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fevereiro 12, 2014

Simplesmente Ana por Marina Carvalho


ISBN: 9788581631554
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 304
Classificação: Regular

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.


Sinopse: Imagine que você descobre que seu pai é um rei. Isso mesmo, um rei de verdade em um país no sudeste da Europa. E o rei quer levá-la com ele para assumir seu verdadeiro lugar de herdeira e futura rainha… Foi o que aconteceu com Ana. Pega de surpresa pela informação de sua origem real, Ana agora vai ter que decidir entre ficar no Brasil ou mudar-se para Krósvia e viver em um país distante tendo como companhia somente o pai, os criados e o insuportável Alex. Mudar-se para Krósvia pode ser tentador — deve ser ótimo viver em um lugar como aquele e, quem sabe, vir a tornar-se rainha —, mas ela sabe que não pode contar com o pai o tempo todo, afinal ele é um rei bastante ocupado. E sabe também que Alex, o rapaz que é praticamente seu tutor em Krósvia, não fará nenhuma gentileza para que ela se sinta melhor naquele país estrangeiro. A não ser… A não ser que Alex não seja esta pessoa tão irascível e que príncipes encantados existam. Simplesmente Ana é assim: um livro divertido, capaz de nos fazer sonhar, mas que — ao mesmo tempo — nos lembra das provas que temos que passar para chegar à vida adulta.



Sabe aquela sensação estranha quando você percebe que “todo mundo” amou um livro e você não amou ele tanto assim? Pois, estou passando por esse dilema nesse exato momento. Desde que Simplesmente Ana foi lançando eu estava bastante curiosa para conhecer a história, já que após ler a sua sinopse automaticamente me recordei dos livros da série  que adoro, O Diário da Princesa da autora Meg Cabot. Porém, não sei se o fato de que em nenhum momento eu consegui me identificar ou ao mesmo simpatizar com a protagonista, mas infelizmente não me encantei com absolutamente nada durante a leitura. Algo que me deixa realmente bem triste.

Como vocês já devem ter lido inúmeras resenhas desse livro, eu vou fazer uma resenha um pouco diferente pontuando o que não me agradou tanto na história. Quem sabe assim vocês possam me perdoar por esse excesso de “chatice literária”, por que de verdade eu tentei gostar mais do livro, (...) só que não deu.

Bem, o principal motivo que levou a protagonista Ana Carina a “largar” sua família, amigos, a faculdade de Direito, o estágio e um “pseudo” namorado aqui no Brasil para viajar com o seu recém-descoberto pai e rei Andrej para a Krósvia, era para que eles se conhecessem melhor ao mesmo tempo em que ela conhecia e aprendia um pouco sobre a história e a cultura do local. Ok! Até aqui tudo normal, só que durante a história em si o rei Andrej nem aparece. Sim ele é “citado”, mas na verdade a participação dele em todo desenvolvimento da trama é tão pequena que em meu ponto de vista, essa justificativa perdeu completamente o sentido.

Outro detalhe é que pela descrição e pronuncia de alguns nomes eu posso deduzir que a Krósvia é um país de língua eslava, o que claro não é nenhum problema. Porém a partir do momento em que todos os personagens na história são super fluentes em inglês, (por que obviamente a Ana não entende nada em krosviano) inclusive crianças pequenas e o cabeleireiro mais badalado do país não. Isso sim é um problema, e dos grandes. Desculpem-me se isso parece o cúmulo da chatice, mas não me entra na cabeça o fato de 99,9% da população ser fluente em um idioma e o cabeleireiro que deve estar acostumando a receber pessoas ilustres em seu salão não.  Não tem coerência. Tem? Bem (...).

Porém até consegui relevar esses “pequenos detalhes”, mas a protagonista é algo que realmente eu não consegui relevar, e olha que eu tentei. Tipo por mais que a autora tentasse passar uma imagem dela como uma pessoa madura, desprendida e tudo mais, a forma como ela agia na história demonstrava algo totalmente ao contrário. Para uma pessoa que não se importava com o dinheiro do pai e que fazia tanta questão de reforçar que não era uma pessoa consumista, ela não excitou em nenhum momento em gastar o dinheiro do pai com roupas e sapatos de grife, chegando a ser exasperante às vezes em que a personagem cita as benditas lingeries da Victoria Secrets na história.  Sério é irritante.

As constantes citações das lingeries só não chegaram a ser mais irritante do que a paixão platônica dela pelo enteado do rei, o Alex. O romance entre eles é tão superficial que em momento algum conseguiu me cativar. Sem falar que achei bem desnecessário o apelido “nome de cachorro”, para a namorada do Alex na história, a Laika. Se isso foi uma tentativa de deixar a história engraçada, a meu ver infelizmente não funcionou muito bem. Até mesmo o Alex, apesar de ser lindo, maravilhoso, enigmático e todo o blá,blá, blá de sempre não mostrou de fato para o que vinha da história, sendo tão apagado como o rei Andrej.

Talvez o maior problema é que eu não tenha mais “idade” para ler esse tipo de  livro. Mas de verdade acredito que se a autora Marina Carvalho tivesse focado mais na relação de pai e filha, explorado mais na narrativa os costumes e tradições do país, e principalmente escrito o livro em uma linguagem mais “formal”, sem tantas divagações da protagonista eu teria gostado mais da história. Que a autora tem talento isso eu não tenho dúvidas, porém a maneira com Simplesmente Ana foi estruturado e desenvolvido não me encantou.

“Falar de saudade era tão ruim quanto sentir. Mas pior ainda era sentir saudade de alguém que provavelmente não retribuiria esse sentimento.”

Bem leitores minha dica é: Leiam o livro sim! Dessa forma vocês vão conseguir tirar suas próprias conclusões e quem sabe ao contrário dessa que vos escreve se encantar com a história.

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