• ISBN: 9788598078441
• Editora: Intrínseca
• Ano de Lançamento: 2009
• Número de páginas: 304
• Classificação: Bom
Sinopse: Percy Jackson & Os Olimpianos - Livro Dois.
Nessa nova aventura, Percy e seus amigos estão em busca do Velocino de Ouro, único artefato mágico capaz de proteger da destruição seu lugar predileto e, até então, o mais seguro do mundo: o Acampamento Meio-Sangue. Com o envenenamento da árvore de Thalia por um inimigo misterioso, as fronteiras mágicas que protegem o Acampamento estão ameaçadas, e é preciso buscar o antídoto.
Não é segredo para ninguém que sou completamente apaixonada por mitologia grega, porém confesso que ainda não me apaixonei completamente pela saga Percy Jackson & Os Olimpianos. Eu gostei bastante do primeiro livro e para minha alegria esse não sofreu da terrível “maldição do segundo livro”, só que muitos de vocês podem até achar que é “bobagem” de minha parte, mas infelizmente eu não consigo ler Percy Jackson sem automaticamente comparar alguns fatos com Harry Potter.
Ok! No geral uma história não tem nada haver uma com a outra mesmo, mas não sei se essa sensação que eu tenho se dá por conta da forma como os personagens foram construídos, ou se é algum detalhe presente nas entrelinhas, - não sei. O fato é que por mais que eu tente em alguns momentos a comparação é inevitável. Não que isso seja algo negativo, de maneira alguma. O único problema mesmo, é que eu fico esperando um “algo a mais” que não acontece (...), isso sim é triste.
Bem, acredito que vocês já estejam “cansados” de ler resenhas desse livro em especial quem já foi assistir ao filme. Então vou “tentar” dar uma resumida geral sobre o que achei da história, para não parecer repetitiva em nem acabar dando algum spoiler sem querer.
O Mar de Monstros não chega a ser uma leitura surpreendente. Embora seja visível o amadurecimento dos personagens e da história em si, ele não foi um livro que fez mergulhar de cabeça na narrativa e viver uma grande aventura. Comparando O Mar de Monstros como O Ladrão de Raios, senti que nesse segundo livro a narrativa foi um pouco superficial e óbvia demais. Em nenhum momento houve um “grande” acontecimento ou uma revelação bombástica, na verdade conforme a minha leitura evoluía eu fui meio que deduzindo como o livro iria acabar.
A partir daqui algumas respostas começam a ser dadas e você convive mais com detalhes da mitologia que muitas vezes passam despercebidos nas histórias em geral. Sim o livro é legal de ler e possui uma narrativa leve o que tornar a história envolvente, porém em minha opinião ele poderia ser infinitamente melhor. Tudo bem que aqui o Percy e Annabeth partem em uma busca arriscada para encontrar o antídoto que salvará a árvore da Thalia, e durante essa jornada eles passam por vários apuros, e tudo mais. Mas, sabe quando falta alguma coisa?
Bem, faltou aquele toque mágico e despretensioso que me encantou no primeiro livro, como também aquela atmosfera de mistério e aventura é quase invisível aqui. É tudo muito tão “fácil” e rápido demais, que inclusive as partes que tem um pouco mais de ação não chegam lá a ser muito empolgantes. Tipo, eu não consegui me envolver de verdade com a história, por que apesar do livro não sofrer da maldição, ele é realmente um pouco mais “fraco” em relação ao O Ladrão de Raios. Pelo menos essa é a impressão que eu tive.
Outro ponto que me incomodou em O Ladrão e Raios e continua me incomodando aqui, é a forma como os deuses são apresentados. Não que eu espere que o autor siga os tradicionais livros de história sobre mitologia grega a risca, porém eu gostaria de conseguir identificar alguns traços das personalidades “originais” deles nos livros da saga. Eu entendo o fato do autor querer dar uma amenizada nos “gênios ruins” de alguns deuses e isso até acaba dando um diferencial legal para o enredo dependendo do ponto de vista, desde que não os transformem em seres “bonzinhos demais”. Até por que se isso acontecer à história vai ficar completamente sem graça.
Não que eu não tenha gostado do livro. No geral para quem não tinha lá muitas expectativas em relação à leitura, até que gostei da forma como a história se desenvolveu. Óbvio, não foi bem da maneira como eu esperava e gostaria, mas não chegou a ser uma grande decepção também. Diria que O Mar de Monstros é um livro bom, na medida certa que não traz grandes surpresas, mas é um livro gostoso de ler.
“Não importava para que lado nos virássemos, o sol parecia incidir bem nos meus olhos. Nós nos revezamos dando goles no refrigerante, tentando, do jeito que dava, ficar à sombra da vela. E conversamos sobre meu último sonho com Grover.”
Pode não ser o livro mais fantástico que você vai ler na sua vida, mas é uma ótima opção para quem busca uma leitura leve e divertida. Fica a dica!