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maio 21, 2021

My Dear Library: 11 anos de história

| Arquivado em: CAFÉ LITERÁRIO


Maio é realmente um mês festivo, afinal esse é também o mês em que comemoro o aniversário do blog. Durante os últimos 11 anos, compartilhei no My Dear Library não somente as minhas leituras, playlist favoritas e lindas ilustrações. Compartilhei meus sonhos, inspirações, medos e meus sentimentos. E apesar do blog ser um capítulo à parte nessa jornada, sua história se mescla a minha em muitas e muitas páginas de minha vida.

Quando olho para as primeiras postagens do blog, lá de 2010/11 e as comparo com as publicações mais atuais, vejo a mudança não só o modo de compartilhar o meu conteúdo aqui, mas como eu mesma mudei ao longo do tempo. E ter parte desse processo registrado nas mais de 900 postagens do blog é emocionante e deixa o meu coração repleto de gratidão e amor. 


Aniversário no blog My Dear Library
imagem: Shutterstock

2021 começou muito difícil para o lado de cá. Logo em janeiro sofri duas perdas enormes entre elas o Hércules, o meu cachorrinho que por quase 15 anos esteve ao meu lado. Quem acompanha o blog há mais tempo, deve se lembrar que um dos layouts tinha a ilustração dele. Gosto de pensar que tudo o que aconteceu nos primeiros meses do ano, por mais doloroso que foi e ainda é, fez parte de um fechamento de ciclo. Algo pelo qual eu precisava passar.


O My Dear Library assim como em 2010, me ajudou a lidar com esse momento desafiador em minha vida. Preparar as postagens e conversar com vocês pelas redes sociais, fez com que eu me sentisse menos sozinha e afastou, as nuvens cinzentas da tristeza de meu coração em muitos dias.

Queria poder abraçar cada um de vocês. Os que me acompanham desde o começo e os que chegaram há pouco tempo. Se o blog continua ativo até hoje, é pelo carinho que vocês têm comigo e meu trabalho aqui.
Muito obrigada por esses 11 anos, e por fazerem parte da história do My Dear Library e da minha.

maio 16, 2021

Doçura e beleza nas pinturas de KWNArt

 | Arquivado em: ARTE 


Sabe quando você lê uma frase, ouve uma música ou vê uma imagem e seu coração fica mais quentinho? Foi exatamente assim que me senti, quando vi delicadas pinturas da artista polonesa, KWN. São obras encantadoras e de uma beleza única que nos remetem, a doçura de sonhos e contos de fadas.

A arte de KWN é mágica e cheia de inspiração, daquela que nos prende pelos detalhes, mesmo nos trabalhos mais “simples”. A natureza é a grande protagonista nas pinturas da artista que usa e abusa de elementos como flores, plantas e transforma os animais em verdadeiros protagonistas de suas obras.

Ocean Dream
Ocean Dream

A primeira coisa que me chamou atenção no trabalho da KWN foi a delicadeza do seu traço. Sua arte tem um toque emocional que nos deixa com um sorriso no rosto. ao mesmo tempo em que desperta a nossa imaginação. Além disso, não nego que a parte de mim que ainda acredita que conto de fadas existem, ficou apaixonada pelas pinturas da artista ter essa atmosfera fantástica. 

Outro ponto que chama bastante a atenção, são as cores que a KWN usa. A paleta utilizada por ela é predominantemente de tons terrosos com uma mescla de cores vividas. Isso dá a cada obra um toque acolhedor e cativante.

| Outros trabalhos:

Raccon and Bird
Raccon and Bird

The bear and the fireflies
The bear and the fireflies

Hug
Hug

Doçura e beleza nas pinturas de KWNArt
Spirit Animal

Returning from a Dream Journey
Returning from a Dream Journey


Confesso que de todas as pinturas que selecionei para esse post, as minhas favoritas são a Ocean Dream e a The bear and the fireflies. As duas são muito fofas, e acho que elas ficariam simplesmente perfeitas em quadrinhos no meu quarto.

Não consegui encontrar muitas informações sobre a artista, mas ao final do post deixei os links do Instagram e site dela para que vocês possam, conhecer os outros trabalhos maravilhosos da KWN. E não esquece de deixar nos comentários quais desses belos trabalhos, você gostou mais.

+ KWNArt
Instagram | Site

ps: Não encontrei os nomes originais das obras da artista, por isso as legendas foram escritas por mim de acordo com a interpretação que fiz de cada. 

abril 25, 2021

Brave por Tammara Webber

| Arquivado em: RESENHAS

Brave é o quarto e último livro da série Contornos do Coração, escrita pela autora Tammara Webber. Foi um livro que demorou um tempinho para ser lançado no Brasil e que, por enquanto, só está disponível em e-book. Quem acompanha o blog há mais tempo, sabe que essa série tem um lugar especial em meu coração, porém dessa vez não consegui me envolver tanto com a narrativa e seus personagens.

Acredito que um dos fatores que influenciaram isso, foi o grande intervalo entre a leitura do livro anterior e Brave. Li Sweet há cinco anos e querendo ou não, por mais que eu tenha um carinho especial pela série é “natural”, depois de tanto tempo sentir-se um pouco distante de um universo que até então era familiar.




ISBN: B08VCFKMDS
Editora: Verus
Ano de Lançamento: 2021
Número de páginas: 307
Classificação: Bom
Compre Aqui

Sinopse: Contornos do Coração – Livro 04
Coragem significa se levantar para defender seus ideais... Ou, pelo menos, ter coragem para questioná-los. Em Brave, Erin McIntyre é cativante, mas proibida, já que no trabalho ela é a personificação do privilégio imerecido, pois é filha do dono da construtora. Por conta de todos esses fatores, Erin não imagina o que a espera quando começa a trabalhar na empresa do pai. Ao que parece, seu novo chefe, Isaac, não dá a mínima para ela. E isso pode deixar a garota com mais vontade de se aproximar dele. Isaac Maat é impossível de ser decifrado. Inteligente, ambicioso, emocionalmente imparcial, mais quente do que o chefe de alguém deveria ser e dono de uma personalidade sombria e silenciosa, ele já mostra de cara que não está nem um pouco a fim de se aproximar de Erin. Além disso, seu comportamento e suas atitudes levam a crer que ele tem um segredo muito bem escondido. Issac disse a si mesmo que conhecer Erin o ajudaria a derrubar o pai dela. Erin disse a si mesma que provocá-lo iria distrair seu coração despedaçado. E, por conta de todas essas diferenças, nenhum dos dois previu que travariam uma batalha íntima em que o vencedor seria o primeiro a renunciar. Em Brave, Tammara Webber apresenta um romance inter-racial protagonizado por personagens cativantes e verossímeis que vão deixar o leitor louco para conhecer o verdadeiro vencedor desse embate.


Após finalizar a faculdade e não saber ao certo que direção seguir, Erin McIntyre acaba aceitando a única opção que enxerga no momento, ir trabalhar na construtora do pai. Ela já imaginava que muitos iam se “ressentir” com a sua presença na empresa, afinal ao contrário dela muitos lutaram para conquistar uma vaga na famosa construtora JMCH, mas Erin não estava preparada para ser recebida pelo desprezo e antipatia mal disfarçada de seu diretor, Isaac Maat.

Quase tudo em Isaac é um mistério, menos o fato de não querer Erin por perto. Isaac trata Erin com frieza e um leve toque de impaciência que não passa despercebido por ela. Mas ao tentar decifrar o que está por de trás das atitudes de Isaac, Erin acaba se deparando com um grande enigma, e conforme o tempo passa sua curiosidade em relação seu chefe, acaba se tornando algo mais.

O maior problema com Brave em minha opinião, foi o fato da história ser narrada apenas pelo ponto de vista Erin. A narrativa tem uma construção lenta e ao centraliza-la apenas na protagonista tornou o desenvolvimento da histórica como um todo, menos “fluída”.  A sensação que tive, é que a autora tinha uma excelente ideia em mente, mas na hora de passa-la para o papel, ela acabou se “perdendo” um pouco.

Melhor amiga de amiga da Jacqueline, protagonista de Easy e Breakable, Erin sempre foi uma personagem carismática e é justamente, desse carisma que senti falta aqui. A Erin de Brave é um tanto apática, bem diferente da líder valente que conhecemos nos outros livros. Em partes essa mudança na personalidade da personagem é “explicada”, afinal a jovem está atormentada pelo peso da culpa e com dúvidas sobre qual caminho profissional seguir. Mas não há como negar, que foi uma mudança de personalidade um tanto "drástica".

Confesso que em nenhum momento senti que realmente existia química entre Isaac e Erin. Talvez isso tenha acontecido pelo modo como a narrativa é estruturada, mas de verdade não consegui me sentir conectada com o Isaac durante a leitura. De todos os romances que já li, não me recordo de um protagonista tão frio e distante. A narrativa não dá detalhes sobre ele, pois tudo nos é apresentado pela perceptiva da Erin.

São longos capítulos e só na reta final, a autora dá mais destaque para o Isaac na história. E tipo, personagens secundários que não acrescentam em nada na narrativa, tem mais espaço que o próprio protagonista. Gostaria muito de ter conhecido melhor o Isaac, seus sentimentos e sonhos. De ter visto algumas situações por seus olhos, pois até mesmo a “grande revelação” da trama acabou não sendo tão impactante. 

“— A coisa mais difícil para se fazer depois de perceber que se desviou do curso é tomar a decisão de voltar atrás. “

Tammara Webber buscou trazer para narrativa temas atuais, só que infelizmente ela acaba pecando pela superficialidade. Afinal, uma obra tem como base um romance inter-racial e que pretende, debater temas como racismo e privilégios da classe mais alta precisa que os dois lados da história sejam ouvidos e mostrados e isso, é algo que não acontece aqui.

O final também é um pouco corrido e a discussão em torno do preconceito em si, acaba meio que sendo “jogada” na narrativa. Acho que a autora podia ter se estendido uns dois ou três capítulos, até porque algumas pontas acabaram ficaram soltas.

Brave em si é um livro bom, mas que não conseguiu me cativar tanto como os livros anteriores da série. A minha maior “frustração” com esse livro é realmente perceber o quanto ele tinha potencial, mas que lamentavelmente os pontos que deviam ter tido uma atenção maior acabaram não tendo o espaço que mereciam.  

ps: Adorei me reencontrar um pouco com a Jacque e saber que, ela e meu Lucas () estão bem e felizes.

Veja Também:
Easy
Breakable
Sweet

abril 18, 2021

Volúpia de Veludo por Loretta Chase

 | Arquivado em: RESENHAS


Q
uem acompanha o blog há mais tempo sabe que, a Loretta Chase é uma das minhas autoras de romances de época favorita. Mas como andei dando um tempo nos livros do gênero, acabei lendo a Volúpia de Veludo, terceiro livro da série As Modistas somente agora. Confesso que uma parte de mim estava com medo de me decepcionar com a escrita da autora, pois li resenhas não tão positivas do livro em questão.

Não nego que tive problemas durante a leitura, porém isso se deu mais pelo meu momento atual e um desânimo monstruoso que tomou conta de mim no último mês, do que a qualidade da construção da história. Volúpia de Veludo possui uma narrativa com um ritmo um pouco mais lento, mas que nos apresenta personagens carismáticos em um romance ardente, divertido e com uma pequena dose de mistério.

Resenha

ISBN: 9788580417173
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2017
Número de páginas: 320
Classificação: Muito Bom
Compre Aqui
Sinopse: As Modistas – Livro 03
Simon Fairfax, o fatalmente charmoso marquês de Lisburne, acaba de retornar relutantemente a Londres para cumprir uma obrigação familiar. Ainda assim, ele arranja tempo para seduzir Leonie Noirot, sócia da Maison Noirot. Só que, para a modista, o refinado ateliê vem sempre em primeiro lugar, e ela está mais preocupada com a missão de transformar a deselegante prima do marquês em um lindo cisne do que com assuntos românticos. Simon, porém, está tão obcecado em conquistá-la que não é capaz de apreciar a inteligência da moça, que tem um talento incrível para inventar curvas – e lucros. Ela resolve então ensinar-lhe uma lição propondo uma aposta que vai mudar a atitude dele de uma vez por todas. Ou será que a maior mudança da temporada acabará acontecendo dentro de Leonie?

Simon Fairfax, o marquês de Lisburne, retorna a Londres com a missão pessoal de proteger seu primo, o jovem poeta em ascensão lorde Swanton de qualquer perigo ou escândalo que a mente romântica e um tanto “avoada” possa causar. Mas o que Simon não imaginava é que o seu retorno ao continente reservava uma surpresa, o encontro entre ele e Leonie Noirot, uma das sócias da famosa da Maison Noirot.

Assim que os olhos do Simon pousaram na bela e contemplativa Leonie admirando uma obra de Botticelli, Lisburne decide conhecer melhor a modista e quem sabe seduzi-la. Só que essa tarefa acaba se mostrando um pouco mais complicada do charmoso marquês espera, pois para Leonie os negócios vêm sempre em primeiro lugar. Além disso, agora que suas irmãs Marcelline e Sophia se casaram com nobres, a mais nova das Noirots assumiu para si a responsabilidade de manter o refinado ateliê aberto e sendo referência de moda e sofisticação para a alta sociedade londrina.

Para isso, Leonie pretende transformar a prima de Lisburne, lady Gladys Fairfax, vista por muitos como uma megera desajeitada, na nova beldade da temporada. Simon acredita que tal incumbência é impossível e resolve fazer uma tentadora aposta com Srta. Noirot.

Quando um escândalo envolvendo Swanton coloca em risco a reputação da Maison Noirot e tudo por qual Leonie e suas irmãs lutaram, ela e o marquês resolvem unir forças para reverter a situação. E conforme os dias de passam e o prazo final da aposta também se aproxima, a modista e o marquês acabam não conseguindo resistir a atração que sentem um pelo outro.

Será que eles vão conseguir descobrir quem está interessado, em prejudicar o bom nome de lorde Swanton e recuperar sua reputação e do ateliê? E quem será o grande vencedor da aposta, quando ambos já entregaram os seus corações um para o outro? 

Uma das coisas que mais gosto na escrita da Loretta Chase é a forma como ela constrói seus personagens. As protagonistas estão longe de ser frágeis e inocentes como normalmente, encontramos em romances de época. As heroínas da autora, tem uma certa “malícia”, determinação e um humor sarcástico que torna a jornada delas na história, bem interessante de se acompanhar.

O mesmo pode-se dizer de seus personagens masculinos, que em um primeiro momento se mostram como os típicos patifes despreocupados, mas que possuem diversas camadas que vão sendo relevadas a cada capítulo, além de um coração enorme e o forte senso de responsabilidade para com aqueles que amam.

Esses pontos fazem com que as obras da autora sejam maduras e espirituosas ao mesmo tempo em que, os elementos clichês que tanto gosto dos livros do gênero estão presentes na narrativa. Só que como comentei no começo da resenha, em Volúpia de Veludo senti que o ritmo foi mais lento e com isso, a história demorou um pouco para me cativar.

De verdade, acho que isso aconteceu mais porque março foi um mês bem pesado do lado de cá, e acabei ficando completamente desanimada.  No geral gostei muito do que encontrei aqui e dei boas risadas em diversas ocasiões, porém em determinados capítulos senti que a autora dá “voltas demais” fazendo com que a narrativa fique levemente repetitiva.

“– É claro que sabia. É preciso um vigarista para reconhecer outro.”

Gostei muito das interações dos protagonistas e como o romance entre a Leonie e o Simon foi desenvolvido. Leonie ao contrário das irmãs é mais pé no chão e analítica, e ver como o relacionamento dela com o marquês consegue tirá-la de sua zona de conforto é bem divertido. O Simon infelizmente não foi aquele mocinho que me fez suspirar por ele. De certo modo achei ele um pouco “imaturo” quando comparado, com os protagonistas dos livros anteriores e por esse motivo, ele acabou não me encantando tanto.

Loretta Chase acertou ao dar um toque de mistério na trama quando inseriu o escândalo envolvendo Swanton, pois ao menos em minha opinião a história começa ficar mais interessante a partir desse ponto. Os personagens secundários também desempenham um papel importante na composição do enredo e fiquei bem feliz com a participação do duque de Clevedon, pois eu estava com saudades do personagem ().

Em suma Volúpia de Veludo é um livro bom que li em uma época não tão boa e sem dúvidas, isso acabou interferindo na minha experiência com a obra. A escrita da Loretta continua impecável e nos transporta para dentro das páginas, o que faz com que a gente se sinta parte da história também. Pretendo ler o quarto livro da série As Modistas, Romance entre Rendas ainda este ano para finalizar a série e espero de coração estar com um momento melhor, quando isso acontecer.

Veja Também:

Sedução da Seda
Escândalo de Cetim

abril 11, 2021

Desliguei a wi-fi

 | Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS

Sentimentos durante a pandemia
imagem: Thiszun no Pexels.

Desliguei a wi-fi
para me reconectar comigo.
Depois de um ano escutando apenas o eco de minha voz ressoando nessas paredes, sinto que não sei mais quem sou. Sinto que várias partes de mim se perderam e não sei, se e quando as encontrar, elas se encaixaram novamente.

Desliguei a wi-fi e coloquei meus fones de ouvido no mudo.
Talvez dessa forma, eu consiga silenciar a voz que todos os dias me traz notícias que hoje foi pior que ontem, me tirando o chão já frágil sobe meus pés. Não que ignorar os fatos façam com que eles desapareçam, mas a alienação faz com que a verdade doa menos.

Desliguei a wi-fi para passar um tempo com as minhas lembranças.
Agora que todos os dias parecem iguais passando com um borrão em minha janela, elas me trazem um afago. A doce sensação de que não estou totalmente só e que, de alguma forma tudo vai ficar bem, apesar de eu ainda não saber quando.

Desliguei a wi-fi e fui abraçar a vida.
Precisava sentir a grama debaixo dos meus pés, o sol aquecendo meu rosto e o vento bagunçando meu cabelo. Me sentir livre, mesmo nesse espaço pequeno de alguns metros quadrados. E encontrar em meio a todo esse caos um pouco de conforto e paz.

Desliguei a wi-fi ...

 texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

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