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março 07, 2021

A beleza dos detalhes por Jungsuk Lee

 | Arquivado em: ARTE 


Durante esse quase um ano de isolamento social uma das coisas que aprendi, além de cultivar a paciência e a resiliência foi de prestar a devida atenção aos detalhes que tornam meu dia mais feliz. São coisas que vista de fora podem parecer bobas como por exemplo, acordar cedo e tomar uma xícara de café bem quentinha durante o nascer do sol.

Conforme o tempo foi passando, comecei a apreciar e ver beleza nesses pequenos detalhes de meu cotidiano. Acredito que foi justamente por esse motivo, que as obras do ilustrador sul-coreano Jungsuk Lee, me encantaram tanto.

I want you to stay
I want you to stay

Conhecido também como endmion1, Jungsuk Lee mescla em seus trabalhos o cotidiano com toques de fantasia, o que dá a cada obra um efeito sensível e ao mesmo tempo único. A suavidade em seu traço e a paleta de cores usadas, tornam perceptível a atmosfera melancólica e intimista de seus trabalhos.

A sensação que tenho quando olho para as belas ilustrações do Jungsuk é que ele capturou um momento singular e eternizou.  Outro ponto que me chama bastante atenção em suas obras são os detalhes. Esses são pequenos, mas dão aos seus trabalhos uma riqueza ainda maior.


| Outros trabalhos:   

about the loss
About the Loss

last night
Last Night

dream
Dream

Star's Waiting
Star's Waiting

White Day
White Day

Acredito que não preciso falar, o quanto estou apaixonada pelo trabalho do Jungsuk Lee. Tanto que não consigo decidir qual das ilustrações que compartilhei aqui com você, é a minha favorita. Cada uma tocou meu coração de um modo singelo e especial.

Sei que os tempos não estão fáceis para ninguém e no meu caso 2021 começou cheio de desafios e momentos tristes, mas espero que assim como acontece comigo sempre que vejo uma linda ilustração, o nascer do sol ou uma noite estrelada, a inspiração e a fé que dias melhores viram se renovem em seu coração.

Não deixe de nos comentários, qual ou quais obras você gostou mais. Vou adorar saber se assim como eu, você também amou todas.

+ Jungsuk Lee
Site | Instagram | Behance

fevereiro 28, 2021

Cidade do Fogo Celestial por Cassandra Clare

| Arquivado em: RESENHAS


F
az quase sete anos desde que iniciei a leitura da série, Os Instrumentos Mortais e agora ao finalizá-la sinto um misto de dever cumprido e saudades. Ao longo de seis livros acompanhei a jornada e a evolução tanto dos personagens como também da escrita da autora, Cassandra Clare e Cidade do Fogo Celestial fecha uma saga, ao mesmo tempo em que cria e reforça as conexões entre sua história, com as outras que se passam no mesmo universo.

Ao finalizar a leitura de Cidade das Almas Perdidas, minhas expectativas estavam altíssimas com o último livro da série. Em partes elas foram atendidas, porém não nego que senti que a autora fez muito “rodeio” e com isso alguns pontos e personagens que podiam ter agregado mais a narrativa, acabaram ficando “esquecidos”.


ISBN: 9788501092731
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 532
Classificação: Ótimo
Compre Aqui

Sinopse: Os Instrumentos Mortais – Livro 06
ERCHOMAI, Sebastian disse. Estou chegando.
Escuridão retorna ao mundo dos Caçadores de Sombras. Enquanto seu povo se estilhaça, Clary, Jace, Simon e seus amigos devem se unir para lutar com o pior Nephilim que eles já encararam: o próprio irmão de Clary. Ninguém no mundo pode detê-lo deve a jornada deles para outro mundo ser a resposta? Vidas serão perdidas, amor será sacrificado, e o mundo mudará no sexto e último capítulo da saga Os Instrumentos Mortais.

Essa resenha pode conter spoilers dos livros anteriores, por isso se você não quiser correr o risco pode pular três parágrafos.


A Clave nunca se viu diante de um inimigo tão astuto e temível com Sebastian Morgenstern.  De posse de sua criação o Cálice Infernal, ele segue espalhando o terror ao invadir os Institutos e transformando Caçadores de Sombras em seres maligno, os Crepusculares. Enquanto isso os nephilins que conseguem escapar se refugiam em Alicante, na esperança de que as torres demoníacas e as demais barreiras que protegem a cidade sejam fortes o suficiente para manter o filho de Valentim e seus seguidores afastados.

Quando Luke, Jocelyn, Magnus e Raphael são sequestrados para serem usados como moeda de troca, Clary e Jace sabem que não podem ficar de braços cruzados esperando que a Clave decida se vai ou não ceder às exigências de Sebastian.  Junto com Alec, Isabelle e Simon eles partem em uma jornada arriscada para um dos territórios do Inferno, o Edom. O grupo sabe que essa pode ser uma missão sem volta, mas eles têm a esperança de encontrar alguma forma de derrotar Sebastian em seu próprio domínio.

Traída e acuada a Clave sabe que é apenas uma questão de tempo, para guerra começar derrubando as barreiras que os protege. E dessa vez o inimigo não vai ser um demônio ou uma criatura a qual, eles foram treinados para derrotar. Será outro Shadowhunter, alguém que outrora os amava e que agora só tem um único desejo, - destruí-los. No Edom, Clary e Jace jogam a sua última carta contra Sebastian sem ter certeza se vão conseguir salvar aqueles que amam, o mundo e a si mesmos.

Como o capítulo final de uma série extensa, Cidade do Fogo Celestial apresenta um bom desfecho, mas confesso que esperava um “pouco mais”. A narrativa começa com um ritmo bastante lento e mesmo entendendo, a importância da autora interligar as diversas histórias que se passam no mundo que criou, senti que em muitos momentos os personagens de TIM acabaram sendo “deixados de lado”, por conta do espaço que a Cassandra deu aos personagens da série, Os Artifícios das Trevas.

Entendo que o cenário principal da história mudou de Nova Iorque para Alicante e o Edom, mas muitas situações que pediam para ser mais bem trabalhadas pela importância que desenpenham na narrativa, foram tratadas de forma rápida e superficial, como se a autora quisesse resolver logo um problema. 

Um bom exemplo disso é a Maia que teve um ótimo desenvolvimento no livro anterior, mas que em Cidade do Fogo Celestial apesar de desempenhar um papel relevante, acabou tendo sua participação reduzida por conta dos novos personagens.

Outro ponto que senti falta, foi da autora explorar mais a relação de Sebastian com a Jocelyn. Afinal, depois de tantos anos ressentimentos e arrependimentos, seria bem interessante ter visto mais interações entre mãe e filho. Inclusive porque como comentei em minha resenha anterior é muito perceptível que do modo “torto” dele, tudo o que Sebastian busca é amor.

Não há como negar que Sebastian é de fato um vilão, V maiúsculo. Ele é cruel, sádico e está disposto a literalmente trazer o apocalipse ao mundo para conseguir o que deseja. Adorei ver a ascenção do Sebastian na história, principalmente porque ele conquista seu o seu lugar por mérito próprio, ou seja, sem precisar se apoiar no legado deixado por Valentim.

Uma das coisas mais gratificantes de acompanhar em Os Instrumentos Mortais é a evolução da escrita da autora como também, o amadurecimento dos personagens. Não é segredo para ninguém que acompanha o blog, que não sou muito fã do casal protagonista da saga. No primeiro arco da história, todo drama envolvendo o relacionamento de Jace e Clary chegava a ser exasperante em especial, porque era nítido que os demais personagens tinham um potencial incrível para torna a narrativa mais instigante.

Cassandra Clare conseguiu corrigir isso na reta final da série. O casal protagonista continua tendo atitudes um tanto inconsequentes, mas não há como negar o quão corajosos Jace e Clary são. O Simon teve um crescimento imenso e ao menos em minha opinião, ele é um dos grandes heróis da história. Ele passou por tanta coisa e ao final se sacrificou para salvar seus amigos. Foi lindo acompanhar sua trajetória e isso, fez com que o meu carinho por ele aumentasse ainda mais.

Os irmãos Lightwoods também conquistaram mais visibilidade e relevância na construção da narrativa. A Isabelle foi sem dúvida uma das melhores surpresas que tive, pois na adaptação da Netflix os roteiristas em muitos episódios davam preferência por mostrar o lado mais “sexy” da personagem do que o conjunto de qualidades que fazem dela uma shadowhunter tão maravilhosa. Izzy desabrochou nos últimos livros e ao abrir o seu coração para o amor, ela demonstra de um modo muito bonito que a fragilidade também é parte daquilo que nos torna forte e mais humanos.

Admito que ao final de Cidade das Almas Perdidas, fiquei um pouco decepcionada com as atitudes do Alec. O caminho tomando pelo relacionamento dele com Magnus, deixou meu coração em pedaços e por esse motivo, foi tão recompensador ver como o Alec cresceu e aprendeu com as suas ações. Novamente vemos Magnus baixar a guarda como acontece em Princesa Mecânica e revelar não só os seus sentimentos mais profundos, mas seus medos também. Assim como Simon, ele está disposto a fazer grandes sacrifícios por quem ama e isso, faz dele um personagem ainda mais incrível.

Acho que não preciso falar o quanto amei as referências a trilogia As Peças Infernais e rever personagens tão queridos. Meu deu um quentinho gostoso no coração, mesmo já sabendo como algumas coisas aconteceram.

“— Somos todos parte do que lembramos. Guardamos em nós as esperanças e os medos daqueles que nos amam. Contanto que exista amor e lembrança, não existirá perda de fato.”

Cidade do Fogo Celestial deixa bem claro o quanto a Clave é falha como instituição e que, por mais que alguns membros se esforcem para diminuir o espaço que separa os nephilins dos membros do Submundo, o preconceito é algo que já está enraizado. Acredito até que esse será um dos pontos que a autora aborda com mais profundidade na trilogia Os Artifícios das Trevas, já que as pontas soltas que ela deixa aqui servem como ligação para a história de Emma Carstairs e Julian Blackthorn.

No geral a leitura da série
Os Instrumentos Mortais foi de altos e baixos, mas que ao final conseguiu entregar aquilo que prometeu. Sei que essa não é uma despedida definitiva do universo maravilhoso criado pela Cassandra Clare, mas não pretendo dar continuidade em Os Artifícios das Trevas agora. Na verdade, pretendo retornar ao mundo dos Shadowhunters, só quando a saudade apertar. Dessa forma, quando me reencontrar com personagens tão queridos estarei prepara para embarcar em uma nova, maravilhosa e imprevisível aventura. 


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Cidade das Cinzas - Cassandra Clare

fevereiro 21, 2021

Cidade das Almas Perdidas por Cassandra Clare

| Arquivado em: RESENHAS

Enfim cheguei ao penúltimo livro da série Os Instrumentos Mortais da Cassandra Clare. Cidade das Almas Perdidas, apresenta uma narrativa mais ágil, envolvente e que cada capítulo foi me deixando mais angustiada e curiosa para saber quais surpresas e reviravoltas, a autora tinha preparado.

Assim como em Cidade dos Anjos Caídos, alguns elementos presentes aqui já tinham sido explorados na série Shadowhunters da Netflix, porém o que foi retratado de um modo “superficial” e até mesmo canhestro na adaptação, no livro é mostrado com mais profundidade o que acabou revelando outras nuances dos personagens e colaborando para que a história ficasse ainda mais interessante.


ISBN: 9788501403285
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 434
Classificação: Ótimo
Compre Aqui
Sinopse: Os Instrumentos Mortais – Livro 5
Quando Jace e Clary voltam a se encontrar, Clary fica horrorizada ao descobrir que a magia do demônio Lilith ligou Jace ao perverso Sebastian, e que Jace tornou-se um servo do mal. A Clave decide destruir Sebastian, mas não há nenhuma maneira de matar um sem destruir o outro. Mas Clary e seus amigos irão tentar mesmo assim. Ela está disposta a fazer qualquer coisa para salvar Jace, mas ela pode ainda confiar nele? Ou ele está realmente perdido?

Essa resenha pode conter spoilers dos livros anteriores, por isso se você não quiser correr o risco pode pular três parágrafos.

Cidade das Almas Perdidas começa exatamente do ponto em que o livro anterior termina, ou seja, com os Caçadores das Sombras descobrindo que Lilith, a mãe dos demônios usou magia das trevas para trazer Sebastian de volta do mundo dos mortos. Depois de ser derrotado na Guerra Mortal, o filho de Valentim está disposto a destruir o mundo para conquistar seus objetivos sombrios e ele, não está sozinho. Ligado a Sebastian pelo feitiço de Lilith, Jace torce-se servo da força das trevas e por consequência um novo alvo para a Clave.

Percebendo que a vida de Jace corre perigo, Clary e seus amigos decidem agir por conta própria. Alec, Isabelle, Magnus, Simon, Maia e Jordan começam uma corrida contra o tempo para salvar Jace. Entre encontros com demônios maiores, fadas traiçoeiras e as enigmáticas Irmãs de Ferro, eles buscam um meio romper a magia que liga Jace a Sebastian. Mas Clary não quer ficar parada esperando respostas ou uma solução e decide fazer o que for preciso para encontrar e salva-lo.

A jovem sabe que está colocando a si, e a todos que ama em um perigo ainda maior ao se aliar a Sebastian, mas para Clary seu único e maior objetivo, manter Jace a salvo. Será que isso significa que assim como o irmão, ela também possui um coração sombrio? Até onde Clary está disposta a ir por amor? Quando o plano de Sebastian é finalmente revelado, os Shadowhunters descobrem que não somente a existência dos nephilins corre risco e sim toda a humanidade.

Desde Cidade dos Ossos, o primeiro livro da série sabemos que apesar na história ter como pano de fundo a eterna luta entre o bem e o mal, ela é também construção da jornada do herói no caso aqui, a Clary. A adolescente “comum” que em um belo dia descobre que todas as lendas são reais e que em suas veias corre sangue angelical. A partir disso ela vai desvendando os segredos de sua origem e família, ao mesmo tempo em que se vê cada vez mais envolvida pelo misterioso universo dos Caçadores das Sombras e claro, por Jace.

Como comentei na resenha de Cidade dos Anjos Caídos, a passionalidade com que a protagonista lida com tudo o que se refere ao namorado faz com que ela não somente coloque a sua vida em risco, mas gere uma reação em cadeia onde todos sofrem direta ou indiretamente as consequências de suas ações.

Não há como negar o amadurecimento da personagem no decorrer da narrativa, afinal Clary sabe os riscos aos quais está se expondo e as possíveis consequências de suas ações, porém ela continua colocando o seu relacionamento acima do bem e do mal, chegando muito perto do ponto de ir contra seus próprios valores na tentativa de salvar Jace. Embora acompanhar a evolução da personagem seja algo gratificante, não nego que em muitos momentos me vi bastante incomodada com suas atitudes impensadas. 

Acredito que um dos maiores acertos da Cassandra Clare nessa segunda fase da série, Os Instrumentos Mortais, é o modo como a autora consegue desenvolver os arcos individuais dos personagens secundários. Em Cidade de Vidro, o Simon já tinha começa a ter um espaço maior e sem sombra de dúvidas de todos os personagens da série, ele é o que apresenta uma maior evolução. Confesso que não esperava gostar tanto do Simon, até porque nos dois primeiros livros ele é bem “chatinho”, mas que conforme a narrativa foi se desenrolando, me vi cada vez mais cativada pelo personagem.

Maia e Jordan também apresentam um bom crescimento, mas não há como negar que Isabelle, Magnus e Alec foram os que mais demonstraram as suas vulnerabilidades em Cidade das Almas Perdidas. Aqui é fica nítido como a morte de Max e os segredos que carrega da família Lightwood, afetam a Izzy. Porém ao demonstrar toda sua fragilidade Isabelle não se tornar uma pessoa "fraca", muito pelo contrário é justamente isso a deixa ainda mais forte.

Alec também revela suas inseguranças a respeito de seu relacionamento com Magnus, o que aos poucos acaba gerando dúvidas se o amor que sentem um pelo outro será forte o suficiente para sustentar a relação enttre um mortal com um imortal. Além disso, o feiticeiro também têm seus segredos e partes de sua vida que permanecem escondidas, o que pode levar Alec a se aliar as pessoas má intencionadas para conseguir suas respostas que procura.

“Pois frequentemente, quando algo precioso se perde, ao voltarmos a encontrá-lo, pode não ser mais o mesmo.”

Um dos meus maiores receios ao começar a ler esse novo arco da série, era que do mesmo modo que o Valentim acabou se relevado um “vilão decorativo” nos primeiros livros, o Sebastian seguisse o mesmo caminho. Só que para minha surpresa e até mesmo felicidade, Cassandra Clare consegue nos apresentar um vilão mais complexo.

As marcas de um passado de abandono e dor são visíveis no personagem e fica muito claro que mesmo com a sua visão distorcida, tudo o que ele busca é ser amado. Em muitos momentos durante a leitura a autora nos leva a refletir, se Sebastian não seria diferente se seu sangue não tivesse sido contaminado e seu coração capturado pelas trevas.

Não que as ações dele sejam perdoáveis, afinal Sebastian é cruel, sádico e perverso, mas é impossível não se perguntar o quanto isso podia ter sido “amenizado” se ele tivesse sido criado como o mesmo amor que a irmã recebeu de Jocelyn. Até porque, Magnus e os outros integrantes do submundo também possuem sangue demoníaco correndo e isso, não faz deles serem malignos.

Cidade das Almas Perdidas finaliza com um prelúdio de uma nova guerra e um futuro totalmente incerto para os Caçadores das Sombras. Cassandra Clare entregou uma narrativa bem construída, ao mesmo tempo em que desenvolveu com maestria o arco de todos os personagens. Depois do que encontrei aqui, as minhas expectativas pelo capítulo final da série, Os Instrumentos Mortais está altíssima.


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Cidade das Cinzas - Cassandra Clare

Cidade de Vidro - Cassandra Clare
Cidade dos Anjos Caídos - Cassandra Clare

janeiro 31, 2021

Cidade dos Anjos Caídos por Cassandra Clare

| Arquivado em: RESENHAS


D
e antemão, já aviso que é muito provável que as próximas resenhas do blog sejam dos últimos livros da série, Os Instrumentos Mortais da autora Cassandra Clare. Finalizar a maior quantidade de séries literárias que eu tinha começado a ler, era uma das minhas pouquíssimas metas para o ano que passou. Então na reta final de 2020, acabei priorizando a leitura desses livros começando por Cidade dos Anjos Caídos, o quarto livro da saga.

Uma coisa que já posso adiantar, é que gostei muito desse segundo arco da história em especial porque é nítido o quanto a escrita da autora evoluiu do primeiro livro para cá. Em Cidade dos Anjos Caídos, reencontrei com a narrativa bem construída que tanto me encantou na trilogia As Peças Infernais e com isso, me vi ainda mais apaixonada pelo mundo dos Shadowhunters.

Resenha -Cidade dos Anjos Caídos por Cassandra Clare


ISBN: 9788501092717
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2011
Número de páginas: 364
Classificação: Muito Bom
 Compre Aqui

Sinopse: Os Instrumentos Mortais – Livro 4
A guerra acabou e Caçadores de Sombras e integrantes do submundo parecem estar em paz. Clary está de volta a Nova York, treinando para usar seus poderes. Tudo parece bem, mas alguém está assassinando Caçadores e reacendendo as tensões entre os dois grupos, o que pode gerar uma segunda guerra sangrenta. Quando Jace começa a se afastar sem nenhuma explicação, Clary começa a desvendar um mistério que se tornará seu pior pesadelo.


Essa resenha pode conter spoilers dos livros anteriores, por isso se você não quiser correr o risco pode pular cinco parágrafos.


Quem leu a minha resenha de Cidade de Vidro sabe que finalizei a leitura um tanto decepcionada com alguns pontos no desenvolvimento da obra. O fato da narrativa em grande parte ter girado em torno dos dramas do casal protagonista Clary e Jace, foi algo que me incomodou muito, por isso foi com uma certa dose de alívio que fiquei feliz em perceber que neste livro, a autora resolve dar um foco maior aos outros personagens.

Claro que alguns acontecimentos não chegaram a me surpreender tanto, pois como assisti a série Shadowhunters da Netflix, muitos dos elementos presentes em Cidade dos Anjos Caídos foram explorados na adaptação. E aqui vale ressaltar que um personagem em especial, foi melhor aproveitado e trabalhado no seriado do que no livro.

Valentim foi finalmente derrotado e o fim da guerra em Idris deixou marcas profundas nos Caçadores de Sombras e em seus amigos. Simon, agora conhecido como Diurno se torna um alvo e passa a ser protegido por Jordan da Praetor Lupus, uma organização formada por lobisomens que auxiliam os recém-transformados a se adaptarem ao submundo. Só que além da preocupação em se manter vivo, Simon que sempre foi impopular entre as garotas inesperadamente se vê em meio a um triângulo amoroso entre Isabelle e Maia.  

Clary continua treinando para aperfeiçoar suas habilidades como caçadora das sombras, ao mesmo tempo que Jace começa a lidar com os fantasmas de sua mente, o que o leva a se afastar cada vez mais da namorada e de sua família. Em meio a tudo isso, a Clave precisa lidar com um novo problema, o repentino assassinato dos Caçadores de Sombras, o que pode gerar uma nova guerra ainda mais destrutiva do que a primeira.

Acredito que vale a pena ressaltar que para quem espera cenas de ação e grandes reviravoltas, pode ficar um pouco decepcionado com a leitura de Cidade dos Anjos Caídos. A narrativa não chega a ser de todo “arrastada”, mas por se tratar de um livro introdutório a nova fase da história o desenvolvimento é um tanto lento.

Como comentei alguns parágrafos acima, não cheguei a me surpreender tanto com desenrolar dos acontecimentos já que muitos deles foram mostrados na série televisiva, porém não nego que esperava uma participação mais ativa da Lilith, a grande mãe dos demônios.  No seriado ela foi mais atuante enquanto no livro, passou grande parte da história nos bastidores.

Uma das coisas que gostei em Cidade dos Anjos Caídos é que a Cassandra soube dosar bem a narrativa, mesclando acontecimentos cotidianos como os preparativos do casamento de Jocelyn com Luke, os ensaios e apresentações da banda do Simon ao mesmo tempo que a tensão causada pelas mortes dos nefilins paria sobre todos.

Outro ponto que considero positivo, foi o crescimento que o Simon teve na história, o que fez com que ele deixasse de ser um personagem secundário, para assumir um protagonismo maior na trama. Gostei da dinâmica criada entre ele, a Isabelle, Maia e Jordan, pois isso meio que desfez a aparente “dependência” que ele tinha da Clary nos livros anteriores. Confesso que novamente senti falta da presença constante do meu amado Magnus Bane
() na narrativa assim como do Alec.

O drama entre Clary e Jace continua me incomodando, apesar de saber que ele é o foco principal da sério. Porém como o tempo aprendi a gostar e até sentir empatia por Jace e todos os problemas pelos quais o personagem passa desde a sua infância. Infelizmente não posso dizer o mesmo da Clary. Suas atitudes imaturas e a passionalidade com qual ela lida com tudo o que envolve o Jace, chega ser exasperante.

“Corações são frágeis. E acho que mesmo quando a pessoa se cura, ela nunca mais volta a ser como era antes.”

Cassandra Clare soube explorar os elementos fortes do mundo que criou o trazer referências da trilogia As Peças Infernais em Cidade dos Anjos Caídos, demonstrando como tudo está interligado no universo dos Shadowhunters e cada personagem é importante para o desenvolvimento da história.

O final compensa o ritmo mais lento que a narrativa teve ao deixar várias pontas soltas para serem desenvolvidas nos próximos livros da série. Admito que as minhas expectativas estão altas por isso, não me decepcione Cassandra Clare.
 

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Cidade das Cinzas - Cassandra Clare

Cidade de Vidro - Cassandra Clare

janeiro 24, 2021

#naplaylist - Home & Office

| Arquivado em: MÚSICAS


Sempre que me recordo de alguma época específica de minha vida, há uma música que fez parte dela. É como se ao meu modo, mesclando gêneros e estilos, eu esteja de fato criando uma trilha sonora especial e única.

Durante esses meses que estou trabalhando home office, a música assim como os livros se tornou minha companheira leal. Seja por conta dos meus estudos ao piano, nos momentos em que apenas quero silenciar o ruído que vem do lado de fora ou como uma presença constante durante o meu trabalho.

Aquela playlist com músicas calminhas e good vibes para ouvir durante o trabalho.
imagem: Adobe Stock

Ao longo desses 10 meses de isolamento social, precisei aprender a equilibrar o home e o office, para que um não acabasse invadindo o espaço do outro e apesar de, sentir falta do convívio com os colegas de trabalho, me adaptei bem a rotina de trabalhar em casa.

Sei que muitos não tem o mesmo privilégio que eu, de poder trabalhar home office ainda mais, com o triste aumento de casos do coronavírus no país. Por isso, a minha intenção ao criar essa #naplaylits era que nela tivesse músicas calmas e ao mesmo tempo animadas para serem ouvidas em qualquer horário e lugar, sempre que você sentir que precisa de uma dose a mais de energia no decorrer do dia.


Acho que de todas as playlist que compartilhei aqui no blog essa é até agora a minha favorita, pois grande parte das músicas que estão nela, conheci no decorrer da quarentena. Ou seja, são músicas que estão me ajudando a passar por esse período tão desafiador sem perder a resiliência e principalmente a esperança de que dias muito melhores vão chegar em breve.

| naplaylist

Aquela playlist com músicas calminhas e good vibes para ouvir durante o trabalho ou estudos.


Uma das minhas melhores descobertas musicais de 2020 foram os mashups do Stephen Scaccia. Sério, se você assim como eu, cresceu entre os anos 90 e 2000 vai sentir um quentinho no coração ao ouvir esses mashups, tanto que na dúvida do qual selecionar para essa playlist acabei selecionando todos. 
 
De verdade essa é aquela seleção musical para você ouvir no trabalho, enquanto estuda, cozinha, faz faxina ou fica de boa apenas relaxando. Aquela mistura perfeita músicas calminhas e good vibes a gente deixa no repeat o dia todo.
 
Espero que essa playlist possa deixar seu dia mais leve, alegre e que por uma hora e pouco ela consiga te deixar com um sorriso no rosto e afastar as nuvens de tristeza e preocupação que pairam no coração de todos nós.

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