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abril 17, 2014

O Sal da Vida por Françoise Héritier

ISBN: 9788565859158
Editora: Valentina
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 108
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.

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cortesia para resenha.








Sinopse: Existe uma forma de leveza e de graça no simples fato de existir, que vai além das ocupações, além dos sentimentos poderosos e dos engajamentos políticos. É sobre isso que este livro fala. Sobre esse pequeno plus que nos é dado a todos: “O Sal da Vida”. Nesta meditação, nesta espécie de poema em prosa em homenagem à vida, totalmente íntimo e sensorial, a renomada antropóloga Françoise Héritier vai atrás das pequenas coisas agradáveis (às vezes nem tanto) às quais aspira o mais profundo do nosso ser: as imagens e as emoções, os momentos marcados de recordações que dão sabor à vida, que a tornam mais rica e mais interessante do que muitas vezes acreditamos que ela seja, e que nada nem ninguém poderá nos tirar, nunca, jamais!

Como resenhar um livro em que o personagem principal pode ser qualquer pessoa, até mesmo eu ou um de vocês? Ou mesmo como analisar um enredo que na verdade é uma poesia sobre a vida? Pois é, leitores do My Dear Library essa que vós escreve está com um grande dilema em mãos (...), afinal nada é mais complexo e belo do que a vida.

O Sal da Vida, escrito por Françoise Héritier é mais uma lista de coisas que tornam os nossos dias mais especiais. Essa lista, ou Sal da Vida, como ela mesma chama serve com um leve "puxão de orelhas", pois nos faz perceber quanto tempo roubamos de nós mesmo. Não é um livro de autoajuda, não se preocupem, mas de uma forma muito sutil ele nos chama atenção para o que realmente nos faz, ou do que precisamos para ser feliz.

Por esse motivo essa resenha será um pouco diferente das que vocês estão acostumados a ler aqui no blog.  Pois me senti desafiada e encontrar o meu “Sal da Vida”, e é a minha conclusão que vocês vão conferir a seguir.

Amo todos os momentos que compartilho com a minha mãe, das simples refeições diárias aos passeios de finais de semana.  Adoro a sensação de voltar para casa, pois isso me dá segurança e amo mais ainda a sensação de que por mais difícil que o dia possa ter sido, no fim tudo acabou bem. Amo acordar às sete da manhã e lembrar que é sábado e voltar a dormir.

Odeio rotina, mas gosto de saber que a tenho para me guiar. Gosto de jogar conversa fora com meus amigos, mas também aprecio os momentos de silencio e solidão. Aprendi a lidar e respeitar as minhas próprias contradições, por mais que elas me deixem neurótica e paranoica na maior parte do tempo. Ainda não sei o que quero ser quando crescer, na verdade nem sei se quero crescer. Por isso deixei de me preocupar com decisões definitivas.

Gosto de passar o dia lendo e de me surpreender gostando de um filme que comecei a assistir sem querer. Amo descobrir uma música nova e ouvi-la repetidas vezes até enjoar.  Como também adoro ouvir de repente uma música antiga e lembrar com ela foi especial um dia. Adoro surpreender e ser surpreendida por quem amo.

Amo a sensação que perdi a noção do tempo fazendo algo que gosto. Brincando com o meu cachorro, andando na chuva, ou olhando as estrelas. E mesmo não gostando muito tomar sol, não deixou de achar reconfortante um lindo dia de céu azul. Porém, nada me dá mais a sensação de liberdade do que sentir o vento em meu rosto, e eu amo me sentir livre.

São esses pequenos e simples momentos que tornam meus dias mais leves e que realmente fazem a minha vida valer a pena.

"Eu quis ir atrás da força imperceptível que nos impulsiona e que nos define."

Um leitura que nos faz refletir sobre a importância dos pequenos detalhes em nossas vidas, e que nos deixa com um sorriso tímido ao lembrar que precisamos de na verdade de muito pouco para sermos felizes.

E vocês? O que faz a vida de vocês, valer a pena?

março 05, 2014

Almanova por Jodi Meadows


ISBN: 9788565859172
Editora: Valentina
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 288
Classificação: Bom
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cortesia para resenha.


Sinopse: Trilogia Incarnate - Livro 01.
Por milhares de anos, no Range, milhões de almas vêm reencarnando, num ciclo infinito, para preservar memórias e experiências de vidas passadas. Entretanto, quando Ana nasceu, outra alma simplesmente desapareceu... e ninguém sabe por quê. A própria mãe de Ana pensa que a filha é uma sem-alma, um aviso de que o pior está a caminho, por isso decidiu afastá-la da sociedade. Para fugir deste terrível isolamento e descobrir se ela mesma reencarnará, Ana viaja para a cidade de Heart, mas os cidadãos de lá temem sua presença. Então, quando dragões e sílfides resolvem atacar a cidade, a culpa deverá recair sobre...






Estou a uns bons minutos imaginando a melhor forma de começar a resenha desse livro. Não que eu não tenha gostado da história. Na verdade eu gostei bastante da premissa e da proposta da autora Jodi Meadows de explorar o gênero sobrenatural de uma forma diferente. Só que sinto que faltou alguma coisa, para que Almanova conseguisse me cativar e surpreender.

Existe um mistério em relação ao nascimento de Ana. Ao contrário de todos os habitantes de Range que a milhares de ano vem reencarnando ela é um ser novo, sem lembranças de uma vida passada ou esperanças de uma vida futura. Depois de dezoitos anos vivendo com a sua mãe Li e sendo humilhada por ela constantemente, Ana decide sair de casa em busca de respostas que expliquem o que deu errado em seu nascimento.  Mas, chegar à Heart vai se mostrar mais complicado do que Ana esperava. No meio do caminho ela é ataca por uma sílfide e por pouco não perde a sua vida. Com a ajuda de Sam, Ana sobrevive e juntos os dois partem para uma jornada que pode mudar suas vidas e dos habitantes de Heart de uma forma que eles nunca imaginaram ser possível.

Gosto muito de livros, filmes e séries que abordam a questão da reencarnação, por ela ser um tema que sempre me chamou a atenção. Por esse motivo, logo que soube do lançamento de Almanova fiquei bastante empolgada. Porém, infelizmente acho que fui com muita sede ao pote. Não posso deixar de mencionar que a autora Jodi Meadows foi ousada, ao mesclar um tema um tanto complexo e até contraditório com elementos e criaturas comumente presentes na literatura fantástica. Mas, essa mistura pelo menos em meu ponto vista deixou a narrativa um tanto confusa.

A protagonista da história, a Ana é uma personagem complexa cheia de dilemas e frustrações, o já deixa a narrativa por si só mais densa e com um ritmo mais devagar. A mistura de muitos elementos no enredo me deu a sensação que a autora não conseguiu explorar todo o potencial da personagem e nem da história. É tudo muito raso, sendo as explicações dadas ao final do livro não muito compatíveis com o que a trama prometia.

Outro ponto que achei um pouco desconexo foi à ambientação da história. Heart me lembrou de uma antiga cidade medieval, tanto pelos costumes de sua população com por ter as típicas celebrações em ocasiões especiais e reuniões em mercado. Porém, alguns objetos usados pelos personagens me pareceram um tanto modernos demais, o que acabou deixando algumas coisas um pouco fora de contexto, ao menos na minha visão. Não que isso tenha sido um fator negativo, mas contribuiu um pouco para que a história se tornasse um pouco mais “estranhas” em determinados momentos.

Os personagens são interessantes, pois todos possuem uma carga emocional muito grande e personalidades que se destacam ao longo na história. Confesso que não consegui me simpatizar muito com a Ana, por achar que às vezes ela complicava demais as coisas sem necessidade. O Sam foi o personagem que mais gostei, ele é bondoso e paciente do tipo de pessoa que todo mundo gosta de ter por perto. O romance entre os dois é bonitinho, mas não chega a ser encantador. Como mencionei no começo da resenha, no geral senti que faltou aquele “algo mais” na história.

Acredito que por ser o primeiro livro de uma série, que tem como intenção ser um sobrenatural diferente, Almanova funcionou bem com um livro introdutório, mas não vou negar que senti uma pequena decepção com o rumo que a história tomou. Resta-me esperar que Almanegra, o próximo volume da série Incarnate, traga toda a ação, aventura e romance que Almanova prometeu e não cumpriu, - infelizmente.

“O que é uma alma senão uma consciência que nasce e renasce?”

Para quem gosta de literatura sobrenatural, ou mesmo está em busca de algo diferente e original para ler, Almanova é uma ótima opção. Não foi o livro mais fantástico que li em minha vida, mas ainda espero boas surpresas da série Incarnate.

janeiro 29, 2014

Metamorfose? por Gail Carriger

ISBN: 9788565859165
Editora: Valentina
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 320
Classificação: Ótimo

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Sinopse: O Protetorado da Sombrinha – Livro 2

Alexia Maccon, a esposa do Conde de Woolsey, é arrancada do sono cedo demais, no meio da tarde, porque o marido, que deveria estar dormindo como qualquer lobisomem normal está aos berros. Dali a pouco, ele desaperece – deixando a cargo dela um regimento de soldados sobrenaturais acampados no jardim, vários fantasmas exorcizados e uma Rainha Vitória indignada. Mas Lady Maccon conta com sua fiel sombrinha, seus artigos da última moda e seu arsenal de respostas mordazes. Mesmo quando suas investigações a levam à Escócia, o cafundó do Judas onde abundam abomináveis coletes, ela está preparada e acaba provocando uma verdadeira reviravolta na dinâmica da alcateia, como só uma preternatural é capaz de fazer. Talvez até encontre tempo para procurar seu imprevisível marido. Mas apenas se... lhe der vontade.




Não é surpresa Metamorfose? ter sido uma dos livros mais esperados por mim ano passado. Afinal fui completamente conquistada pela escrita criativa e inusitada da autora Gail Garriger, no primeiro livro da série O Protetorado da Sombrinha, Alma?. Para minha imensa felicidade não apenas a narrativa manteve seu alto nível, como novos e divertidíssimos elementos foram inseridos na história, reforçando o status da série como uma das minhas favoritas.

Não contém spoilers do primeiro livro. Podem ler a resenha sem medo =D.

Alguma coisa estranha está acontecendo com os sobrenaturais na Londres vitoriana. Como por um passe de magia tantos os vampiros como os lobisomens estão se tornando mesmo que seja por alguns minutos mortais novamente. Se não bastasse isso, fantasmas também estão sendo exorcizados e quem tem poder para fazer esse tipo de coisa, é ninguém nada menos do que a preternatural Lady Maccon. Porém, ela é a única de sua espécie viva em toda a Inglaterra e obviamente ela não faria isso. Será que há outro preternatural, até então desconhecido causando o caos na terra da rainha? Enquanto Alexia começa a investigar a origem desse mistério, algo mais misterioso acontece fazendo com que seu marido o Conde de Woolsey parta sem nenhum aviso para a Escócia.

Agora Alexia, se vê em meio a um assunto de interesse máximo tanto seu como da coroa e tendo que lidar com um regimento inteiro de lobisomens acampados em seu jardim.  Para “fugir” um pouco desse caos domestico e encontrar pistas sobre o que anda afetando os sobrenaturais, Alexia parte para Escócia acompanhada da sua melhor amiga Srta Ivy, de sua irmã não tão querida assim Felicity, do fiel Tunstell e claro, - da sua inseparável sombrinha. Mas, a viagem até a Escócia irá se mostrar muito mais perigosa para Alexia do que ela previra afinal Madame Lefoux, a excêntrica inventora francesa também está abordo do dirigível e ainda não ficou muito claro de que lado ela está.

O que mais me prende na narrativa da Gail Garriger, é o fato dela não ser nem um pouco óbvia. Durante o desenvolvimento da trama você pode até ter uma pequena noção da direção que a história vai tomar, porém isso não é garantia que todas as suas primeiras impressões estão certas. A forma como a autora mescla vários elementos dando a narrativa um toque de comédia, suspense e romance faz como que a leitura seja  completamente viciante. Até mesmo a maneira como ela descreve cada ambiente, ou momento consegue não apenas me transportar para história, mas realmente ter aquela sensação que também faço parte dela.

O que mais me chamou atenção em Metamorfose? é que a partir desse segundo livro, começamos a desvendar uma pouco do passado do rabugento, porém adorável Lorde Maccon e a conhecer melhor as origens de Alexia. Outro ponto positivo é que embora a história continue focada nos protagonistas, os personagens secundários conseguem roubar a cena, garantindo à narrativa, momentos cheios de “dramas” divertidíssimos.  A minha única “queixa” é que os meus dois personagens favoritos da série o Lorde Alkedama e o Professor Lyall não apareceram muito nesse segundo livro, mas nem tudo é perfeito não é mesmo (...).

E por falar em pontos não tão positivos assim, eu novamente achei o final muito repentino e confesso que fiquei bastante irritada com a atitude do Lorde Maccon. Espero que a Alexia ... Ops! Quase dei um spoiler agora.  Porém, ao contrário de Alma? Que tinha terminado bem fechadinho não dando tanta margem assim para uma continuação, Metamorfose? deixou várias perguntas sem respostas e uma leitora aqui ansiosíssima para ter todas elas. A boa notícia é que Editora Valentina confirmou o lançamento dos últimos livros da série (fazendo dancinha feliz). E eu espero que seja o mais rápido, pois já roendo as unhas de tanta curiosidade.

“- Odeio quando você tem razão (...)beijou-o com suavidade. – Eu sei. Mas eu sou muito boa nisso.”

Divertido, romântico, dramático e envolvente, Metamorfose? reforça o imenso talento da autora Gail Carriger de escrever uma grande história. Se você ainda não começou a ler a série o Protetorado da Sombrinha, não sabe o que está perdendo.

novembro 03, 2013

Passarinha por Kathryn Erskine



ISBN: 9788565859134
Editora: Valentina
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 224
Classificação:
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Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva,  - Compare os Preços.

Sinopse: No mundo de Caitlin tudo é preto ou branco. As coisas são boas ou más. Qualquer coisa no meio do caminho é confuso. Essa é a máxima que o irmão mais velho de Caitlin sempre repetiu. Mas agora Devon está morto e o pai não está ajudando em nada. Caitlin quer acabar com isso, mas como uma menina de onze anos de idade, com síndrome de Asperger ela não sabe como. Quando ela lê a definição de encerramento ela percebe que é o que ela precisa. Em sua busca por ele, Caitlin descobre que nem tudo é preto ou branco, o mundo está cheio de cores, confuso e bonito.





Depois que li A Culpa é das Estrelas, pensei que jamais um livro ia conseguir me deixar completamente arrasada como ele me deixou. Porém, para minha grande surpresa Passarinha chegou em minhas mãos aparentando ser uma obra tão simples, mas que ao final destruiu meu coração.  Por esse motivo, antes mesmo de começar a resenha de fato eu peço desculpas caso ela pareça um pouco incoerente. Realmente estou ainda muito emocionada com a história, então (...).

Após a morte trágica de seu irmão mais velho Devon, Caitlin não tem mais quem a ensine a entender o sentido das coisas.  Totalmente perdida, ela encontra no apoio da Sra. Brook, a terapeuta da escola uma forma de aprender aquilo que Devon, já não pode mais ensiná-la. Seu pai está tão perdido quanto ela e ainda não dá indícios que vai superar a perda, mas após ler a definição de desfecho, Caitlin acredita que apenas através dele que ela vai conseguir fazer seu pai sorrir novamente. 

“Como é que chegamos à vivência da conclusão emocional de uma situação de vida difícil?” Vocês já se fizeram essa pergunta? Confesso que até ler Passarinha, eu nunca tinha parado para pensar na forma como eu lido com a dor. Acho que em muitos pontos sou parecida com a Caitlin, por preferir as coisas em preto e branco, por que às vezes o excesso das cores me atrapalha um pouco. Só que o grande problema é que ao contrário dela eu não faço isso por que tenho a sensibilidade de uma criança e sim por que sou egoísta e muitas vezes ignorar os fatos e fingir indiferença é mais fácil.

A narrativa da autora Kathryn Erskine, nos apresenta a história pela perspectiva inocente da Caitlin, o que me fez olhar para vários aspectos da minha vida de uma maneira diferente. O fato de Caitlin ter que aprender todos os dias como se relacionar como o “mundo real”, entender como toda essa loucura funciona e, em especial saber como ela se encaixa em tudo isso, foi uma verdadeira lição de vida que sinceramente eu não estava emocionalmente preparada para receber.

Se não bastasse todo esse contexto que foi me cativando no decorrer da história, a autora ainda colocou um personagem que simplesmente roubou meu coração. Foi justamente por causa do Michael que meu coração se partiu no final. E já que ele estava partido, vocês podem imaginar a choradeira que foi e está sendo até agora por causa desse livro (...). O mais engraçado é que eu realmente não estava esperando ficar tão desolada com Passarinha com estou.

A história é tão simples, que por mais que tenha como plano de fundo uma tragédia em momento algum eu imaginei que ia sentir o baque que senti. Conforme as últimas páginas do livro foram chegando fui sentido um aperto no meu coração, e aquilo foi doendo tanto em mim que quando meu dei conta eu estava aos prantos. Tipo, não foi aquele choro de emoção que eu às vezes sinto quando termino um livro. Fiquei literalmente aos prantos, por que tive a sensação que se não colocasse o que quer que estivesse me incomodando no momento para fora, eu iria sufocar.

Agora nesse momento  enquanto escrevo essa resenha eu estou aos prantos novamente, por que sei que por mais que eu tente não vou conseguir descrever em palavras a beleza da história de Caitlin. Ela me ensinou tanto em apenas duzentas e vinte quatro páginas, que acredito que a única forma de agradecer a ela é tentar enxergar mais cores na vida, como ela mesma fez.

“A vida é especial. Quer dizer... que não sou só eu que sou especial? Tudo na vida é? Isso mesmo.”

Passarinha não é um simples livro, e sim uma joia pequenina e delicada em que o lugar mais seguro para guardá-la é em nosso coração. Prepare os lencinhos, por que você vai precisar. Maravilhoso!






Notas:
1- Passarinha foi escrito após a Kathryn Erskine ficar comovida com o massacre de trinta e três pessoas na Viginia Tech University, em 16 de abril de 2007. Apesar de não estar diretamente com o que aconteceu, a tragédia levou a autora a refletir sobre o impacto que esse tipo de evento tem na vida das pessoas.

2-Síndrome de Asperger é um tipo de autismo a qual confere à pessoa portadora a dificuldade de interação social, dificuldade em processar e expressar emoções, interpretação muito literal da linguagem, entre outras características.

setembro 21, 2013

Fale! por Laurie Halse Anderson



ISBN: 9788565859073
Editora: Valentina
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 248
Classificação: Muito Bom.
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Sinopse: “Fale sobre você... Queremos saber o que tem a dizer.” Desde o primeiro momento, quando começou a estudar no colégio Merryweather, Melinda sabia que isso não passava de uma mentira deslavada, uma típica farsa encenada para os calouros. Os poucos amigos que tinha, ela perdeu ou vai perder, acabou isolada e jogada para escanteio. O que não é de admirar, afinal, a garota ligou para a polícia, destruiu a tradicional festinha que os veteranos promovem para comemorar a chegada das férias e, de quebra, mandou vários colegas para a cadeia (...).



Fale! é um livro denso e bastante profundo em especial para quem já sofreu ou sofre algum tipo de bullying. A forma delicada e tão realista com que a autora escreveu a história faz com que ela seja sufocante e ao mesmo tempo inesquecível. Fale! Não é apenas mais uma história, e sim a história que fará com que você repense a forma com trata e julga as pessoas.

Desde a festa no ultimo verão, Melinda sente-se devastada.  Ela mudou muito e aparentemente ninguém percebeu ou ao menos tentou entender o motivo dessa mudança. Para seus colegas de colégio, ela é apenas a menina que chamou a policia e acabou com a festa. Para seus pais e professores, ela é apenas mais uma adolescente complicada tentando chamar atenção.  Atormentada e completamente sozinha, ela passará por um ano difícil e aprenderá que por mais que doa, muitas vezes precisamos passar por cima de nossos medos e de nossa vergonha e simplesmente, - falar.

Em muitos momentos durante a leitura fui tomada por um sentimento de angústia enorme. Eu não conseguia imaginar como todos em volta de Melinda não viam que ela tinha problemas e pior, que ela estava sofrendo. É inacreditável a ignorância dos pais dela a respeito de sua única filha. Eu me perguntava: “Como vocês não conseguem enxergar o óbvio? Pelo amor de Deus!“ Estava tão claro que ela não estava bem que chegava a ser desesperador ver ela dia após dia tentado se destruir, se isolando cada vez mais por que se sentia culpada. Culpada de algo em que ela foi a maior e única vitima.

Tudo bem que talvez para uma pessoa “de fora” a visão sobre um problema seja mais nítida do que para quem está passando por ela. Porém fatos que ocorreram durante a narrativa me fazem crer que de certa forma todos sabiam que alguma coisa estava errada, mas estavam mais preocupados com as notas de Melinda que a cada boletim decaiam mais, do que tentar ajudá-la realmente. E o que me deixa mais triste, é saber que na vida real as coisas também são assim. Infelizmente (...).

Outro ponto que fez eu me envolver emocionalmente com a história, foi à maneira com a narrativa fluiu. A autora Laurie Halse Anderson não quis de forma alguma escrever uma história “fofinha e perfeitinha”. Ela quis mostrar uma realidade triste, sombria e profundamente perturbada de uma adolescente com sérios problemas emocionais. A maneira como a autora desenvolveu o enredo conseguiu ser tão envolvente, que parecia que era eu que estava passando por todo aquele drama. Foi uma leitura tensa, muito tensa.

Fale! é dramático, comovente, pesado e ao mesmo tempo  ele é uma leitura tão rápida e surpreendente que ao final eu fiquei com aquele gostinho de quero mais. Confesso que ao terminar a leitura eu fiquei um pouco triste, deprimida, aliviada (...) sei lá, não consigo encontrar a palavra certa que defini como me senti e ainda sinto ao ler o ultimo pensamento de Melinda. Pelo visto a autora Laurie Halse Anderson me deixou sem palavras (...). Como ela conseguiu isso?

“As lágrimas derretem o último bloco de gelo entalado na minha garganta. Sinto o silêncio frio se derretendo na minha alma, gotejando fragmentos de gelo que se dissipam numa poça repleta de raios de sol no chão manchado.  As palavras vem  à tona.”

Não espere por uma história bonita típica de contos de fadas, mas sim uma história marcante que fará você refletir e se emocionar. Leiam por que vale muito a pena!

Fale! foi lançando a dez anos e teve sua história adaptada para o cinema (O Silencio de Melinda  - 2004), com a atriz Kristen Stewart como protagonista.

agosto 10, 2013

Alma? por Gail Carriger

10 de agosto de 2013.

• ISBN: 9788565859042
Editora: Valentina
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 308
Classificação: Ótimo
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Sinopse: Protetorado da Sombrinha (Livro 01)

Alexia Taraobtti enfrenta uma série de atribulações sociais, quiproquós e saias justas (embora compridíssimas) em plena sociedade vitoriana. Em primeiro lugar, ela não tem alma. Em segundo, é solteirona e filha de italiano. Em terceiro, acaba sendo atacada sem a menor educação por um vampiro, o que foge a todas as regras de etiqueta. E agora? Pelo visto, tudo vai de mal a pior, pois a srta. Tarabotti mata sem querer o vampiro ― ocasião em que a Rainha Vitória envia o assustador Lorde Maccon (temperamental, bagunceiro, lindo de morrer e lobisomem) para investigar o ocorrido. Com vampiros inesperados aparecendo e os esperados desaparecendo, todos parecem achar que a srta. Tarabotti é a responsável. Será que ela conseguirá descobrir o que realmente está acontecendo na alta sociedade londrina? Será que seu dom de sem alma para anular poderes sobrenaturais acabará se revelando útil ou apenas constrangedor? No fim das contas, quem é o verdadeiro inimigo, e... será que vai ter torta de melado?

Sabe aquela história que começa meio “sem pé em sem cabeça”, mas que no decorrer de cada capítulo ser torna impossível de parar de ler?  Pois, Alma? da autora Gail Carriger segue bem essa fórmula. A capa e a sinopse entregam um pouco a história que o livro aborda, porém se só de olhar ambos aquela pontinha de curiosidade aparece, eu garanto a vocês que durante a leitura ela só aumenta.

Alexia Tarabotti está longe de ser o que se espera de uma dama do século XIX. Fora o seu jeito nada delicado e gracioso de ser, Srta. Tarabotti não possuiu alma o que faz dela uma pernatural, - nem humana e nem sobrenatural.  Tal “qualidade” bastante incomum, principalmente em uma sociedade dividida entre os seres humanos e os seres sobrenaturais. Imagine você vivendo na Inglaterra em pleno reinado da rainha Vitória e correndo o risco de encontrar vampiros, lobisomens e até fantasmas nos bailes de gala da alta sociedade londrina? Pois é nesse mundo que embarcamos com a Srta. Tarabotti, e por mais incrível, confuso e assustador que tudo isso possa parecer, quem realmente devemos temer aqui não são as criaturas da noite.

Alma? possui uma mescla ótima de vários elementos e estilos de literatura, que além de se casarem muito bem entre si, conta com personagens maravilhosamente construídos. Acho que fazia um bom tempo que não lia um livro e não me identificava tanto com uma protagonista, como eu me identifiquei com a Alexia. Tudo bem que a primeira vista ela pode ser completamente doida, pavio curto, sarcástica e até um pouquinho “sem noção”. Porém é justamente esse jeito meio “estabanado” dela, que a torna uma personagem mais humana mesmo ela própria estando um pouco longe de ser “humana”, por assim dizer.

Tipo, ela foge do padrão de mocinhas atuais que são ou muito perfeitas, ou extremamente sem graça. Alexia é comum, - de um jeito único é claro, mas comum. O mesmo ocorre com o protagonista da história, o irresistível lobisomem Lorde Macon. Ele possui um carisma e uma personalidade tão marcante, mas sem ser o tal príncipe encantado ou o bad boy que precisa de “colo”. Ele é ranzinza, mandão e completamente estressado, só que essas características que normalmente o tornariam um personagem chato fazem dele engraçado e encantador. Além disso, o relacionamento bem no estilo “cão e gato” dele e da Alexia deixa toda a atmosfera do livro divertidíssima e ao mesmo tempo romântica e sexy.

Outro personagem que merece destaque é o auxiliar de Lorde Macon, o também lobisomem professor Randolph Lyall.  Lyall é mais reservado e até mais “sensato” do que seu alfa, embora ele não tenha o mesmo carisma que o seu chefe, ele cativa o leitor por conta do seu raciocínio rápido, como pela sua sutil ironia, o que dá a narrativa um toque a mais de comédia.   Um personagem que me cativou bastante e se tornou um dos meus personagens favoritos é Lorde Akeldama. Ele é um vampiro tão cheio de excentricidades que foi praticamente impossível eu não gostar dele “a primeira vista”. Ok! Quanto mais excêntrico e “estranho” for o personagem mais eu gosto, mas algo no Akeldama faz dele um personagem tão querido, que confesso que realmente me apeguei e sofri em alguns momentos com ele.

Mesmo os personagens secundários (os humanos), a família fútil de Alexia, sua amiga melhor amiga Yvi e o mordomo Floote conseguem de uma maneira mais discreta e pequena se destacar na narrativa. O que deixa bem claro que Gail Carriger sabe trabalhar muito bem um enredo com vários personagens. Outra característica que gostei muito na escrita da autora foi que ela conseguiu balancear bem o romance, a aventura e a comédia durante a narrativa, de forma que em momento algum a leitura se tornou monótona.

Esse mundo paralelo criado por Gail Carriger é tão fantasioso e surreal, e ao mesmo tempo muito próximo a nossa realidade de hoje. A meu ver a autora soube de uma forma muito delicada fazer uma leve critica aos valores que temos hoje já que, ambos os protagonistas estão longe de ser o estereótipo perfeito tanto da sociedade daquela época como a de hoje também. Tanto a ambientação da história e como a riqueza de detalhes do período histórico em que ela se passa presentes na narrativa tornam o livro leve e super agradável. É aquele típico livro que você fica tão envolvido com a história que só se da conta de como se envolveu com a leitura quando ele “repentinamente” acaba.

Bem, a única coisa que acho que deixou um pouco a desejar, foi esse final repentino. Talvez se ele tivesse umas duas ou três páginas a mais, eu não ficaria com a sensação que o livro acabou do nada. Assim, pela forma como a história foi se desenvolvendo eu estava esperando um final mais marcante e que deixasse aquele gancho para o segundo livro da série. Porém ele terminou tão fechadinho que estou bastante curiosa para saber como, e de que ponto a autora vai continuar a história.

“Tenho gastado muito tempo e energia,desde que nos conhecemos, tentando não gostar de você – admitiu ele, por fim. Mas não respondeu à pergunta da Srta. Tarabotti.”

Alma? é o tipo de leitura que agrada os fãs de vários gêneros literários. Divertido, romântico e cheio de aventura, ele conquista o leitor logo no primeiro capítulo.  Garanto que você nunca mais verá a época vitoriana com os mesmos olhos.




julho 02, 2013

Parceria com a Editora Valentina




Olá leitores!

Hoje trago uma super novidade para vocês. A Editora Valentina é a mais nova parceria do My Dear Library!

Quero agradecer a todos vocês que acompanham e participam do blog! Se coisas boas acontecem, é graças ao apoio que recebo de vocês nesses três anos.

MUITO OBRIGADA seus lindus ♥.

Agora que tal conhecermos melhor a nova parceria do blog?


Sobre:
A busca por livros inesquecíveis e entretenimento de alta qualidade nos leva a prazerosamente garimpar pelo mundo, todos os dias, o melhor da literatura de entretenimento, sem preconceitos.

E, para não ficar ninguém de fora, procuramos um mundo de temas: urban fantasy, distopia, paranormal, romances femininos, thriller, chick-lit, pets, religiosidade, biografia, bem-estar, steampunk... Sem esquecer, logicamente, os nossos xodós: romances que abordam a juventude contemporânea e ganham vida fora do livro - muitas vezes vão parar nas salas de aulas – com discussões fundamentais sobre os adolescentes, seus sonhos, seus medos, seus dramas e, principalmente, suas paixões.

É verdade, já deu para perceber, que a gente ama de paixão a literatura juvenil, mas nosso catálogo é eclético e moderno: tem diversão e cultura para quem está começando, aos seis anos de idade, e também para quem já passou dos 100.

Ah! E tem para quem quer chegar lá, certo? Tem tudo que, de alguma forma, faz da leitura um momento único e insubstituível. Au-au, rrrrr, au-au-au, ou melhor, muito prazer, somos a VALENTINA.

Títulos Publicados:
mais informações: Site | Facebook | Twitter.

Gostaram da novidade?

Beijos e até o próximo post!

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