• ISBN: 9788580411386
• Editora: Arqueiro
• Ano: 2013
• Número de páginas: 393
• Classificação: 4/5 estrelas ♥
Onde comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços
Sinopse: Com três profecias da deusa Durga solucionadas, agora resta apenas uma no caminho de Kelsey, Ren e Kishan para que a maldição seja quebrada. Mas o maior desafio do trio os aguarda: A busca pelo último presente de Durga – A corda de fogo – na Ilha Barren situadas na Baía de Bengala. Uma busca que ameaçará suas vidas. É uma corrida contra o tempo e o malvado feiticeiro Lokesh – neste ansiosamente aguardado quarto livro da série A Maldição do Tigre – colocará o bem contra o mal, testará laços de amor e lealdade, e, finalmente, revelará o verdadeiro destino do Tigre, de uma vez por todas.
ATENÇÃO: Se você ainda não leu os livros da série pule do primeiro para o penúltimo parágrafo. Risco de spoiler.
Mesmo terminando a leitura de A Viagem do Tigre um pouco decepcionada com o rumo que a autora estava dando para a história, a minha curiosidade e principalmente meu carinho por alguns personagens falou mais alto, o que me levou a ler imediatamente O Destino do Tigre assim que ele chegou a minha casa. Não vou dizer que o livro é perfeito, mas de certa forma, Colleen Houck conseguiu dar um bom desfecho a história que ela se propôs a escrever. E o melhor de tudo, superou as minhas expectativas.
Em O Destino do Tigre Ren, Kelsey e Kishan partem em busca do ultimo presente da deusa Durga para cumprir a profecia e quebrar a maldição do tigre derrotando de uma vez por todas o terrível feiticeiro Lokesh. A princípio essa busca prometia ser cheia de ação e aventura, porém após um encontro emocionante com a Fênix a narrativa cai em uma mesmice tão sem pé e sem cabeça que fez dessa etapa final a mais sem graça de todos os livros da série. Tudo bem que todos os autores recorrem à famosa e já nossa conhecida “licença poética” em suas obras, só que assim, a tia Colleen Houck forçou um pouquinho a barra juntando diversas mitologias em um livro só. Ficou tudo meio sem sentindo, confuso, chato e até um pouco bobo em determinados momentos. Triste, mas é verdade.
Por outro lado, não me irritei tanto com a Kelsey e o insuportável triângulo amoroso existente na história. Eu ainda não aceito as atitudes da Kelsey e em minha opinião ela será por algum tempo a protagonista mais detestável do mundo literário. Bem, verdade seja dita que queria que ela sumisse, porém como isso é óbvio que não acontece à explicação dada para o complexo de inferioridade dela foi “aceitável”. Assim eu continuo não concordando com muitas atitudes tomadas por ela ao decorrer de toda a saga, mas pelo menos consegui entender melhor algumas delas.
Ren e Kishan não mudaram muito do terceiro livro para cá. Talvez eu até tenha que admitir que, o que vi como mudança de temperamento no terceiro livro, aqui se demonstrou mais como um amadurecimento dos personagens. Ren, por exemplo, apesar de todo o amor que sente pela Kelsey se mostra mais focado em acabar com a maldição, ao mesmo tempo em que o Kishan faz por merecer o seu tão sonhado final feliz. Acredito que de todos os personagens da Saga do Tigre, Kishan foi o que mais evolui durante os livros.
Outro personagem que me surpreendeu bastante foi o Phet, - sim aquele senhor simpático que vive na floresta. Phet não apenas desempenhou um papel de extrema importância no decorrer de todo o enredo, algo que infelizmente só percebi no final, como também se revela uma peça chave no momento mais decisivo. Para quem ao longo de todos os livros formulou milhares de teorias minha dica é esquecer todas elas, por que nada é o que parece ser. Não digo que algumas coisas não soaram exageradas, principalmente a transformação do Lokesh e o fato da Colleen querer transformar a Kelsey em uma “mini" Durga, porém apesar dos pesares a batalha final foi surpreendente, assustadora, emocionante e sofrível.
Agora vem o ponto critico da resenha (...) muitas vezes na vida só damos valor as pessoas e determinadas coisas quando a perdermos. Eu já estava preparada para uma perda em especial, só que quando ela aconteceu foi dolorosa demais, sofrida demais, injusta demais. Foi como se eu tivesse perdido alguém da minha família. Foram dois longos capítulos em que lágrimas corriam livremente dos meus olhos. Não foi justo, embora necessário. E quando eu pensei que não tinha mais motivos para chorar, Kishan vem e me emociona com uma atitude tão nobre que me levou as lágrimas mais uma vez. Mesmo que eu não tenha “perdido” ele, dizer adeus da forma com que tudo aconteceu foi difícil (...) muito difícil.
Sim leitores, eu chorei muito durante a leitura desse livro. E quando eu falo muito, é muito mesmo, pois por mais absurda que algumas situações criadas pela Colleen Houck possam ter parecido no decorrer dos quatro livros, ela consegui dar um final digno aos personagens, embora eu NUNCA vá concordar com um em especial. Ela fechou muito bem a história, respondendo até de uma maneira bastante surpreendente todas as respostas que pairavam no ar desde o primeiro livro.
Eu amei, odiei, amei de novo cada capítulo desse livro e posso garantir para vocês que meu coração está apertado por dizer adeus a personagens que me fizeram ama-lós e detesta-lós com a mesma intensidade. Ren, Kelsey e Kishan tiveram o seu final feliz, e isso fez tudo valer apena.