| Arquivado em: CAFÉ LITERÁRIO.
Desculpe-me chegar já jogando certas “verdades” na cara da sociedade, mas gostar de ler realmente não nos tornar melhores do que pessoas que não gostam de ler, ou que gostam de gêneros diferentes dos nossos. O fato é que infelizmente nem o mundo da literatura consegue fugir do "pré-conceito" e dos padrões preestabelecidos por nós mesmo. E sim, - existe preconceito literário.
imagem: Shutterstock |
“– Nossa você ainda lê revista em quadrinhos? Isso é tão infantil.”
“– Romance de banca? Credo isso nem pode ser chamado de literatura.”
“– Eu só leio livros com mais de 500 páginas, menos que isso nem considero livro.”
“– Ai, eu não leio romances eróticos por que só tem sexo e nada de história."
“– Não leio livros da modinha, só gosto de clássicos.”
“– Romance de banca? Credo isso nem pode ser chamado de literatura.”
“– Eu só leio livros com mais de 500 páginas, menos que isso nem considero livro.”
“– Ai, eu não leio romances eróticos por que só tem sexo e nada de história."
“– Não leio livros da modinha, só gosto de clássicos.”
Vamos deixar uma coisa clara; cada um lê o que quiser, quando quiser e se quiser. E é muito errado julgar os gostos e preferenciais de outras pessoas por que elas não são as suas. E tudo bem se fulano está lendo as revistas em quadrinhos dele, sicrano os romances de banca ou beltrano adora livros da "modinha". O importante é que cada um leia o que gosta e que traz algo de positivo para sua vida.
Tem muita gente que se acha mais “cult” por que só lê livros clássicos, mas se esquece que esses livros só se tornaram o que são hoje anos depois da morte de seus autores. E aqui vai mais uma verdade; provavelmente aquele livro que você fala mal agora, daqui uns cem anos pode se tornar um clássico. E sim, isso serve para essa blogueira que vos escreve também, quando falamos da saga Crepúsculo e da série Belo Desastre. E tudo bem! Afinal, o fato de eu não gostar não significa que eu esteja certa, e sim apenas que o autor (a) não conseguiu me cativar com a sua história.
E podem me julguem por achar os livros na Jane Austenum porre e ter "pesadelos" com as obras de Machado de Assis. Porém, isso não significa que eu não goste de clássicos. Amo toda a tragédia de Romeu e Julieta, assim como já li e reli várias vezes Caninos Brancos, O Morro dos Ventos Uivantes e adoro as obras de Graciliano Ramos e Carlos Drummond de Andrade.
Amo ler revistas em quadrinhos, mangás e graphic novels, e isso não faz de mim uma leitora melhor ou mais descolada. Na verdade só reforça o fato que eu gosto de ler. E vamos ser honestos, até bula de remédio eu leio e detalhe, sabe aqueles efeitos colaterais raríssimos? Sim, eu automaticamente começo a sentir todos.
E podem me julguem por achar os livros na Jane Austen
Amo ler revistas em quadrinhos, mangás e graphic novels, e isso não faz de mim uma leitora melhor ou mais descolada. Na verdade só reforça o fato que eu gosto de ler. E vamos ser honestos, até bula de remédio eu leio e detalhe, sabe aqueles efeitos colaterais raríssimos? Sim, eu automaticamente começo a sentir todos.
Como mencionei na SoSeLit do mês passado, tem gêneros que não leio e sempre fico com o pé atrás quando vejo um livro recém-lançado se tornar “unanimidade”. Porém, antes de sair falando mal ou de ficar olhando torto para pessoa que leu e amou aquele livro, eu procuro conhecer a história antes de expressar minha opinião. Afinal, o que pode ser um livro “ruim” para um, pode ser o livro da vida para outra. E essa regrinha de boa convivência vale para tudo em nossa vida.
Ser leitor independente do gênero literário, gosto e número de páginas que lemos não nos tornam melhores que os outras pessoas não curtem o mesmo que a gente, ou que simplesmente preferem ter outro hobby do que ler. Por que aquilo que nos torna melhor são nossas atitudes em relação ao próximo e ter qualquer tipo de preconceito não combina com isso (♥).
Até o próximo SoSeLit!
A Sociedade Secreta Literária é formada pelos blogs: Barba Literária , Eu Insisto, La Oliphant, LivrosLab, Pétalas de Liberdade, Um metro e meio de Livros e o My Dear Library. A nossa intenção ao criar o grupo é falar de assuntos bons e “ruins”, e que normalmente as pessoas não falam abertamente na blogosfera.