perceber. Até mesmo a mimada princesa Carline que no começo me dava nos nervos, no final conseguiu conquistar a minha admiração. E por falar em admiração, como não se apaixonar pelo príncipe Arutha? Mesmo com todo o seu humor “negro”(adoro), ele ao longo da história demonstra toda a sua coragem e bravura se tornando o meu personagem favorito (). Até parece injusto citar apenas alguns personagens quanto temos Martin do Arco, Padre Tully, o duque Borric, o mago Kulgan, Meecham e tantos outros incluindo, Fantus um dragonete super fofo que fazem com que a leitura de O Mago – Aprendiz seja tão envolvente e especial. 

A minha única “reclamação” é em relação às passagens de tempo na história. Tipo durante o desenvolvimento do enredo, eu como leitora não conseguia identificar as passagens dos anos na história. Parecia que tudo acontecia ao mesmo tempo, o que me deixava surpresa e confusa quando apareciam diálogos mencionando que já tinham se passado um ou dois anos, já que muitos capítulos ficam focados apenas em alguns personagens e em um determinado local. Eu ficava tipo assim: “Mas já passou tudo isso? O que aconteceu com fulano e ciclano?” E que final foi aquele?! Inesperado, confuso, surpreendente? Não sei de verdade, (...) só sei que não é justo me deixar tão curiosa assim para ler a continuação.

"- Há amores que chegam como a brisa do mar, enquanto outros crescem devagar das sementes da amizade e da bondade.”

Um enredo que mescla com maestria aventuras épicas, magia, grandes paixões e mais uma boa dose de surpresas pelo caminho, a Saga do Mago conquistará o coração de leitores de literatura fantástica, ao mesmo tempo em que deixará os não fãs curiosos para conhecer as belezas e os mistérios do reino de Midkemia. Recomendo!

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