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imagem: Pexels. |
Querida eu do passado, espero que você não se assuste ao receber essa carta. Te escrevo do futuro para te contar, que nem tudo vai acontecer como você espera. Entre o seu hoje e o meu agora, perdermos muito. Perdemos pessoas que levaram o nosso sorriso fácil e a despreocupação de ser nós mesmas. Ao longo dos anos vamos nos moldar para atender as expectativas alheias.
Querida eu do futuro, estou te deixando essa carta para que você compreenda que errei tentando acertar. Entre o seu amanhã e meu agora, busco quebrar o muro que construí para me proteger do mundo. Ao me calar acabei afogada em palavras. Por tentar corresponder às expectativas alheias, quase esqueci quem eu era. Quem poderíamos ser.
Querida eu do presente espero que reencontre o riso fácil e que se absolva, por escolhas que na época pareceram certas. Enxugue as lágrimas que por anos não permitiu cair. Cuide dos machucados que ignorou por se preocupar mais com os outros iam pensar, do que com o que você sentia. Recupere as doces memórias que você acha que esqueceu e enfrente, as lembranças amargas para que elas possam finalmente ir embora.
Não a culpo, minha eu do passado.
Não se culpe, minha eu do presente.
E espero que você, minha eu do futuro ...
Nos perdoe, pelos possíveis arranhões que você irá carregar. Mas tenha certeza de que fizemos o melhor que podíamos, com o que tínhamos para que você tivesse asas para voar.
Querida eu do futuro, estou te deixando essa carta para que você compreenda que errei tentando acertar. Entre o seu amanhã e meu agora, busco quebrar o muro que construí para me proteger do mundo. Ao me calar acabei afogada em palavras. Por tentar corresponder às expectativas alheias, quase esqueci quem eu era. Quem poderíamos ser.
Querida eu do presente espero que reencontre o riso fácil e que se absolva, por escolhas que na época pareceram certas. Enxugue as lágrimas que por anos não permitiu cair. Cuide dos machucados que ignorou por se preocupar mais com os outros iam pensar, do que com o que você sentia. Recupere as doces memórias que você acha que esqueceu e enfrente, as lembranças amargas para que elas possam finalmente ir embora.
Não a culpo, minha eu do passado.
Não se culpe, minha eu do presente.
E espero que você, minha eu do futuro ...
Nos perdoe, pelos possíveis arranhões que você irá carregar. Mas tenha certeza de que fizemos o melhor que podíamos, com o que tínhamos para que você tivesse asas para voar.
Com Amor,
De todas as suas versões passadas.
texto escrito por: Ariane Gisele Reis. © Todos os Direitos Reservados.