• ISBN: 9788579801495
• Editora: Rocco
• Ano de Lançamento: 2013
• Número de páginas: 296
• Classificação: Ótimo
Sinopse: A pior parte de estar morta é que não há mais nada pelo que viver. Sem mais beijos. Sem mais segredos. Sem mais fofocas. Isso era suficiente para matar uma garota outra vez. Mais eu estou prestes a conseguir algo que ninguém conseguiu: uma repetição da minha performance, graças a Emma, a minha irmã gêmea separada de mim, que eu nunca cheguei a conhecer.
Jogo da Mentira (The Lying Game) era sem sombra de duvidas um dos livros mais esperados por mim esse ano. O motivo para tanta ansiedade se deu pelo fato de a adaptação da obra para a televisão ser um dos meus seriados favoritos, chegando até ser em minha opinião um pouco melhor do que Pretty Little Liars da mesma autora. Apesar de já suspeitar das possíveis diferenças entre o livro e o seriado, confesso que fui surpreendida do começo ao fim da leitura o que fez com que, O Jogo da Mentira superasse as minhas expectativas.
Emma Paxton e Sutton Mercer são gêmeas idênticas que por alguma razão misteriosa foram separadas ainda bebês. Sutton foi adotada por uma família rica e teve sempre tudo do bom e do melhor, enquanto Emma passou a vida em lares adotivos provisórios. Quando parece o destino resolveu uni-las novamente um pouco antes de elas completarem dezoito anos, ele prega mais uma terrível peça nas duas.
Sutton desaparece justamente no dia em que tinha combinado de se encontrar com Emma. Perdida e confundida com Sutton, Emma assume seu lugar acreditando que dessa forma ela vai conseguir descobrir o que aconteceu com sua irmã. Porém, o que ninguém pode imaginar é que Sutton está morta e que a sua irmã gêmea recém-descoberta pode ser a próxima da lista.
Sutton desaparece justamente no dia em que tinha combinado de se encontrar com Emma. Perdida e confundida com Sutton, Emma assume seu lugar acreditando que dessa forma ela vai conseguir descobrir o que aconteceu com sua irmã. Porém, o que ninguém pode imaginar é que Sutton está morta e que a sua irmã gêmea recém-descoberta pode ser a próxima da lista.
Quem assiste ao seriado sabe que a Sutton é uma peste. Só que mesmo no livro a personalidade dela não sendo lá muito diferente (uma vez peste sempre peste), em alguns momentos na sua forma “eteral”, afinal aqui ela é uma espécie de “fantasminha camarada”, Sutton se mostra bastante confusa sem entender o porquê as pessoas a odeiam tanto. Ódio esse provavelmente pode ter levado alguém a querer ver ela morta.
Com o passar do tempo Emma vai descobrindo que Sutton não é bem o que se pode chamar de “anjo de candura”, o que faz com que ela se depare com uma terrível verdade. A de que as inseparáveis amigas da sua gêmea perdida; Madeline, Charlotte e Laurel, - irmã adotiva de Sutton, não são muito diferentes dela. Foi nesse ponto que a história me surpreendeu por completo, afinal no seriado por mais “encrenqueiras” que Sutton e seu bando fossem juntas, pelo menos Mads, Char e Laurel demonstravam ter um pouco mais de “bondade” em seus coraçõezinhos, coisa que no livro é óbvio não acontece. Aqui as três são tão maldosas quanto Sutton, e talvez estejam mais envolvidas em seu sumiço do que qualquer um possa imaginar.
Eu gostei bastante da forma como que a autora Sara Shepard construiu a história. A narrativa prendeu minha atenção do começou ao fim do livro, e toda vez que eu achava que tinha descoberto alguma coisa, a autora mostrava que nada era tão simples como parecia. O que me fez recordar o mesmo estilo que ela já usa em Pretty Little Liars. A diferença é que aqui as coisas são mais intrigantes e de certa forma até um pouco mais assustadoras.
Confesso me irritei um pouco com a Emma em alguns momentos. Assim, prefiro mil vezes ela a Sutton, mas algumas atitudes dela eram tão estúpidas que davam nos nervos. Tinha horas em que eu fechava o livro, respirava fundo e pensava comigo mesma: “Você não fez isso Emma, diz que você não fez isso.” Talvez à intenção da autora fosse realmente criar uma mocinha extremamente boa e uma vilã extremamente má, no melhor estilo de a Usurpadora. Por que acreditem, - é quase impossível não fazer comparações. Não que isso seja algo ruim, principalmente por que eu adorava a Usurpadora e tudo mais. Mas eu realmente gostaria de saber se foi daí que a Sara Shepard se inspirou (...).
Um dos únicos pontos negativos do livro foi que eu senti falta da autora ter dado um pouco mais de profundidade aos personagens. Quando você olha o panorama geral da história, ela se torna um pouco “forçada”, pois é tanta coisa sinistra acontecendo com “menininhas” ricas e populares, que faz com que história em si fique um pouco fora de contexto. Não que isso prejudique a narrativa, porém dá aquela chata sensação que tem alguma coisa que não se encaixa direito. Outro detalhe que me incomodou um pouco também foi o fato de que alguns personagens serem pouco aproveitados, como Ethan, por exemplo, e o namorado da Sutton, Garret que de verdade não disse muito para que veio nesse livro.
“Mas, observando de cima, eu não tinha tanta certeza. Havia algo em Ethan que me fazia pensar que ele tinha mais a ver com a minha vida do que revelava.”
Teria Sutton sido vitima de uma rodada do jogo criado por ela mesma e suas amigas? Ou será que a chegada de Emma a Tucson deu inicio a rodada mais cruel do jogo? E até onde o misterioso Ethan e o namorado de Sutton, Garrett estão metidos nisso?
Tem muita água para passar por baixo dessa ponta. O que me deixa ainda mais curiosa para ler o segundo livro da série o Never Have I Ever, pois se há apenas uma certeza em tudo isso, é a que Sara Shepard preparou mais uma grande história aqui.
Recomendo!