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maio 18, 2015

Persépolis por Marjane Satrapi

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788535911626
Editora: Companhia das Letras
Ano de Lançamento: 2007
Número de páginas: 352
Classificação:
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita - apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa. Vinte e cinco anos depois, com os olhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares. Em Persépolis, o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente, o humor se infiltra no drama - e o Irã parece muito mais próximo do que poderíamos suspeitar.

Q
uem acompanha o blog há mais tempo sabe que sou apaixonada por História. Por esse motivo livros que mesclam uma narrativa envolvente com fatos históricos (reais) sempre despertam a minha curiosidade.  Agora imaginem um livro que além de tudo isso é todo em quadrinhos! Acho que já deu para perceber que Persépolis foi praticamente amor à primeira vista ().
Marjane Satrapi teve uma criação moderna e politizada, mas em 1979 quanto tinha apenas dez anos viu seu país, o Irã passar por uma mudança radical. Meninas e meninos foram separados no colégio, o uso do véu se tornou obrigatório e os conflitos cada vez mais frequentes. Conforme ela foi crescendo seus pais perceberam que ao permanecer no Irã, Marjane estava colocando a  liberdade e a sua vida em risco, e por esse motivo decidiram que era hora dela deixar o país.
Marjane com catorze anos parte para Viena (Áustria), onde passa os anos conturbados e de certa forma mais libertadores de sua vida. Longe da família ela teve que aprender a lidar com o preconceito ao tentar encontrar o seu lugar no mundo. Entre amizades que sugiram e paixões que de tão eternas foram passageiras, Marjane descobri que uma velha máxima realmente é verdadeira a que, - "lar é onde está o nosso coração".
Com uma narrativa leve, Persépolis nos faz enxergar o Irã e a sua cultura com outros olhos e por uma perspectiva bem diferente daquela que nos é apresentada na mídia. Marjane Satrapi é uma daquelas pessoas incríveis, que nos conquista logo nas primeiras páginas. Ela possui uma personalidade forte e soube lidar, nem sempre da melhor forma possível é verdade, com os altos e baixos da vida, nunca desistindo de si mesma. Ouso até dizer que a história de Marjane é inspiradora, pois nos mostra a importância de não abrir mão dos nossos sonhos e ideais. Mesmo quando alguns sonhos são do tipo estranho, como o der ser profeta.
O livro possui um traço “simplista”, mas acredito que é justamente isso que o torna especial. Fica claro que a preocupação da autora aqui não era tanto com a “beleza estética” da obra, mas sim com a história que de tão rica em detalhes simples consegue fazer com que o leitor crie um vinculo com a Marjane. Você torce, ri, chora, briga por ela e com ela da mesma forma que você faz com uma grande amiga. E cá entre nós são poucos livros que atualmente conseguem criar esse tipo de conexão.

Li Persépolis em apenas um dia, porém fiquei tão encantada com ele, que vez ou outra me vejo relendo alguns trechos da história. É ou não muito amor por um livro só ()?

“Quando temos medo, perdemos o senso de análise e de reflexão. O terror nos paralisa. Aliás, o medo sempre foi o motor da repressão em todas as ditaduras.”

Persépolis é aquele tipo de livro que nos faz refletir, sobre nossos "pré-conceitos", escolhas  e  principalmente até que ponto estamos disposto a ir, para lutar por aquilo que acreditamos. E tudo isso com muita leveza e com um toque de ironia, que fazem dele uma história que ficará por muito tempo presente em nossa mente e coração. Recomendo!

•  Curiosidade.
Persépolis foi adaptado para as telas em 2007 e foi escrito e dirigido por Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud.  Atualmente Marjane Satrapi atualmente em Paris, onde trabalha como ilustradora e autora de livros infantis.

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