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abril 08, 2018

SoSeLit #4 – Como me tornei uma chata literária

| Arquivado em: CAFÉ LITERÁRIO.

Uma coisa é fato, quanto mais você lê mais crítica (o) e exigente você fica em relação as suas leituras. E pensando nisso o tema proposto para o SoSeLit desse mês é: O que mudou no meu gosto literário depois do blog.

imagem: Shutterstock
Confesso que em questão de gosto propriamente dito, pouca coisa mudou. Continuo dando preferência por fantasias e romances gracinhas, porém hoje alguns autores que antigamente eram os meus favoritos acabaram passando o bastão outros autores que fui conhecendo ao longo dos últimos anos. Um exemplo, é a Nora Roberts que lá no começo dos anos 2000 era a minha autora de romances favoritas, mas que recentemente as obras recentes que li dela, não me encantaram tanto assim.

Outra autora que hoje em dia os livros não chamam mais tanto a minha atenção é a Meg Cabot. Li e reli muito os livros da autora na minha adolescência, porém hoje por mais que a narrativa seja fluida, sinto que estou “velha demais” para as histórias que a autora escreve, e isso atrapalhou bastante o meu envolvimento com as últimas obras que li dela.

Além disso, admito que antigamente eu amava livros como, Entrevista com o Vampiro e qualquer história em que os vampiros fossem protagonistas. Porém, não sei se a série Crepúsculo realmente me traumatizou, ou se foi o estilo que ao menos para essa leitora aqui “perdeu a graça”, ao ponto de fazer anos que não leio nada com essa temática. Tudo bem que nos livros da Cassandra Clare, os vampiros são criaturas presentes, mas eles não são o foco das histórias, até por que se não fosse por isso com certeza eu já teria desistido de ler os livros.

Admito que me tornei meio chata em relação as minhas leituras de uns tempos para cá, e que sim, - tenho um "pré-conceito" com livros da modinha. Alguns se mostram justificáveis outros acabo mordendo a língua, mas o que fica muito claro quando comparo as minhas leituras de três ou mais anos atrás com as de agora, é que está ficando cada vez mais “difícil” encontrar aquele livro “perfeito”.

Acho que um pouco dessa mudança é normal, afinal vou fazer trinta e três anos e por mais que algumas histórias infantojuvenis ou young adult sejam interessantes, não sou o público-alvo dos autores que escrevem esses tipos de obras.  Outro ponto é que a minha percepção em relação ao mundo também acabou evoluindo no decorrer dos anos, e com isso muitos livros que li no passado e foram maravilhosos, hoje não são tão maravilhosos assim.

Como leitora sei que preciso sair um pouco da minha zona de conforto literária e me arriscar em gêneros que não leio com tanta frequência. A verdade é que por mais que na adolescência, livros da Agatha Christie fossem presença constante na minha lista de leitura, com o tempo livros do gênero também deixaram de chamar a minha atenção. É algo que preciso mudar? Com certeza, mas enquanto romances fofos e fantasias continuarem a fazer esse coração de leitora bater mais rápido, sei que vou sempre dar preferência aos livros do gênero.

Através do blog tive e tenho a oportunidade de conhecer novos autores e histórias que às vezes lembram algo que já li, ou que realmente apresentam uma proposta original. Tem livros e séries que chegam de mansinho e conquistam meu coração e outros que só leio para “falar mal”, com propriedade (sim sou dessas). Porém, sei que hoje busco narrativas que além de me entreter, passem alguma mensagem importante que me façam refletir e principalmente, que me emocionem e que suas histórias permaneçam comigo por um bom tempo.

Vai ser difícil encontrar os tais livros perfeitos? Talvez. Provavelmente dos cinquenta/sessenta livros que eu vá ler esse ano dois ou três se destaquem. Só que se tem uma coisa que esses anos todos de blog e livros me ensinou, é que mais vale a qualidade do que a quantidade, e tudo bem se em alguns momentos a minha chatice literária acabar falando mais alto.

Por que isso, é apenas a evolução natural pela qual todo mundo passa na vida, seja no mundo real ou no literário. Nós crescemos, mudamos e com isso nossos gostos e por que não dizer amores acompanham essas mudanças também. Então não se assuste, quando você perceber que as histórias daquele seu autor ou autora favoritos, não conseguem mais deixar o seu coração quentinho. Isso é super normal e com certeza, você vai encontrar novas histórias e autores fantásticos.

Até o próximo post!

A Sociedade Secreta Literária é formada pelos blogs: Bela Psicose, Eu Insisto, La Oliphant, Literasutra, Um metro e meio de Livros e o My Dear Library. A nossa intenção ao criar o grupo é falar de assuntos bons e “ruins”, e que normalmente as pessoas não falam abertamente na blogosfera. 

junho 08, 2017

Victoria e o Patife por Meg Cabot

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788501401748
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 256
Classificação: Bom
Sinopse: Neste romance histórico juvenil escrito pela autora de “O diário da princesa”, acompanhamos a trajetória de Victoria. Criada pelos tios na Índia, ela é enviada a Londres aos 16 anos para conseguir um marido. Mas é na longa viagem até a Inglaterra que a jovem encontra o amor, na figura de Hugo Rothschild, o nono Conde de Malfrey. Tudo estaria ótimo se não fosse a insuportável interferência do capitão do navio, Jacob Carstairs. Por que ele não pode confiar na escolha de Victoria? Por que ele não a deixa em paz? Estaria Hugo escondendo algo?

Fazia muito tempo que não lia nada da  Meg Cabot. Por isso, após ler a sinopse de Victoria e o Patife fiquei bastante curiosa em conferir esse romance de época juvenil da autora. Porém apesar de ter se mostrado uma narrativa rápida e fluida, tenho que confessar que nem tudo foram flores durante a leitura.

Criada por seus tios na Índia, Lady Victoria Arbuthnot está a caminho de Londres para conseguir um marido. Mas durante a longa viagem a filha do falecido Duque acaba conhecendo o nono Conde de Malfrey, Hugo Rothschild que a pede em casamento sob a luz do luar. Lady Victoria está certa de que encontrou o amor de sua vida, afinal Hugo é tão charmoso e bem, ele é um Conde. Quem imaginaria que ela fosse conseguir o noivo perfeito então pouco tempo?

Tudo podia estar correndo as mil maravilhas, mas Victoria precisa lidar com as constantes interferências do capitão Jacob Carstairs em sua vida. Jacob está decidido a abrir os olhos da jovem em relação ao noivo, ao mesmo tempo em que ela tenta fazer o possível para manter o capitão enxerido longe de seus assuntos. Só que o problema é que aparentemente Jacob Carstairs, tem o dom de aparecer sempre nos mesmos lugares que ela. E o pior, o capitão parece saber um segredo que pode fazer com que o casamento de Victoria com o Conde de Malfrey não aconteça.

Victoria e o Patife possui uma narrativa totalmente clichê e até certo ponto acabou sendo uma leitura divertida. Só que o meu grande problema aqui foi a protagonista. Em nenhum momento consegui sentir empatia pela Victoria, muito pelo contrário em muitas situações eu quis dar uns tapas nela. Lady Victoria Arbuthnot é o tipo de pessoa prepotente e intrometida, que acha que sabe o que é melhor para todo mundo, porém não consegue ver o que é melhor para si mesma.  Confesso que alguns capítulos foram um tanto “sofridos”, especialmente quando a protagonistas destacava suas qualidades de interferir na vida dos outros.

Gostei do modo como o Jacob foi desenvolvido. Há principio ele passa a impressão de ser rapaz arrogante que quer apenas se divertir implicando com a Victoria. Só que conforme a narrativa avança vamos percebendo que a preocupação dele com ela é genuína. E tipo mesmo ele merecendo uma “pessoa melhor”, não nego que ficava com um sorriso bobo no rosto todas as vezes que Jacob e Victoria protagonizavam uma cena mais fofa.

Senti falta de um aprofundamento maior nos personagens secundários em especial no Conde de Malfrey. Não sei, mas senti que ele foi meio que “mal aproveitado”, na história. Os outros personagens possuem uma participação relativamente pequena, deixando a narrativa muito focada na Victoria, o que acabou me incomodando um pouco também.

Sempre gostei da escrita da Meg Cabot, pois suas histórias são despretensiosas, leves e divertidas. Porém, infelizmente não nego que esperava mais de Victoria e o Patife. Além disso, fato do meu santo não bater com o santo da protagonista fez com que eu não conseguisse me envolver tanto com a história como gostaria. Victoria e o Patife possui um enredo clichê e super bonitinho, mas me deixou com aquela terrível sensação de que faltou alguma coisa.

“– Na verdade – continuou ele, ainda usando aquele tom grave e sério –, acho que seria bem emocionante se casar com alguém que não precisa de você, mas que apenas... deseja estar com você. ”

Para quem está buscando uma leitura leve, com momentos engraçados e um romance fofo, Victoria e o Patife se apresenta como uma boa opção. E mesmo que alguns pontos não tenham me agradaram tanto como gostaria, não nego que ao final terminei a leitura com o coração mais quentinho.

abril 01, 2012

Liberte meu Coração por Meg Cabot.


Liberte meu Coração por Meg Cabot.                                                                                                

Ficha Técnica.

Editora: Galera Record
Autor: Meg Cabot
ISBN: 9788501086686
Ano: 2011
Edição: 1
Número de páginas: 404
Classificação: 4 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, SubmarinoCompare os Preços.

Sinopse:                                                                                           

Sua Alteza Real, a princesa Mia Thermopolis da Genovia, cujos diários se tornaram sucessos de venda, agora mostra ao mundo inteiro seu primeiro romance — cheio de perigo, desejo e um amor que vencerá todos os obstáculos... com a ajuda da incrivelmente talentosa Meg Cabot! Finnula é a caçula de seis irmãs e um irmão na Inglaterra do século XIII. Enquanto suas irmãs se contentam em fofocar sobre maridos, crianças e afazeres domésticos, Finnula é alvo de comentários maldosos de toda a vila por caçar nos terrenos do conde e por andar por aí em calças de couro justas! Mas de repente Finnula se vê envolvida numa complicação sem tamanho... Uma de suas irmãs acabou com o seu dote comprando vestidos e bugigangas, e a única forma em que as duas conseguem pensar para recuperar esse dinheiro é muito pouco usual... Sequestrar um lorde ou um cavaleiro rico que possa pagar um resgate! O que ela não esperava é que esse sequestro fosse criar mais problemas do que soluções: o cavaleiro recém-chegado das Cruzadas que é escolhido por Finnula vai acabar se mostrando alguém muito diferente do esperado, e a moça pode acabar tendo que abrir mão do resgate... e de seu coração.

Resenha:                                                                                                                                                 

Liberte meu Coração era um dos livros que mais ansiava em ler desde seu lançamento e, o fato do livro ser um romance histórico “escrito” pela princesa Mia despertaram ainda mais a minha curiosidade. Infelizmente as altas expectativas que tinha em relação ao livro, me levaram a ter uma pequena ponta de decepção com a história. Os primeiros capítulos são um pouco cansativos e realmente se não fosse à força de vontade e a esperança que a história ia melhorar, teria abandonado o livro. 

Finnula Crais, a mocinha da vez é uma pessoa totalmente fora dos padrões femininos do século XIII. Com um temperamento forte e uma grande habilidade para caça ela procura ajudar os mais fracos. Ela é uma espécie de Robin Hood de “saias” por assim dizer. Finn tem a grande missão de sequestrar um homem rico o bastante para pagar um resgate, e assim ajudar a sua irmã Mellana que está grávida a recuperar o dinheiro do seu dote.

Em sua busca pelo alvo certo Finn encontra Hugh Fitzwilliam um jovem e belo cavaleiro que acaba de regressar das Cruzadas e que na verdade é nada mais nada mesmo, do que o Lorde Hugo Fitzstephen o sétimo conde de Stephensgate. Claro que a relação dos dois começa com o tradicional cão e gato até que por fim, depois de três dias de convivência os dois percebem que estão perdidamente apaixonados.

Tudo bem, até está parte o livro é bem clichê e bonitinho, mas o que realmente começou a dar nos nervos foi o excesso de detalhes que não acrescentavam em nada à narrativa. Chegou uma hora que já tinha perdido as contas de quantas vezes a beleza dos cabelos ruivos de Finnula e o corpo másculo de Hugo eram descritos no livro. Outra coisa que me incomodou um pouco foi o fato de que em algumas partes a história soava um pouco óbvia e até rápida demais. Em certos momentos as atitudes dos personagens pareciam um tanto forçadas e até ridículas.

Claro que o livro tem momentos engraçados, e a narrativa consegue prender e manter a atenção do leitor depois que a história ganha mais ritmo. Não ouso dizer que a protagonista Finn é totalmente imprevisível, já que do meu ponto de vista algumas atitudes dela eram bem previsíveis e isso a tornava uma pessoa um pouco irritante.

Meg Cabot conhece a fórmula para conquistar o leitor a cada capítulo. Liberte meu Coração foi o primeiro livro mais “adulto” que li da autora e embora tenha esperado uma grande história, e tenha me decepcionado um pouco, no todo Liberte meu Coração é um bom livro.  Em minha opinião, ele funciona bem com um livro de aventura com uma pitada de romance, e não como romance propriamente dito.

Para quem gosta de livros/ romances históricos com eu, Liberte meu Coração é uma leitura agradável, com todos os ingredientes que mais gostamos; uma mocinha rebelde, um mocinho valente, um vilão odioso e personagens engraçados. Pena que faltou mais romance mesmo.

Se eu gostei do livro? Claro que sim! Queria ter gostado mais, já que sou fã da autora, mas sempre que criamos muitas expectativas em relação a algo acabamos nos decepcionando um pouco.  A minha dica então é; Leiam o livro sim! Afinal o que ele não tem de romântico tem de engraçado e isso conta muito em uma leitura. Posso não ter encantado com a história enquanto lia, mas dei boas risadas.



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