| Arquivado em: Resenhas.
• Editora: Seguinte
• Ano de Lançamento: 2015
• Número de páginas: 200
Sinopse: Com Patricia McCormick.
Malala Yousafzai tinha apenas dez anos quando o Talibã tomou conta do vale do Swat, onde ela vivia com os pais e os irmãos. A partir desse dia, a música virou crime; as mulheres estavam proibidas de frequentar o mercado; as meninas não deveriam ir à escola. Criada em uma região pacífica do Paquistão totalmente transformada pelo terrorismo, Malala foi ensinada a defender aquilo em que acreditava. Assim, ela lutou com todas as forças por seu direito à educação. E, em 9 de outubro de 2012, quase perdeu a vida por isso: foi atingida por um tiro na cabeça quando voltava de ônibus da escola. Poucos acreditaram que ela sobreviveria. Hoje Malala é um grande exemplo, no mundo todo, do poder do protesto pacífico, e é a pessoa mais jovem e a receber o Prêmio Nobel da Paz.
Dia 11 de setembro de 2001, eu só teria as duas primeiras aulas e logo após a homenagem para o Dia do Diretor os alunos seriam dispensados. Resolvi ficar em casa nesse dia e feliz da vida, liguei a TV para assistir Sakura Card Captors, mas o que vi não foi o meu anime favorito, e sim o começo de uma tragédia que mudaria a história da humanidade para sempre. Dia 11 de setembro foi o dia em que o mundo conheceu o poder assustador do terrorismo.
É impossível escrever uma resenha “comum” desse livro, por que a história de Malala Yousafzai não é comum. Cresci ouvindo, que “a educação tem o poder de transformar o mundo” e ainda acredito que, o conhecimento abre portas que a ignorância mantém fechadas e que somente através da educação vamos construir um país e um mundo melhor. Malala também acredita nisso e quase pagou com a própria vida por não se calar diante do terror.
Eu sou Malala não é apenas a história de uma jovem que resolveu defender seus ideais e o direito das meninas de seu país a educação. Mas, um relato de como a vida de uma pessoa e de um lugar foram transformadas pelo terrorismo. E mesmo já tendo lido vários livros em as histórias se passam numa época de conflitos, sempre fico assustada com o fato de perceber o quanto o ser humano pode ser cruel com o seu próximo.
Durante a leitura em vários momentos agradeci a Deus por viver em um país livre e de certa forma “pacifico”. Claro que como o próprio Paquistão e muitos outros países temos problemas de desigualdade social e uma política não muito honesta. Porém ainda sim, somos livres para protestar contra tudo isso. Somos livres para nos vestir como bem entendemos e podemos ouvir a música que queremos e assistir a qualquer “bobeira” que achamos interessante na TV. Fiquei imaginando como seria se do dia para noite tudo isso mudasse dando lugar ao medo (...).
Falar sobre a Malala é como falar de uma super heroína, com a enorme diferença que ela é real e um verdadeiro exemplo de coragem, para qualquer pessoa independente de sua idade. É impossível você ler Eu Sou Malala e não sair modificado de alguma forma após a leitura. Conhecer a sua história, não apenas me fez dar mais valor para tudo o que tenho, mas fortaleceu a minha crença que nós somos parte das mudanças que queremos ver no mundo. E que mesmo que ninguém nos ouça nunca devemos nos calar.
Malala não merecia passar pelo que passou, apenas por defender o seu direito e de outras meninas a educação. Na verdade quando penso nas milhares de crianças que hoje vivem nos campos de refugidos na Síria e em outras regiões de conflitos rezo para que existam mais Malalas pelo mundo. Rezo para que um dia possamos viver em um mundo em que as diferenças não sejam fonte de discórdia entre os povos. Rezo para que um dia consigamos alcançar a tão sonhada paz mundial.
“(...) Sou a mesma Malala. Minhas ambições são as mesmas. Minhas esperanças são as mesmas. Meus sonhos são os mesmos. Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo.”
Eu sou Malala é aquele tipo de história que enche o nosso coração de esperança, mesmo nos dias mais “sombrios”. Por que histórias com a de Malala são aquele choque de realidade que muitas vezes precisamos. Para sairmos de nossa zona de conforto e começar um trabalho de “formiguinha” para construirmos um mundo melhor. Nós podemos fazer isso, basta termos fé!